Com a participação de artistas em geral, professores, estudantes, entusiastas da nossa literatura, poetas e escritores, foi lançado nesta quarta-feira à noite (dia 27/11/24), no “Espaço Curió”, o livro “A Letra e o Verso”, do professor Dirlêi Bonfim, compositor, músico, pós-doutor em Educação, doutor em Desenvolvimento Econômico e Meio-Ambiente, pela Uesc, mestre em Desenvolvimento Regional, consultor na área administrativa e contábil, bem como, coordenador do Movimento Artístico e Cultural de Vitória da Conquista.

“As letras, por si expressam o contexto do poeta. Carregam sentimentos notórios que norteiam a sua van existência. Os versos? Ah, os versos do poeta entrelaçam-se com suas letras, tornando ainda mais belas e coloridas as canções de amor que justificam a existência do ser e do humano. Dirlêi A. Bonfim é “Letra e Verso” – escreveu o professor Robério Farias, na orelha da obra, publicada pela editora Nzamba, de Luís Altério.

O músico, cantor, compositor e poeta Papalo Monteiro abre o prefácio indagando “Que Poesia é Essa? Tem Asas?. No final do texto poético, ele fecha com uma citação de Geléia Geral-Gilberto Gil/Torquato Neto: “Um poeta desfolha a bandeira e a manhã tropical se inicia”.

A apresentação do livro é do músico, compositor e advogado Carlos Moreno. Ele afirma que “de todas as formas de expressão que nos sãos ofertadas e recomendadas, cotidianamente, a literatura é, a meu ver, a mais nobre, salutar e efetiva. Ler é o meio ideal para curar as nossas imperfeições, sarar as nossas feridas, dores, sabores e dissabores que insistem em nos rodear diuturnamente”. “A Letra e o Verso é vida em forma de poesia”.

Chico Luz, jornalista, escritor, compositor e músico fecha o livro com o posfácio, destacando na abertura que “não tente explicar ou compreender o multiverso do poeta Dirlêi Bonfim, pois nele, “tudo nada cabe”, antes se expande para mundos além da compreensão do espaço-tempo-razão”.

O professor Rubens Sampaio, jornalista e escritor também presta sua homenagem ressaltando que “este livro retrata a inquietude criativa e multifacetada do autor. O conteúdo vai desde a observação aguçada de pequenos detalhes do dia-a-dia, por vezes não observados por muitos, até as grandes introspecções da profundeza da alma”.

Entre as falas na solenidade do evento, o professor Luiz Rogério Cosme falou de Dirlêi como cidadão e pessoa humana, comparando-o como um vulcão em erupção poeticamente falando, mas ao mesmo tempo traduz em si e reproduz aquele espelho de uma lagoa serena e tranquila. É um sujeito amadurecido. É uma criança eterna que oferta para nós seu lado de uma poesia tão esquecida e vilipendiada em nosso cotidiano.

Realmente, a poesia de Dirlêi é, ao mesmo tempo, simples, compreensível, mas profunda, como aquele poeta que nos faz enxergar o invisível aos nossos olhos, como em “A Solidão”: “A solidão/Que nos aparece/De quando em quando/Que nos remete/A algum lugar sozinho/ A solidão da despedida/Do vazio, já sem lugar/Da rua soturna/ Da noite nublada/ No meio da calçada/ Ausência e vazio/ Apenas você nesse lugar”.

Ao evento, realizado num clima de confraternização sarausístico, musical e poético, estiveram ainda presentes, o jornalista e escritor Jeremias Macário com sua esposa Vandilza Gonçalves, Carlos Maia, o músico e compositor Manno Di Souza, a professora e jornalista Luciana Nery, o escritor Paulo Henrique, dentre outras personalidades que prestigiaram o lançamento do livro “A Letra e o Verso”.