:: 29/nov/2024 . 23:50
OS GOLPISTAS TRAIDORES IAM PASSAR UMA RASTEIRA NO BOLSONARO
Num golpe militar sempre uma junta de oficiais da alta patente assume o poder, como aconteceu em 1964 e ocorre em outros países. Somente depois eles decidem que vai comandar o regime de opressão.
Nessa tentativa de golpe tramada em novembro de 2022, após as eleições, os golpistas iam passar a rasteira no Bolsonaro e até prendê-lo, para decepção de seus seguidores malucos e fanáticos que pouco usam o raciocínio para enxergar o cenário. Aliás, são uns tontos de parco conhecimento e saber.
Agora aparece o advogado do capitão ex-presidente, que foi expulso da sua corporação por insubordinação, defendendo que seu cliente não seria beneficiado se o golpe tivesse dado certo. Ora, ele está exercendo o seu papel, mas, em parte, tem razão.
Claro que não estava escrito no plano que logo após o golpe contra a democracia, com a eliminação do presidente da República, seu vice e o ministro do Supremo Tribunal Federal, uma junta militar assumiria o poder. Seria burrice demais!
Até posso imaginar que o próprio Bolsonaro já desconfiava disso, mesmo porque ele não é tão burro assim. O mais irônico é que seria traidor traindo traidor, ou um golpe dentro do golpe. Os chefões seriam o Braga Neto, o caquético Heleno e o comandante da marinha.
Só não consigo compreender é como eles iriam conseguir governar sem o aval da aeronáutica e do exército, sem falar na reação internacional, principalmente dos Estados Unidos e dos principais países da Europa.
Seria uma loucura e um tipo de golpe atabalhoado nunca visto na história brasileira e mundial porque estava em jogo a matança de três personalidades institucionais, duas delas do presidente e do vice, uma coisa estarrecedora, bem pior que na Venezuela.
Como um engodo puxa outro, ouvi dia desse um vídeo aí qualquer de uma mulher, não sei se era advogada, ou fake news, porque logo deletei e não passei para frente, onde ela dizia que tentar dar um golpe não constitui crime, comparando essa atitude como liberdade de pensamento.
Quer dizer, então, que se uma pessoa tentar assassinar o outro e não conseguir, fica impune e não responde na justiça como crime? Se eu fizer uma emboscada para matar alguém e o tiro sair pela culatra, não cometi nenhum crime?
Coisa de louco! Não, seu delegado, só pensei eliminar o sujeito. É o meu direito do livre pensar. É, meu amigo, tem hora que acho que estou vivendo em outro planeta, só que é aqui mesmo no Brasil que faz parte da terra das maluquices de muita gente ruim.
NAPOLEÃO E SEUS SÁBIOS NO EGITO
Quando Napoleão Bonaparte esteve no Egito com seus 34 mil homens do exército e seus sábios, por volta de 1799, um dos seus primeiros feitos foi criar o Instituto do Egito que elevou este antigo país ao conhecimento do Ocidente, principalmente a partir da Pedra de Roseta, decifrada pelo gênio Jean-François Champollion.
O autor da obra “Uma História do Mundo”, David Coimbra, jornalista e escritor, citou que o Instituto foi a reunião de 167 cientistas convocados por Napoleão para participar da campanha do Egito, com seu general Junot e seus soldados que descobriram o granito negro.
“Eram engenheiros, arqueólogos, botânicos, matemáticos, artistas, todo um time de sábios chamados de “savants de Napoleão”. O rei francês tinha a intenção de imitar seu maior ídolo conquistador do mundo, Alexandre, o Grande, que era também um militar-político. Ao chegar ao Egito, vindo da Macedônia, o primeiro lugar que Alexandre visitou foi o Templo do Deus Amon, por isso deram-lhe o nome de filho de Zeus.
Alexandre levou seus filósofos que registraram e refletiram sobre tudo o que viram. Napoleão quis fazer o mesmo e, por isso levou seus sábios porque a escrita hieróglifa egípcia era desconhecida. Um dia, seus soldados encontraram um granito negro, a famosa Pedra de Roseta que continham inscrições em hieróglifos, grego e copta.
Os cientistas tiraram cópias das inscrições, mas Napoleão perdeu para os ingleses na guerra e a Pedra de Roseta terminou sendo transferida para Londres onde ainda está no Museu Britânico, quando deveria ter sido devolvida para o Cairo. Por falar nisso, grande parte do nosso patrimônio foi levado ou roubado para o exterior, inclusive espécies de plantas e ervas medicinais da Amazônia.
Quem decifrou a Pedra de Roseta sem nunca tê-la visto foi Jean-François Champollion, o gênio da linguística. De acordo com o escritor David Coimbra, ele nasceu em Figeac, no ano de 1790. Dez anos depois sabia falar latim e grego, além de todas as línguas europeias. Por essa época começou os estudos de hebraico. Aos treze anos, lia e escrevia em árabe, siríaco e caldaico. Falava copta consigo mesmo para treinar a pronúncia. Antes dos 15 estudou a gramática chinesa. Em seguida aperfeiçoou-se no zenda, no pálavi e no farsi. Aos 17 escreveu um livro elogiado pela Academia de Grenoble: “O Egito sob os Faraós”. Quando completou 19 anos tornou-se professor universitário.
Ainda criança Champollion entrou em contato com os ministérios do Egito e prometeu decifrar os hieróglifos da Pedra de Roseta através das cópias tiradas pelos sábios de Napoleão. Alguns historiadores suspeitam que os hieróglifos sejam mais antigos que a escrita cuneiforme dos sumérios. No entanto, Coimbra entende que antes de 3000 a. C. e de Menés, o primeiro faraó, os hieróglifos deviam ser somente ideogramas, como a escrita chinesa.
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