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:: 31/dez/2020 . 11:19

ILUMINAÇÃO INDEVIDA

Fotos de Jeremias Macário

Com toda essa pandemia infestando e ceifando vidas, que no Brasil já são quase de 2oo mil, (um dos maiores índices do mundo-coisa que nos envergonha), a Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista, agora comandada pelos interesses dos lojistas, resolveu fazer essa iluminação indevida da Praça Tancredo Neves, para atrair mais gente a fazer aglomerações. Por respeito aos mortos (não estão nem ai para quem se foi), neste ano não deveria ter iluminação, em sinal de luto e pesar pelos parentes que perderam seus entes queridos. Além de ser uma grande irresponsabilidade, demonstra uma má gestão e falta de senso (a insensatez tomou conta deste país) porque a iluminação terminou por gerar aglomerações, numa Conquista de portas escancaradas para a entrada dessa maldita Covid-19. A contaminação e o número de mortes só faz crescer, mas a iluminação dos comerciantes está acima da vida. O prefeito, ou as prefeitas, decidem e não aparece um assessor criterioso e profissional (sem bajulação) para alertar que essa iluminação não deveria ter sido instalada neste ano. Ficaria bem mais decente o executivo vir a publico e explicar os motivos de dispensar a iluminação. É uma questão de sensatez. O próprio secretário de Cultura deveria fazer esse alerta. Para que servem os assessores, que não cumprem seu verdadeiro papel de assessorar, orientar e aconselhar? Infelizmente, assessor no Brasil só presta para bajular o chefe e fazer tudo que ele manda, sem contestar e advertir. É um salário fácil pago pelo contribuinte.

A VACINA E A COVID

Poema de autoria do jornalista e escritor Jeremias Macário (Leia Andanças)

Oh, Senhor, tudo é muito triste!

Ver tantos irmãos a tombar,

Por essa maldita que persiste,

Ver artista dizer que ela é comunista,

Uma vacina frita que não se decide,

E tanta gente a morrer dessa Covid.

 

Renegam a ciência e se agarram na fé,

Oh, Senhor, perdoai tantas asneiras,

De pastor dizer ser coisa de Lúcifer,

Desse espinhoso a correr mundo a fora,

Como poeiras infestando as fronteiras,

E essa vacina que por aqui nos divide,

Com tanta gente a morrer de Covid.

 

Nessas vias de tantas cruzes de agonias,

Vou em meu corcel de patas a cavalgar,

Nessa solitária imensidão do infinito,

Só para mergulhar no horizonte do mar,

Dizer para o meu amor que não vacile,

Não vamos ter mais morte dessa Covid.

 

Aqui ainda sobrevivo em minha escuridão,

Sem saber se dois mil e vinte já passou,

Recebendo tantas notícias na contramão,

As redes brindando dois mil e vinte um,

No zoom mortífero dos imbecis do terror,

Sobre a vacina que nosso destino decide,

Pra acabar de vez com esse morrer de Covid.





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