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A MALDIÇÃO DA COVID-19 NO BRASIL

FEZ BEM O GOVERNO DO ESTADO NÃO DAR PONTO FACULTATIVO NOS DIAS DE CARNAVAL QUE NÃO MAIS VAI EXISTIR. NÃO FAZ NENHUM SENTIDO. É UMA FORMA DE INIBIR AGLOMERAÇÃO NAS LIVES DESSES CARNAVALESCOS ENDINHEIRADOS QUE NÃO RESPEITAM ESSA TRAGÉDIA DE MAIS DE 220 MIL MORTES.

O ano passado foi da Covid-19, e nesse 2021 (Feliz Ano Novo!) ainda vai ser dela e mais da vacina. Infelizmente, ainda estamos todos nós dominados por estes assuntos, como uma maldição que se abateu em nossas vidas. Por mais que nos esforcemos, ainda não há como nos libertar dessa angústia, desse pânico, dessa depressão, desse desespero e desse medo horrível que nos ronda no dia-a-dia. De máscaras, mais parecemos terroristas aterrorizados contra um inimigo invisível.

Irritados, com os nervos à flor da pele, estouramos com o outro ao nosso lado, com discussões políticas ideológicas que roubam o nosso racional do fazer pensar de esquecer do ódio e da intolerância. Nas redes social, mesmo em meio a uma pandemia mortal, as pessoas se autodestroem em xingamentos e falta de amor, com discriminação, atos de racismos, homofobias e falsas notícias.

OS PIORES DA RAÇA

Tudo isso nos faz ser os piores da raça que nem respeitam as mais de 220 mil mortes causadas pelo inimigo do terror. Nos faz ser cruel e insensíveis com a dor profunda daqueles que perderam seus entes queridos. A mão que afaga, é a mesma que soca e esmurra quando ainda tem gente que fura a fila das vacinas e só pensa em salvar sua vida. É o máximo da covardia de uma consciência morta. Ele só pensa em sua aorta e em seu sopro. Não importa que o outro deixe de respirar.

Pelas ruas, nos ônibus e nos metrôs, uma multidão ainda segue suas vidas amedrontadas para sobreviver. Os seres humanos, desumanos, mais parecem robôs teleguiados, um olhando cismado para o outro e pensando quem está contaminado. Outros, como brucutus das cavernas, preferem negar a ciência e se aglomerar nas farras. A maioria é jovem. Pena que não lhe ensinaram a pensar, e anda por aí em nome de uma falsa liberdade.

A maldição da Covid-19 estampou a cara de milhões (mais de 50) que viviam e ainda vivem abaixo da linha da pobreza. Criou as filas quilométricas de angustiados e ansiosos nas portas dos bancos por um auxílio emergencial. Espalhou a morte e também o salve-se quem puder. Separou muita gente do convívio diário familiar. Tivemos que engolir as saudades e armazenar as lembranças nas entranhas dos nossos porões.

Ela nos pegou no pior momento de um país dividido pelo rancor do “somos nós contra vocês”. Os falastrões demagogos nos incitam à raiva. Como se fosse um castigo pelos nossos pecados, o povo ficou órfão de um governo que não cuida de seus filhos, numa pátria sem comando. Ele espalha mau exemplo por toda parte. Milhares de potenciais suicidas seguem seus passos, ouvindo sua doutrina da desgraça e da destruição.

É momento de reconciliação. É momento de perdoar e de abrir nossos corações para combater os maiores inimigos que, entre estes, estão os que tripudiam dos protocolos da ciência, fazem deboches das recomendações de isolamento e distanciamento e agridem a mídia negando as informações. Nós nem calculamos, mas, além do inimigo Covid, temos outro maior que se alimenta da nossa insensatez e irracionalidade.

Se queremos mudar de governo, temos que processar uma grande mudança em nós mesmos, senão não haverá nenhum sentido. Quero viver em um país que não me envergonhe. No livro “O Fim do Homem Soviético”, de Svetlana Aleksiévitch, tem a passagem de um testemunho que diz “Eu não votei nesses canalhas, votei em outros canalhas”.

Sinto medo de sermos todos uns falastrões. Gritamos nas praças; fazemos manifestações nas ruas; protestamos e depois voltamos para os nossos celulares para ficar na internet. Estamos vivendo pelas leis de Darwin onde a prosperidade é só para os fortes.

Nesse país, os fracos perecem no meio do caminho, e outros nem chegam à metade. O filósofo Heine certa vez se expressou que semeou dragões e colheu pulgas. Aos seus seguidores, Karl Marx disse que só sabia de uma coisa, que não era marxista.

 

ALDEAMENTO INDÍGENA EM CONQUISTA? BRASIL DE DOIS PAÍSES

Sinceramente, confesso que não sabia que existia aldeamento indígena em Vitória da Conquista. Aonde fica essa aldeia aqui no município, ou na região? Pelo que já li da história de Conquista, do Sertão da Ressaca, os índios que aqui habitavam (Imborés e Mangoiós, descendentes dos Pataxós) foram exterminados pelos conquistadores portugueses a partir do século XVIII (João Gonçalves da Costa) e, em seguida, pelos exploradores dessa terra, no caso os nossos coronéis do capital que vieram depois.

Não que seja contra, mas ontem (dia 28/01) fiquei surpreso com a vacinação de uma comunidade indígena com cocares e até cacique, e não se falou em aldeia, como é a recomendação do Ministério da Saúde com relação ao público prioritário, do qual estão incluídos os profissionais que estão na linha de frente no combate ao coronavírus. Até a prefeita em exercício apareceu em cena para fazer seu marketing. Por que ela não esteve presente no primeiro dia da vacinação do pessoal da saúde?

Essa vacinação em Conquista está meio esquisita, a começar pelos fura-filas com declarações falsificadas de instituições, o que significa gente que nada tem a ver com trabalhadores da linha de frente nos hospitais. O Ministério Público precisa apurar essas e outras ocorrências para que o processo de imunização seja mais transparente para a comunidade. Infelizmente, a nossa mídia local só cobre o factual, isto é, faz apenas o BO.

ENTRE DOIS PAÍSES

Como se não bastasse o caos em que vivemos de desmandos, a sensação que temos nesse período tão trágico dessa pandemia, é que estamos vivendo entre dois países num Brasil só, o da União, que está mais para desunião, e o de São Paulo, que até o momento tem o domínio da fabricação da CoronaVac chinesa.

De lá, o governador João Dórea manda seu recado para Brasília, no papel de um “presidente”. O do Planalto vem com o revide e a retaliação. Um diz que a vacina é do Brasil. O outro que é do Instituto Butantã. O capitão xinga o governo chinês e depois declara que, após as conversas amistosas, fechou as negociações para a compra das vacinas e a vinda da matéria-prima. O de São Paulo retruca que foi ele o responsável por tudo.

É uma bagunça total, e entre bate-boca e farpas, o nosso povo fica no corredor polonês, só levando porrada e morrendo aos montes (mais de 220 mil) de Covid-19. Manaus é só uma calamidade com a falta de oxigênio, vivendo uma tragédia anunciada.

As vacinas chegam aos “tiquinhos”, e ainda aparecem os monstros fura-filas. Não se sabe quando começará a vez dos idosos a partir dos 75 anos, e mais ainda aqueles com faixa etária entre os 60 a 75. Dos dois “presidentes”, quem vai assumir essa desorganização e essa mortandade que poderia ter sido evitada se tivéssemos de verdade um governo totalmente preocupado em salvar vidas humanas?

 

 

 

BONS TEMPOS

No clique do jornalista Jeremias Macário, quem não se lembra dos bons tempos dos barzinhos na Praça do Gil? Quando aqui cheguei para chefiar a Sucursal A Tarde, no início dos anos 90, a Praça do Gil (homenagem ao pai de Gilberto Gil) era o ponto de encontro de amigos e namorados nos finais de semana, para tomar umas geladas e comer gostosos tira-gostos. Difícil era encontrar uma mesa para sentar. Era um divertimento só, e não nego que era um frequentador aos domingos. No entanto, tinha um lado negativo que vinha justamente dos carros de som que perturbavam os moradores dos prédios vizinhos. Houve até processos na justiça, e fiz matérias sobre o assunto, reprovando a ação dos baderneiros. Realmente, esse carros de som tiram o sossego dos moradores em qualquer ponto. Depois que começaram a abrir bares na Avenida Olívia Flores, onde se tornou ponto de encontro, a Praça do Gil se transformou num local bem mais tranquilo, e serve até para meditação e parada para se refletir. Ela continua famosa e conhecida de todos os conquistenses. Voltou a ser um local aprazível para se morar.

LÁGRIMAS DE FOGO

Poema inédito de autoria do jornalista e escritor Jeremias Macário

Você vivia nas cavernas,

Quase nem erguiam as pernas,

E dos seus olhos frios vazios,

Escorriam lágrimas de fogo.

 

A neve é como poeira branca,

No gelo da estérea Sibéria;

A estepe solavanca como o mar;

O medo corta como lâminas no ar,

E da alma brotam lágrimas de fogo.

 

Os carrascos têm chifres e cascos;

No açoite gemido da bigorna da noite,

O machado sempre sobrevive ao dono,

Testemunho do sanguinário tirano,

Que se alimenta de lágrimas de fogo.

 

As pessoas perderam sua história,

No buraco escuro da memória,

Somos nós, e vocês separados,

Cada qual a puxar seus arados,

Vertendo suas lágrimas de fogo.

 

Temos uma consciência morta,

Toda vida tem a ruptura da aorta,

Nas labaredas das lágrimas de fogo.

 

Não recebo mais carta de Esparta,

Nem dos filósofos da eterna Atenas,

Das belas e das sensuais morenas,

Pra enxugar minhas lágrimas de fogo.

 

A chuva nos traz lembranças,

E com o tempo e o balanço do vento,

A dor se transforma em mudanças,

Pra soprar minhas lágrimas de fogo.

 

Tem porta que só pode ser aberta,

Pelo amor, e sem ele o sangue coagula,

E secam minhas lágrimas de fogo.

 

Acabou a revolução do amor;

Hoje é como beber um copo d´água,

Sem suspiros, sem flores e sem cor,

Nas entranhas das lágrimas de fogo.

 

Cegueira de uma loucura noturna,

Das nuvens que se derretem em suor,

Desse céu que não tem mais ternura,

E dele só caem lágrimas de fogo.

 

Com a matéria que se torna pó.

Galopo nessa desatina sangria,

No meu cavalo de nome Ventania,

Para as montanhas dos lobos uivantes,

Na terra sagrada dos Xavantes,

Para matar as saudades do amor,

E arrancar do meu peito o rancor,

Que desce dessas lágrimas de fogo.

.

Viajo no infinito do horizonte,

Na procura da sonhada fonte,

Levando meu último canto,

Minguado encanto de esperança,

Que o índio acendeu com sua dança,

Rezando minhas lágrimas de fogo.

 

O mestre solitário da cabana,

Da floresta que virou savana,

Extirpou do peito seu coração;

Entoou a canção da crença,

Do espírito tirou toda doença,

Para iluminar o meu caminho,

Me transformar num passarinho,

E me libertar das lágrimas de fogo.

 

CAPITÃO MANDA, GENERAL OBEDECE

Carlos Albán González – jornalista

“Cozinheiro”. Este era o apelido que nós, do Curso de Artilharia, acompanhados dos andarilhos da Infantaria, alunos do extinto Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR/6), dávamos aos colegas da Intendência. Em resposta, eles cantavam hinos que feriam a nossa masculinidade, mas nada que afetasse a amizade entre os pouco mais de 250 jovens, incluindo os alunos do Curso de Saúde, chamados de “enfermeiros”. Nossos encontros, na década 60, eram realizados nos finais de semana ou diariamente, no período das férias universitárias. Após dois anos, solenidade de entrega de espadas e baile de formatura e, para os mais qualificados, estágio no 19º Batalhão de Caçadores e na Bateria Antiaérea de Amaralina, que dava ao aspirante a patente de 2º tenente.

Relembro prazeroso os dias vivenciados nas dependências do velho prédio, hoje desativado, de São Joaquim (Cidade Baixa, Salvador). Aprendi muito, principalmente o sentido das palavras hierarquia, disciplina e dignidade moral, que ganharam um novo significado nos dias atuais, quando observo generais batendo continência para um capitão, acusado de insubordinação, cuja carreira no Exército foi interrompida por um tribunal militar. Por diferença de um voto não sofreu a desonra da expulsão.

O Exército Brasileiro possui hoje uma gama de especialidades, que inclui profissionais de Educação, Administração, Direito, Comunicação Social, com os mesmos direitos e promoções daqueles que foram incorporados há mais tempo, no caso, médicos, técnicos em enfermagem, veterinários, laboratoristas e dentistas, que fazem parte do quadro de Serviços. Nesse grupo estão incluídos os intendentes, responsáveis pelo suprimento e as finanças da Força.

Nas promoções e no comando das unidades, o oficial do grupo de Armas (Artilharia, Infantaria, Cavalaria, Engenharia e Comunicações) leva vantagem sobre os oficiais que não são considerados combatentes, ou seja, estão sempre na retaguarda. Significa que, dificilmente, um infante chega ao generalato no serviço ativo. Pois bem, o Eduardo Pazuello é uma dessas exceções. Poderia estar hoje comodamente instalado atrás de uma mesa, administrando as finanças do Exército, aguardando o momento de receber a quarta e última estrela da carreira.

Tente entender a mente humana. O que levou Pazuello a optar pelo cargo de ministro da Saúde, no momento em que o país vive sua maior crise sanitária e humanitária da sua História; que dois profissionais de saúde tinham deixado o cargo, por não concordar com o descaso que o Planalto enfrenta a pandemia; que chegou a declarar que não conhecia o SUS; que aconselha o uso preventivo da cloroquina e de outros medicamentos, comprovadamente ineficazes no combate ao covid-19; que foi desmentido publicamente pelo seu chefe.

“COZINHEIRO”

Chamado de almoxarife – o termo cozinheiro ainda não apareceu – por articulistas da grande imprensa, o general, submisso, recebe as “pancadas” dirigidas ao capitão. A mais forte de todas partiu da PGR – o procurador-geral Augusto Aras “livrou a cara” de Bolsonaro –, pedindo ao Supremo que investigue a conduta do ministro na crise de Manaus.

E lá se foi o intendente para o simulacro de um apocalipse, sem prazo para voltar a Brasília. Claro, não era para menos. A missão do intendente nos 40 graus de Manaus é árdua. Vai ter que colocar em prática seus conhecimentos de logística para levar oxigênio aos hospitais e derrubar o cartel dos distribuidores do produto necessário para salvar vidas humanas; resolver o problema da falta de leitos de UTI e da transferência de pacientes para outros estados; investigar se efetivamente o governo estadual desviou recursos para combate à doença;  apurar o extravio de centenas de doses de vacinas destinadas às tribos indígenas; averiguar o ato execrável dos fura-filas, que inclui três secretários municipais.

Nesse episódio condenável dos que seguem a lei de Gérson (levar vantagem em tudo) – a pena em países onde predomina a religião muçulmana seria o fuzilamento – o ministro contou com a colaboração da juíza federal Maria Pinto Fraxil, que ordenou a não aplicação da segunda dose da vacina nos infratores, punição que deve ser estendida para todo o país. Atenção Reginaldo Prado, prefeito de Candiba.

Pressionado para deixar o ministério, Pazuello negou há cerca de uma semana a falência do sistema de saúde do Amazonas, reiterando a impossibilidade de enviar oxigênio para Manaus, por não dispor de aviões. Evidente que ele não mencionou os voos do presidente pelo Brasil – na última quinta-feira, sem máscara, contrariando decreto estadual, esteve em Coribe, a 875 km de Salvador, na sua oitava visita à Bahia –, inaugurando obras alheias e preparando o caminho para a reeleição. No dia 4 de dezembro foi a Salvador, onde passou poucas horas, participando de uma sessão de orações com seus apoiadores neopentecostais.

Quando retornar do Amazonas, o ministro da Saúde, se não pedir demissão nas próximas horas, terá outra complicada equação para resolver: silenciar os brasileiros que reclamam da falta de vacinas e já foram as ruas pedir o impeachment de Bolsonaro.

IMOBILISMO EM CONQUISTA

Em Vitória da Conquista, a prefeita em exercício Sheila Lemos, tem declarado que a covid 19 está sob controle, embora seja alarmante o número diário de contaminados e de óbitos. O imobilismo do Comitê Gestor de Crise tem causado preocupação. Na sua última conversa com a imprensa, Sheila condenou as aglomerações, pedindo aos irresponsáveis que “tenham consciência”, mas não disse se tomará alguma medida; as restrições, obviamente, ao funcionamento do comércio estão descartadas. Mas não é todo mundo que pode se tratar no Hospital Sírio-Libanês, sob os cuidados de três famosos infectologistas.

As vacinas chegaram a Conquista em doses homeopáticas, insuficientes para atender completamente ao público do primeiro grupo. O posto instalado pela prefeitura, devido a distância, atendeu unicamente àquelas pessoas que foram de carro ou de moto. Sem o devido controle, era evidente, para um atento observador, que muitos veículos transportavam os repulsivos fura-filas. Somente três deles, servidores burocratas da Secretaria Municipal de Saúde, foram flagrados.  Serão punidos? – Pergunta os idosos com mais de 75 anos, que vivem a expectativa de um dia serem vacinados.

 

É UM CASO DE INTERDIÇÃO

Primeiro chamou a Covid-19 de “gripezinha” e um “resfriado”; chamou os jornalistas de canalhas exagerados; agrediu toda a mídia; recusou-se a usar máscaras; receitou cloroquina (gastou nosso dinheiro com um medicamento condenado pela ciência); provocou aglomerações em vários atos, como um sociopata; incitou seus seguidores a pedir intervenção militar no país; tentou fechar o Supremo Tribunal Federal; dificultou a aquisição de vacinas, se colocando contra a imunização; xingou chefes de Estado; isolou o Brasil do resto do mundo; estimulou derrubadas e queimadas de nossas florestas; e nada fez para evitar uma tragédia anunciada de mortes pelo vírus em Manaus por falta de oxigênio.

Quem é esse que há dois anos só pratica maldades e destrói vidas? Quem é esse que destila raiva e intolerância contra seus adversários? Quem é esse que veio para destruir e não construir? É um presidente eleito por acidente, que caiu de paraquedas no Brasil, e contra ele já existe um monte de pedido de impeachment no Congresso Nacional. Nenhum foi aberto por questões políticas e porque o Brasil vive hoje num caos. Não se sabe o que pode acontecer de pior, pois vive cercado de generais incompetentes, fora de suas pastas, apoiando todas essas maluquices.

É um pária da sociedade que levou o país à bancarrota e, por causa dele, quase 220 mil pessoas perderam suas vidas, com muito choro e ranger de dentes. Não seria mais conveniente pedir sua interdição e interná-lo numa casa psiquiátrica por insanidade mental e completa falta de condições de governar um país? Pelas suas atitudes insensatas, já está mais que comprovado que esse capitão precisa ser interditado e expulso do Planalto, assim como foi expulso do exército. Trata-se de um caso típico de problema mental.

As forças armadas, pelo bem do Brasil, fazendo cumprir o seu dever de zelar e proteger a pátria, já deveria ter recomendado seus generais e coronéis que se afastem desse governo destrambelhado e aloprado. Toda nação unida, sem partidarismos, precisa se libertar das diferenças ideológicas e afastar esse Nero ou Calígula, antes que ele pratique mais barbaridades de morte e destruição.

 

QUAIS OS BAIRROS MAIS CONTAMINADOS?

A Secretaria de Saúde da Prefeitura Municipal de Conquista continua insistindo em realizar a vacinação do público prioritário da área de saúde que está na linha de frente através do sistema Drive Thru, aquele que todo mundo enche o carro de dondocas como se fosse um ato festivo e fica lá dando entrevistas para nossos coleguinhas. Está mais para festa e passeio!

Sinceramente, não consigo entender porque o processo não é feito dentro das próprias unidades hospitalares como em outras cidades do país. Será que Conquista quer ser diferenciada e chic? Mesmo com falsificações de documentos por parte dos furas filas, a Secretaria não muda o sistema. Tem um ditado que diz que persistir no erro é burrice.

MAPEAMENTO DOS BAIRROS

Não se sabe se a pasta da saúde reteve alguma parte da primeira remessa das vacinas (4.040) para realizar a segunda dose. É uma pergunta que a nossa mídia local deixou de fazer. As reportagens deixam muito a desejar, e as entrevistas são fracas. É preciso melhor em muito a qualidade do nosso jornalismo local.

Desde o início da Covid-19 já morreram no município cerca de 260 pessoas e, atualmente, falece mais de um paciente por dia, com mais de 15 mil que já contraíram o vírus. A capacidade de leitos disponíveis só tem diminuído, e não se vê nenhuma medida de restrição, para controlar a pandemia que tende a se elevar enquanto as vacinas chegam a conta gotas. Não se sabe quando o grupo de idosos a partir dos 75 anos começa a ser vacinado.

Em outras cidades, como Salvador, existe um mapeamento de todos os bairros mais afetados e, a partir daí, adota-se protocolos de restrição para conter a infecção. Não sei se a Secretaria da Saúde tem esse mapa (a mídia nunca questionou essa estratégia) aqui em Conquista. Não se sabe quais os bairros mais contaminados, como é apresentado no caso do mosquito da dengue.

A Prefeitura de Conquista é hoje administrada pelos lojistas e empresários em geral que não querem nem falar em medidas restritivas. Os donos de estabelecimentos ficam lá metidos em suas salas e nem estão aí para funcionários e clientes. Muitos não seguem os regramentos e decretos, e não existe fiscalização para evitar aglomeração.

Neste último final de semana, por exemplo, realizaram uma corrida próxima da UESB e tome aglomeração, com muita gente sem máscara. Esses eventos nem deveriam ocorrer. Cadê a fiscalização para interditar a corrida? Não basta ter decreto se não existem agentes suficientes para fazer cumprir a lei.

A INCOMPETÊNCIA E A SAFADEZA NOJENTA DO PERVERSO SER HUMANO

ESSES FURAS FILAS DA VACINAÇÃO CONTRA A COVID-19 SÃO REPUGNÁVEIS E SÓ MERECEM DE NÓS O REPÚDIO. SÃO ELEMENTOS CRIMINOSOS QUE CINICAMENTE AINDA FALAM EM SOLIDARIEDADE E ATÉ FAZEM DOAÇÕES EM FINAL DE ANO

Como já era de se esperar, aqui em Vitória da Conquista e em outros lugares do país teve gente falsificando declarações e furando a fila, com explicações estapafúrdias e cínicas, para tomar a vacina contra a Covid-19 antes do público prioritário que foi o pessoal da linha de frente na área da saúde.

A que nível chega o mau caráter do ser humano que sempre quer levar vantagem em tudo, e os outros que morram! Quem age assim é um safado, imoral e sujo que não tem nenhuma moral de julgar os políticos corruptos. Muita dessa gente finge ser solidária e até faz doações algumas vezes. É um traidor da sua própria alma. É um pobre desgraçado! Um pária da sociedade.

INCOMPETÊNCIA

Nada justificam essas atitudes vergonhosas de individualismo, mas, sabendo que em nossa sociedade existem indivíduos desse quilate do mal, caberia à Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Saúde, se prevenir de outra forma, com medidas e métodos mais rígidos, de modo a evitar essas irregularidades. Essa de declaração de cada instituição abriu brechas para as falsificações.

Foram verdadeiras ocorrências estelionatárias criminosas (caso de polícia), mas a Secretaria foi incompetente porque poderia ter evitado os furas filas. Ao invés de uma declaração, a pasta da saúde não poderia elaborar uma lista, ou relação das pessoas prioritárias da linha de frente através dos RHs de cada unidade hospitalar? O próprio diretor poderia fornecer os nomes dos profissionais que estão diretamente envolvidos no combate do vírus.

Entendo que faltou mais organização e preparo antecipado por parte da Secretaria. Aliás, a desorganização já começa lá de cima do Ministério da Saúde, comandado por um intendente general. A lista de nomes seria uma maneira de controlar a vacinação somente para os prioritários, mas existem outras formas de coibir as brechas desses elementos do mal. É só colocar a imaginação para funcionar e fazer um plano mais consistente.

Essas vacinas não poderiam ser aplicadas num espaço reservado de cada unidade hospitalar, ou posto de atendimento de Covid, com a relação de nomes nas mãos? Por que essa de Drive Thru (mania de imitar os ianques – coisa de fora) no comando da Polícia Militar com filas enormes de carros? Se o processo fosse outro mais simples e objetivo, certamente, pelo tempo, Conquista, que só recebeu 4.040 doses, já teria terminado essa vacinação.

Além das falsificações, pessoas como eletricistas, porteiros e encanadores receberam declarações para serem vacinados. Não sou especialista no assunto, mas compreendo por linha de frente os médicos intensivos de leitos de UTIs, enfermeiros, terapeutas, agentes do SMU e outros profissionais que atuam no tratamento direto dos pacientes contaminados.

UMA BAGAUNÇA E O NOJENTO

A palavra para esse início de vacinação no Brasil é bagunça, e o capitão negacionista da ciência nem está aí para as tragédias das mortes no país. Ele está mais para inaugurar estradinha em Coribe/Bahia e provocar aglomeração, como um psicopata da morte. Já cometeu crimes suficientes de lesa-humanidade para ser julgado, afastado da presidência e ser imediatamente preso. Por ele não existiria vacinação. Com seus monstros seguidores, virou promotor de fake news. “Governa” só para seus apoiadores nazistas.

Os furas filas safados, como vereadores, prefeitos, como o de Candiba/Bahia, chefes de gabinete, diretores de departamentos de hospitais e outros são uns nojentos que não têm o mínimo sentimento com relação à mortandade que está ocorrendo em Manaus, nem pelos mais de 215 mil que perderam suas vidas. É a prova mais cabal da cultura da maldade e do individualismo de um Brasil que já nasceu corrupto.

Muitos deles são “bozonaristas” e deveriam seguir o seu “guru”, recusando a se vacinar, como já declarou o chefe. No entanto, estão lá cometendo o absurdo de passar na frente dos prioritários. Em tom de deboche, o Bozó chegou a dizer que a “direita toma cloroquina”, a esquerda toma tubaina”. Agora podemos responder que a direita continue a tomar sua cloroquina, a esquerda toma vacina.

No meu caso como idoso, e de outros milhões na mesma situação, me sinto revoltado, indignado e até com vergonha do meu país. Essa gente sim, é uma escória da nação, que deve ser expurgada. Em outro país de princípios rígidos, teria o castigo que merece. Nem vou aqui citar o tipo de condenação, pois muitos conhecem bem do que estou falando.

A maior culpa já vem do alto incompetente Planalto que vai disseminando a confusão e os desvios de conduta e caráter, mas cabe a cada núcleo local tentar consertar os erros, como aconteceu aqui em Vitória da Conquista com as falsificações e gente se beneficiando quando não tinha o direito.

Da minha parte, não foi surpresa, pois não temos um governo competente, ajustado e comprometido em combater esse vírus. Basta olhar os números de Covid em Conquista com mais de 250 mortes. Infelizmente, estamos nas mãos do poder lojista e empresarial, mais preocupado com o lucro do que com a vida. Afinal, eles têm hospitais particulares, enquanto a ralé pobre vai chorar suas lágrimas nas portas dos SUS, que não dispõem de mais vagas. O destino é a morte cruel e desumana, sem a devida assistência.

 

SÓ AS AVES CONSEGUEM

Bem em frente, na porta do nosso Espaço Cultural a Estrada, onde há dez anos são realizados nossos saraus (interrompidos com a pandemia), uma espécie de pássaro (topete vermelho) fez um ninho majestoso e criou seus filhotes. Tivemos o cuidado de preservar a árvore (florida durante todo o ano) que já estava dificultando a abertura da porta. Discretamente sempre olhava, e fiquei a imaginar o quanto é imensa a sabedoria da natureza. O que mais me chamou a atenção foi a perfeição e o cuidado que o casal teve para montar a casa para seus filhotes. Só as aves conseguem essa perfeição, por mais que o ser humano seja um grande artista artesão. Lembrei do João-de-Barro, da coruja, da arara e de outras aves que constroem seus ninhos bem arquitetados e com toda perfeição. Acompanhei toda trajetória desses pássaros, desde a confecção do ninho, feito de fiapos de capim e outras plantas, até as horas que eles traziam alimentos nos bicos para seus filhos. Era uma alegria só! O mais encantador foi quando os pequenos ganharam as asas da liberdade e voaram pela primeira, tornando-se independentes. Só as aves conseguem essa proeza. Sempre eles retornam para visitar o ninho.

MEU CHAPÉU DE COURO

Poema mais recente de autoria do jornalista e escritor Jeremias Macário

Meu chapéu de couro,

Pra casa não leva desaforo,

É como minha viola estradeira,

Que já comeu muita poeira.

 

Meu chapéu de couro,

É marca do vaqueiro catingueiro,

Das brenhas do espinho quebrador,

Do sertão valente do Nosso Senhor,

Que derruba touro brabo fugidor.

 

Meu chapéu de couro,

É símbolo desse engaço nordestino,

Do cangaceiro e do pistoleiro,

Cravejado como do Virgolino Lampião,

É o mesmo que com a mão implora,

E aos céus ergue a sua oração,

Pai Nosso, Ave Maria, Nossa Senhora,

Abençoai seu filho e proteja seu destino.

 

O meu chapéu de couro,

Aguenta chuva, sol e sequidão,

Não é de ouro, é da cor do agreste,

É como o do Gonzaga, rei do baião,

Nasceu da labuta dessa mãe terra,

Da chibata do coronel do reio cru,

Mas foi louvado por nossa gente,

No rodeio e no canto do repente,

Resistente como o nosso Nordeste,

E imponente como o pé do mandacaru.

 

 

 





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