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:: 13/jan/2021 . 23:24

DA VIDA À MORTE, AS DESIGUALDADES SOCIAIS SÃO GRITANTES NO BRASIL

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Por que quando o pobre morre de Covid-19 o caixão sai diretamente do hospital para o cemitério, sem direito a velório e enterro pelos parentes e amigos, enquanto o rico, o político, um famoso ou uma celebridade têm todas as cerimônias funerárias normais e ainda é sepultado um dia depois? Será porque o vírus do rico é diferente e não pega?

Não é necessária muita explicação para entender a gritante desigualdade social no tratamento entre o rico poderoso e o pobre zé ninguém. Essa desigualdade começa no nascer e continua até na morte. Ainda tem gente que diz que na morte todos são iguais. É uma pura mentira. Só não tenho certeza sobre o espírito no pós-morte, no outro além do além.

É muito triste, mas essa é a face suja da nossa sociedade capitalista selvagem, cruel e hipócrita que fala de solidariedade e igualdade. Essa pandemia serviu para escancarar a realidade escondida dentro desse podre sistema, como essa a qual me referi acima, e por ter colocado nas ruas as caras sofridas de mais de 30 milhões de brasileiros vivendo abaixo da linha de pobreza. As imagens das filas nos bancos não mentem.

Não foi somente o caso da morte por Covid do prefeito de Goiás que teve cortejo fúnebre e velório, mas de tantos outros pelo Brasil a fora. Desde a chegada do coronavírus no início do ano passado até hoje vemos todos os dias na televisão cenas chocantes de pessoas pobres sendo enterradas às presas em valas comuns (caixões amontoados), sem velório e até sem a presença de parentes mais próximos. Como consolo, muitos acompanham pelo celular de forma virtual entre choros, revolta e lágrimas.

Confesso que em nenhum momento vi a nossa mídia questionar esse tratamento tão desigual e desumano, como tantos outros fatos que ela tem deixado passar em branco. Sou jornalista profissional, mas jamais vou me furtar de levantar minhas críticas. Infelizmente, ela hoje só tem feito o factual e, mesmo assim, como uma péssima qualidade nas coberturas. Não se faz mais jornalismo como antigamente.

Além de matar muito mais pobres que são vulneráveis e só têm os hospitais públicos, os quais estão hoje superlotados, o rico e o poderoso vão para o Sírio Libanês e outras unidades particulares, com toda a infraestrutura necessária para salvar o paciente. O que estamos vendo no Brasil é um genocídio, cuja maior culpa é do governo federal que tem debochado da pandemia chamando-a de “gripezinha”, além de se posicionar contra o isolamento.

“O DIA “D” E A HORA “H”

Vários países estão vacinando seus habitantes (Inglaterra já está entrando na segunda dose), inclusive nossos vizinhos nas Américas Central e do Sul, enquanto o Brasil ainda está discutindo se a terra é plana ou redonda, ou qual é a cor da água. A angústia, as incertezas e a aflição tomam conta de um país sem rumo, com os extremistas berrando barbaridades.

O general intendente do Ministério da Saúde disse em público numa entrevista totalitária (sem perguntas dos jornalistas) que o Brasil vai começar a vacinar seu povo no “Dia “D” e na Hora “H”. Na linguagem militar de guerra, deve ser, então, no dia 6 de janeiro de 1944 quando da invasão da Normandia durante o final da Segunda Guerra Mundial. A hora não se sabe, mas pode ser num amanhecer, ou numa calada da noite. Quanto ao ano, vamos ter que voltar ao túnel do tempo.

Bem, a guerra do Dia “D” deverá ser contra a vacina da CoronaVac (a chinesa “comunista”), do governador de São Paulo, João Dórea. Não se tem ideia também do local onde as tropas vão desembarcar. Isso é estratégia logística de general. Trata-se de um segredo de Estado que não pode ser revelado. Se ocorrer vazamentos, com certeza cabeças vão rolar.

A arma do general, em combinação com o capitão-presidente (obediência total às suas ordens) será a vacina AstraZeneca, da Oxford, comprada pela Fiocruz. Tudo está dependendo de um sinal da Anvisa para que aconteça o Dia “D” e a Hora “H”, com fotos, imagens e tudo que o capitão e o general têm direito para sair na frente.

Quem será o primeiro da fila? É uma incógnita, mas não será a “gripezinha”, que não é nenhuma “marica” para se submeter a uma agulhada com seringa. Falam por aí que pode ser até um general. A agulha e a seringa serão usadas para todos, pois não existem outras no estoque. Guerra é guerra e não se fala nisso!

Nesse nosso esbofeteado país tão confuso, onde todos mandam e ninguém manda, meus amigos, só “rindo para não chorar”. Também, não é de hoje que servimos de piada para os estrangeiros lá fora. Deixando a brincadeira de lado (só para descontrair), a coisa é muito séria, pois mais de 200 mil já morreram e atingimos um pico maior que o primeiro do meado do ano 2020.

Sem querer ser pessimista, estamos entrando na segunda quinzena de 2021 e até agora nada mudou para melhor. Continuam no topo o individualismo e o egoísmo das pessoas em geral contra seus semelhantes. A violência, o ódio, a intolerância e o desrespeito só aumentam.

Acabaram-se as doações de Natal; os artistas endinheirados da Axé Music estão preparando suas lives para o carnaval cancelado de fevereiro; os empresários comerciantes atrás do dinheiro; e os pobres morrendo aos montes. É este o quadro! Vamos torcer para que as coisas mudem, e o “Dia “D” e a Hora “H” sejam abreviados, sem guerra e mortes, mas com vida e liberdade para todos brasileiros!





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