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:: 20/jan/2021 . 22:17

A DIPLOMACIA DA MORTE

EM TODA A MINHA VIDA NUNCA OUVI NINGUÉM DIZER QUE SER PÁRIA É BOM. POIS É, E ISSO SAIU DA BOCA DE UM MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIORES.

No dia de ontem (dia 20/01), o capitão-presidente ficou órfão do seu guru Donald Trump com quem ele tanto se alinhava, incondicionalmente, até nas palavras quando os dois trataram a Covid-19 como uma gripe, e ainda tripudiou a China, com conotações discriminatórias.

A submissão humilhante aos Estados Unidos sempre foi declarada, o que denota uma aberrante contradição ao seu slogan “Pátria Amada” soberana do seu governo. Com a Índia seguiu o ordenamento do Trump na questão da quebra de patentes na Organização Mundial do Comércio (OMC).

Com sua diplomacia da morte, o ministro das Relações Exteriores, outro destrambelhado e aloprado no governo, chegou a dizer para formandos numa solenidade no Itamaraty que o Brasil ser chamado de pária é bom. É uma afirmativa de deixar qualquer um estarrecido. Os párias da sociedade deveriam ser condecorados.

Com todos esses relacionamentos desastrosos desde que assumiu a presidência (um acidente de percurso), o incompetente capitão só não esperava que no meio do seu caminho se encontraria com o maldito coronavírus. Como escreveu o poeta, “no meio do caminho havia uma pedra/havia uma pedra no meio do caminho.

Acontece que essa diplomacia extremista e retrógrada de isolamento está matando os brasileiros, as maiores vítimas do vírus, principalmente agora que a China dá o troco emperrando as negociações para a venda de uma matéria-prima para a fabricação da vacina CoronaVac. Do outro lado, a Índia cancela a venda de um carregamento de dois milhões de sua vacina.

O governo fala em problemas técnicos, mas, na verdade, a questão é toda política mesmo. Com um Ministério da Saúde confuso (um general comanda a pasta) e sem planejamento, depois da remessa de seis milhões de vacinas destinadas ao público que está na linha de frente no combate à Covid (muitos caras de pau furaram a fila), não se sabe quando o Brasil terá novas doses.

É uma tragédia anunciada, triste e lamentável que está ocorrendo com o nosso povo, que todos os dias chora pela perda de seus parentes, irmãos e amigos. É um rebanho que está sendo levado ao matadouro todos os dias por um governo negacionista da ciência que preferiu seguir os passos de um maluco dos Estados Unidos que também preferiu adotar a diplomacia da morte.

 

 

TANTO ALVOROÇO PARA POUCA COISA E A POPULAÇÃO PAGA PELAS BRAVATAS

OS GENOCIDAS LÁ DO PLANALTO DISCRIMINAM,   XINGAM, INSULTAM OS CHINESES E O POVO É QUEM PAGA COM SUAS VIDAS. ATÉ QUANDO VAMOS SUPORTAR CALADOS TANTO SOFRIMENTO?

Muito alvoroço sensacionalista da mídia para pouca coisa, com informações desencontradas e outras que deixaram de ser ditas nas reportagens. Assim foram as coberturas jornalísticas nos primeiros dias de início da vacinação no país, principalmente na Bahia, onde os repórteres se preocuparam mais em entrevistas e dar destaque aos primeiros que receberam as doses contra a Covid-19.

Por falta de planejamento e estratégia do governo federal, que não tem um presidente e um Ministério da Saúde, na população ficou uma sensação de frustração e decepção. Mesmo tendo como público alvo prioritário a área de saúde, as vacinas (uma quantidade mínima de seis milhões) deveriam ser destinadas apenas àqueles que estão na linha de frente dentro dos hospitais.

Aqui em Vitória da Conquista, por exemplo, até porteiro foi vacinado e, em outros lugares, pessoal do setor administrativo. Conquista recebeu apenas quatro mil vacinas, mas bem mais gente que esse número na linha de frente está diretamente ligada ao tratamento dos pacientes. A mídia não divulgou esse quantitativo e nem sei se a Secretaria Municipal de Saúde tem esse dado.

Na pressa jornalística para sair na frente e mostrar as imagens, ora se dizia que a Bahia recebeu 376 mil vacinas, ora aparecia 370 mil. Para o município de São João da Mata, no recôncavo baiano, a TV Bahia anunciou 2.300 unidades, logo depois corrigido para 400, e depois se manteve a primeira informação. Não se sabe quantas vacinas seriam necessárias para cobrir todo Estado nessa primeira etapa prioritária.

Nas primeiras notícias ficou a impressão de que a vacinação passaria pelos postos de saúde, o que foi depois desfeito diante da pequena quantidade. Tudo isso por conta da falta de uma campanha antecipada de esclarecimento à população por parte do Ministério da Saúde. Aliás, o presidente que temos não está nem aí para vacinar o povo brasileiro. Houve mais pressão que interesse.

O POVO É QUEM PAGA

Outra questão crucial e frustrante é que diante do caos existente, não se sabe se esse primeiro público receberá a segunda dose. Pelo quadro confuso que se apresenta, quando vier outra remessa é para continuar vacinando o restante da área de saúde. Vamos torcer que não, mas tudo indica que será outro alvoroço para pouca coisa, sem contar a politização que ocorreu em muitos estados e municípios, como no Rio de Janeiro. É quando será a vez dos idosos com mais de 75 anos e o outro grupo dos 60 aos 75?

As negociações para adquirir insumos da China estão emperradas, e as vacinas que viriam da Índia foram canceladas. A “diplomacia brasileira” isolou o país do resto mundo, e todos sabem os verdadeiros motivos. Com a China, os bolsonaristas discriminaram e insultaram aquela nação, até com imbecilidades de que a vacina era comunista.

O governo chinês ficou irritado e deu um nó nas compras da principal matéria-prima. Pelas bravatas ignorantes de extremistas, o povo está pagando pela falta de vacinas que já deveria estar salvando vidas, enquanto mais de mil morrem por dia no país e mais de 200 mil já se foram. Em Manaus, há dias está ocorrendo uma tragédia anunciada.

A esta altura, quando vários países da América do Sul estão bem adiantados no processo de vacinação, o Brasil inicia com uma insignificante quantidade, apenas com a CoronaVac. Essa luz no túnel e essa esperança de que tanto falam estão mais para um pisca-pisca que, ora se acende e ora se apaga, nos deixando nas trevas.

O povo morre impiedosamente, como na peste bubônica dos tempos medievais, enquanto a tal da Anvisa dá seu show de burocracia e não libera a vacina de outros laboratórios. Na verdade, está havendo um genocídio no Brasil e não se toma uma providência urgente para se dar um basta nessa matança.





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