:: 28/maio/2024 . 22:25
QUEM VAI DETER ESTE EXTERMINADOR DE PALESTINOS COM SEUS MASSACRES?
Como se não bastassem as tragédias da natureza, em decorrência do aquecimento global, com terremotos, tornados, ciclones, secas e enchentes torrenciais, ceifando milhares de vidas, o mundo assisti estarrecido o exterminador de palestinos, o premier Benjamin Netanyahu, o “Bibi”, que desobedece ao veredicto da Corte Internacional de Justiça e continua a bombardear, impiedosamente, os palestinos de Rafah.
Seus apoiadores e coligados antigos desse holocausto de terror e atrocidades, como os Estados Unidos e países da Europa, só fazem condenar as ações de matanças indiscriminadas e ele continua a agir passando por cima da lei. O próprio “Bibi”, o genocida, aparece na televisão reconhecendo que foi um ato trágico, mas permanece firme praticando o extermínio dos palestinos, tornando a Faixa de Gaza num inferno. Ninguém tolera mais os blábláblás desses governantes coniventes.
Quem vai deter este exterminador de palestinos que quer dominar todo território e anexá-lo ao seu país? Quanto ao Hitler, na Segunda Guerra Mundial, que mandou matar, inclusive seis milhões de judeus, os aliados agiram na base da força e acabaram com seu instinto sanguinário e dominador. Com o escudo do holocausto, Israel está fazendo o mesmo com os palestinos que estão vivendo o terror das bombas, da fome e das mortes de crianças e dos idosos.
Os Estados Unidos são os primeiros a soltar notas diplomáticas hipócritas de pesar e sentimentos, mas continuam enviando armas para ajudar Israel com seus massacres hediondos. É até uma ironia, para não dizer um escárnio e ultraje, quando se vê os ianques construindo um porto para ajuda humanitária e, ao mesmo tempo, mandando bombas para o primeiro ministro.
A história já está registrando este genocídio, do qual toda humanidade é culpada pelo que está acontecendo de horror e sofrimento na palestina. Todos os judeus israelenses estão apoiando esta “guerra” insana onde só um lado tem tanques, armamentos pesados e bombas para encurralar os palestinos como se fossem animais ferozes num apertado sem saída, sem água e alimentos. Milhares estão morrendo de fome pelos criminosos.
A única coisa que se vê dos israelenses são manifestações dos familiares dos reféns do Hamas – também condenável pelos seus atos em outubro passado – exigindo a libertação dos prisioneiros, mas não um protesto condenando o que o seu primeiro ministro vem fazendo contra um povo indefeso que desde 1948 sofre também o terrorismo de Estado.
Os universitários dos Estados Unidos se levantaram nos campi de suas unidades de ensino em apoio aos palestinos e contra esse massacre desumano. No entanto, suas vozes foram abafadas pela ditadura norte-americana que tanto fala em democracia, enquanto se alia a governos tirânicos por interesses capitalistas de poder.
Infelizmente, em pleno século XXI, os países dominados ainda vivem no tronco e na chibata colonialista dos imperialistas do mundo que só visam a defesa, a qualquer custo, do capitalismo exploratório dos mais fracos. Eles nem estão aí para reverter o aquecimento global e só pensam em aumentar os PIBs de seus países e fabricar armas sofisticadas para lucrar mais e mais.
Até no Conselho da ONU são eles quem mandam. Essa organização internacional perdeu seu sentido de existência, tanto é que o próprio carniceiro “Bibi” nem está aí para suas decisões de parar com os bombardeios. A fala do secretário Geral Gutierre ecoa no deserto de fogo.
Pode parecer derrotismo e terror, falta de fé e esperança de tempos melhores, mas o próprio ser humano está se encarregando de destruir a humanidade e abreviar o apocalipse final. Não temos mais líderes para seguir, só falsos profetas, fanáticos religiosos e mentes diabólicas do mal.
UM NOBEL PARA OS BOMBEIROS
Carlos González – jornalista
Provavelmente não serei o pai da ideia. Alguém já deve ter levado ao governo federal a relevante candidatura dos bombeiros militares do Brasil ao Prêmio Nobel da Paz de 2024. A concessão da láurea pela Academia Real das Ciências da Suécia significaria uma justa recompensa a homens e mulheres que têm revelado bravura e altruísmo nos momentos em que são convocados para resgatar vidas humanas e de animais. O país tem acompanhado a conduta dos Soldados do Fogo, como eram chamados, na catástrofe que desabou sobre o Rio Grande do Sul.
Expressando-se em diferentes sotaques, bombeiros de todo o país – a equipe de Sergipe sofreu um capotamento na BR-161, mas seguiu em frente numa viatura cedida pela corporação de Poções – foram distribuídos pelas cidades gaúchas alagadas pelos rios que cortam o estado. A representação da Bahia, integrada por 25 militares e pessoal de saúde, viajou no último dia 2 para a Serra Gaúcha, onde ocorreram deslizamentos de terra.
A outorga do Nobel aos bombeiros militares, que têm atuado em outras tragédias, tanto no Brasil como no exterior, não desmereceria a ajuda humanitária de outros dedicados profissionais, civis e militares, muitos deles voluntários, que procuram aliviar o sofrimento de milhares de pessoas que perderam seus bens materiais, além de familiares e amigos. Todos, em conjunto, têm o direito de levantar a taça.
Notícias mentirosas
“Cruéis e abomináveis” foram as expressões usadas pelo general Tomás Paiva, comandante do Exército, para qualificar as fake news, que, segundo ele, exercem um impacto negativo nos trabalhos de resgate e assistência às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.
“A desinformação impede a sinergia entre órgãos governamentais para ações que são imprescindíveis nesse momento”, comentou o militar, que não esteve na China, como divulgaram mentirosos compulsivos. Ele tem viajado ultimamente para Porto Alegre, onde orienta os trabalhos de 21 mil militares.
Desde os primeiros dias das enchentes no Rio Grande do Sul, os Bolsonaros (Eduardo, Flávio e Carlos) tentam surfar nas ondas de uma tragédia, como legítimos oportunistas políticos. Trabalham de forma coordenada, espalhando mentiras, pois são doutores na matéria lecionada por seu pai, que já devia ter saído de cena.
Sustentados pela nação (pelo povo, na verdade), os fomentadores do caos estão inserindo nas redes sociais informações mentirosas, com a finalidade de desacreditar o governo federal, tentando falsamente mostrar que os agentes do Estado priorizam o salvamento de animais, deixando mulheres, crianças e idosos para trás.
Num primeiro levantamento, a imprensa identificou sete deputados filiados ao PL, liderados por Eduardo Bolsonaro, como autores das fake news, além do governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, do mesmo partido. O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB) está com a corda no pescoço. A oposição na Câmara de Vereadores protocolou pedido de impeachment, por suposta falta de ação, antes e durante a inundação da cidade.
Desumanidade
“O bolsonarismo é uma força destrutiva, que só é capaz de prosperar num ambiente de conflagração permanente”, opinou o “Estadão”. Difundir notícias mentirosas é uma desumanidade, prática que o ex-capitão demonstrou durante os quatro anos de seu mandato. Na última semana de 2021, durante a intensificação das chuvas no sul da Bahia, com 75 municípios em situação de emergência, Bolsonaro foi passar férias numa praia em Santa Catarina, onde foi visto passeando de jet ski.
Ao longo da crise sanitária causada pela Covid-19, o ex-presidente propagou afirmações falsas sobre as vacinas, incentivou o uso de medicamentos ineficazes, promoveu aglomerações, deixou os doentes de Manaus sem oxigênio, atrasou a implementação de uma campanha de imunização e zombou dos que morreram contaminados pelo vírus.
Agentes de inteligência do governo (Gabinete de Segurança Institucional e Agência Brasileira de Inteligência) elaboraram entre março de 2020 e julho de 2021 mais de mil relatórios sobre a pandemia, mostrando o aumento do número de casos e de mortes no Brasil. Jair Bolsonaro optou por oferecer medicamentos sem eficácia contra a Covid-19, e desdenhou, chamando-os de idiotas aqueles que ficam em casa.
A edição do último dia 20 da revista Cadernos de Saúde Pública revela que os municípios onde Jair Bolsonaro teve mais votos nas duas últimas eleições presidenciais contabilizaram mais mortes durante os picos da pandemia da Covid-19. As pesquisas foram feitas pelos docentes Everton Lima, da Universidade de Campinas (Unicamp) e Lilia da Costa, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), com a colaboração da Fiocruz.
A descrença nos impactos da pandemia e a resistência às medidas sanitárias, recomendadas por cientistas e profissionais de saúde, além da conduta de muitos prefeitos, que preferiram seguir os conselhos do negativista de Brasília, principalmente os seguidores do evangelismo, foram os fatores apontados como determinantes pelos pesquisadores.
A comunidade evangélica de Vitória da Conquista recebeu na semana passada a notícia da morte, em menos de 24 horas, do casal Carlos Lúcio e Chilene Barbosa do Santos, líderes religiosos num templo do bairro da Patagônia. Ambos morreram de complicações (os pulmões estavam 90% comprometidos) causadas pela Covid-19. Os membros da igreja asseguram que o casal não se vacinou contra a doença, orientado pelo presidente, que boicotava medidas de combate ao vírus e o acesso às vacinas.
Os gaúchos assistiram indignados à justificativa do senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) para não estar neste momento ajudando as vítimas das inundações. “Estou com 70 anos. Quantos homens com a minha idade estão no meio das águas?”, perguntou a um repórter o vice do governo Bolsonaro, acrescentando que seria “um desvio de sua função”.
Navegando no apoio da maioria dos gaúchos ao bolsonarismo nas eleições de 2022, Mourão obteve uma cadeira na mais alta casa legislativa do país como representante do seu estado. Um militar de carreira, afeito à caserna, repentinamente se converte num senador. Por acaso, não é um desvio de função?
Analogia
O servidor federal Celso Rocha de Barros, na sua coluna na “Folha”, fez uma analogia entre a crise sanitária de 2002-2021 e a tragédia no Rio Grande do Sul, num cenário, felizmente fictício para os gaúchos, com Bolsonaro na Presidência da República.
A atuação do ex-militar no período em que o país perdeu mais de 700 mil vidas já é conhecida dos brasileiros, com exceção dos fundamentalistas e fascistas. Hoje, o “mito” negaria as inundações e as chamaria de “chuvazinha”. Em suas lives acusaria a China e São Pedro como responsáveis.
Depois de ouvir Paulo Guedes, seu ministro da Fazenda, afirmaria que a evacuação das áreas cobertas de água seria desnecessária porque atrapalharia a economia. Declararia guerra ao governador Eduardo Leite, como fez com João Dória, então governador de São Paulo, por ter se antecipado na compra de vacinas.
Aproveitaria a oportunidade para revelar seu lado cômico diante de uma tragédia, imitando um gaúcho morrendo afogado. “Querem que eu faça o que? Não sou salva-vidas”, quando passasse a ser questionado pela mídia. Atribuiria aos que morressem afogados algum problema de saúde, por não conseguirem vencer a correnteza, “o que não aconteceria com os que têm histórico de atleta, como o meu caso”.
O epidemiologista Pedro Halal usou dados estatísticos para mostrar que 95 mil mortes seriam evitadas se Bolsonaro tivesse adquirido as vacinas ofertadas pelo Butantã e pela Pfizer. Contrariando a ciência, ele queimou vacinas e medicamentos, além de ter deixado sem oxigênio os hospitais de Manaus.
Bolsonaro e seu ministro da Saúde, o general Eduardo Pazuello, esconderam dados sobre a Covid-19 divulgados nos boletins epidemiológicos. Os principais veículos de comunicação criaram um painel para combater a desinformação. Essa associação foi restabelecida para contestar os fake news que colocam em risco o trabalho de recuperação do Rio Grande do Sul. As denúncias podem ser feitas pelo email folhainformacoes@grupofolha ou pelo whatsapp (11) 99581-6340.
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