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:: 14/fev/2025 . 23:04

FONTES ANTIGAS DE “A MORTE DE CÉSAR”

O escritor e historiador Barry Strauss, de “A Morte de César” nos apresenta no final da sua eloquente obra as fontes antigas em que ele se baseou para realizar seu estudo acadêmico. Barry cita Plutarco, Apiano, Nicolaus de Damasco, Cassius Dio, Suetônio, dentre outros que podem ser pesquisados.

De acordo com ele, a moderna e a mais influente pesquisa sobre a transição da República Tardia para o Império Primordial é o livro de Sir Ronald Syme (A Revolução Romana, de 1939). O foco principal do trabalho é Augustus, mas o livro contém capítulos sobre os últimos anos de César e a conspiração contra ele.

Alguns dos temas abordados por Syme são o uso personalístico da política para a obtenção do poder, o papel chave desempenhado por Otávio na incitação das tropas contra o Senado em 44 e 43 a.C., e a realidade da monarquia por trás da retórica de Augustus quanto a restauração da República.

“O que podemos compreender da conspiração que matou César depende, em larga medida, do que podemos depreender das fontes antigas”. Robert Etienne traz este ponto à baila em seu excelente livro “Les Ides de Mars: La Fin de César ou de la dictature?” – “Os idos de Março: O Fim de César ou da Ditadura? ”

Plutarco, que foi a principal fonte de Shakespeare, enfatiza o papel desempenhado por Brutus e seu idealismo – ressalta Barry, ao acrescentar que Nicolaus, a quem o dramaturgo inglês não leu, acentua o sangue frio e mesmo as motivações cínicas dos conspiradores e ele também faz de Decimus um personagem chave.

Na análise do autor de “A Morte de César”, acadêmicos antigos tendem a desprezar as opiniões de Nicolaus porque ele trabalhou para Augustus. “Recentemente, os trabalhos de acadêmicos como Malitz e Toher reabilitaram Nicolaus como uma fonte contemporânea a sagaz…” Nicolaus foi um estudioso dos escritos de Aristóteles e Trucidides, duas mentes brilhantes quando se trata de política.

A vida de César é uma fonte inspiradora para muitos livros. “Para um homem de poucas palavras é difícil encontrar um pequeno volume melhor do que o excelente trabalho de J.P.V.D. Balsdon, intitulado Julius Caesar”.

Para alguns historiadores e pesquisadores, os assassinos de César (15 de março de 44 a.C.) eram aristocratas arrogantes, enquanto César seguia as regras da lei e contava com o apoio do povo romano. O tribuno Cícero disse que Decimus almejava fama e grandeza. Outros que os conspiradores tinham ciúmes mesquinhos.

Sobre o que César teria dito a Brutus, veja-se o artigo de P. Arnaud, “Toi  aussi, mon fils, tu mangeras ta part de notre pouvoir – Brutos le Tyrani? (“Tu Também, Meu Filho, Comerás a Tua Parte do Nosso Poder – Brutus, o Tirano?”)

Quando César foi apunhalado (mais de vinte vezes) pelos conspiradores, na versão de Shakespeare, quando ele viu Brutus, teria dito “Et tu, Brute? ou “Até tu, Brutus”. Suetônio já escreve que ele falou em grego : Kai su, Teknon, que significa “Tu também, filho”.





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