:: ‘Encontro Com os Livros’
O PRECONCEITO RACIAL INTERROMPE OS ESTUDOS DE UM MENINO ESCRITOR
Não fosse o preconceito racial, o menino Afonso Henriques de Lima Barreto, nascido em 13 de maio de 1881, quando o mulato Machado de Assis lança, no Rio de Janeiro, “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, e Aloísio de Azevedo publica “O Mulato”, tinha tudo para ser um grande aluno. Isolado e excluído, o único consolo eram as leituras na Biblioteca Nacional e as visitas à capelinha do Apostolado Positivista.
Em “Literatura Comentada”, da Abril Educação, o crítico Antônio Arnoni Prado fala do grande escritor que foi Lima Barreto, cujas obras foram marcos de uma literatura realista/naturalista de transição para o modernismo entre os séculos XIX e XX. Seu pai, João Henriques era tipógrafo nas oficinas do Jornal do Comércio e do Jornal A Reforma, e sua mãe, Amália Augusta, professora que contraiu tuberculose e morreu em 1887.
Lima Barreto tinha mais quatro irmãos e veio numa época muito difícil para a família quando sua mãe faleceu. Com seis anos frequentava a escola pública, quando o pai ingressou no movimento de resistência liberal e publicou uma tradução do “Manual do Aprendiz Compositor”.
Dedicado, Lima Barreto passa com brilho pelo curso primário e pelos exames da Instrução Pública que lhe deram condições para entrar no Liceu Popular Niteroiense. Internado, o menino só vê a família aos sábados. Deprimido e solitário pela discriminação, pensa em se suicidar aos 15 anos.
Em 1895 transfere-se para o Ginásio Nacional. No ano seguinte conclui os preparatórios no Colégio Paula Freitas para o ensino superior. Em 1897 ingressa na Escola Politécnica. Em 1902, ainda na Faculdade, começa a colaborar em “A Lanterna”, órgão da mocidade das escolas superiores. Assinava como Alfa Z e Momento de Inércia.
Na escola, Lima Barreto era perseguido pelo professor Licínio Cardoso, com constantes reprovações injustas, e sofria de forte discriminação racial. “Seu sentimento de revolta, suas atitudes pessimistas e seu complexo de inferioridade aumentam”. Nessa época, seu pai enlouquece. Para cuidar dos irmãos e da saúde do pai, abandona a Faculdade.
Em 1903 ingressa como amanuense na Secretaria da Guerra. Frustrado com a situação, ele começa a beber e a frequentar cafés, livrarias e redações de jornais do Rio de Janeiro. Era o fim do período áureo da boemia literária. Dos encontros nos cafés, conhece Domingos Ribeiro Filho, Lima Campos, Gonzaga Duque e outros. Desses contatos com o meio intelectual, passa a colaborar na “Quinzena Alegre” e em “O Diabo” (revista de troça e filosofia). Depois conseguiu um trabalho na redação de “O Pau”, com Crispim Amaral.
O ingresso no jornalismo profissional se deu em 1905 no Correio da Manhã. Divide seu trabalho com a militância política no comitê do Partido Operário Independente. Em 1907 funda a “Revista Floreal”, para combater os formulários de regras literárias que impediam a projeção de novos talentos.
Finalmente, em 1909, Lima Barreto publica, em Lisboa, seu romance de estreia “Recordações do Escrivão Isaias Caminha”. No ano seguinte, o livro é elogiado por José Veríssimo. Em 1911, o Jornal do Comércio começa a publicar em folhetins seu segundo romance “Triste Fim de Policarpo Quaresma”, numa linguagem despojada e inconformista.
O escritor aproveita o sucesso para colaborar com a Gazeta da Tarde e publica o romance “Numa e a Ninfa” (relatos folhetinescos). Esta fase, porém, é marcada por penúrias e desgostos familiares. Entrou em depressão e terminou sendo internado no hospício, em agosto de 1914.
Ao sair, intensificou mais seu vício ao álcool e passou a perambular pelas ruas. Certa vez, seu amigo Monteiro Lobato o vê bêbado numa mesa de bar e evita falar com ele por se sentir constrangido. Em 1916 precisa fazer um tratamento de saúde para curar uma anemia profunda, mas continua participando do jornalismo militante de esquerda, apoiando a plataforma do movimento anarquista que desencadeia em 1917, em São Paulo, uma das maiores greves da história operária brasileira.
Lima Barreto aproveita o ensejo e lança o “Manifesto Maximalista”, publicado nas páginas do seu semanário A.B.C., com informações sobre a Revolução Russa. Mesmo fraco, continua sua atividade literária e escreve para a revista “Brás Cubas” e a “Lanterna”. Publica “Os Bruzundangas”, um perfil das mazelas nacionais. Em 1918 é aposentado da Secretaria da Guerra por invalidez. Foi ainda diagnosticado como portador de epilepsia tóxica.
Sua melhor obra para muitos críticos foi “Vida e Morte da M. J. Gonzaga de Sá”, em 1919. Foi novamente recolhido ao hospício e só volta de lá em 1920. Candidata-se por duas vezes à Academia Brasileira de Letras, mas não é eleito. Suas últimas manifestações de rebeldia intelectual foram registradas no romance “Clara dos Anjos”, crônicas sobre o folclore e publicações de suas experiências no hospício, contidas nas páginas do “Cemitério dos Vivos”.
A miséria e os delírios do pai louco esgotam suas forças para escrever, e Lima Barreto morre de colapso cardíaco, em 1º de novembro de 1922, nove meses depois da realização da Semana de Arte Moderna. Ele nasceu no realismo/naturalismo e viveu no simbolismo. Na verdade, foi um precursor do modernismo, numa autêntica literatura, “voltada para os problemas existenciais do indivíduo em face da sociedade”.
Em nosso próximo “Encontro com os Livros” vamos comentar uma das suas importantes obras da literatura brasileira.
OS ASTECAS, OS INCAS E AS DOENÇAS
Depois das três expedições do navegador Cristóvão Colombo, no final do século XV pelas terras das Américas Central e do Sul (Ilha Hispaniola – Haiti e Venezuela), atrás dele vieram os desbravadores espanhóis que penetraram no interior dos reinos dos astecas, maias e dos incas, disseminando as piores doenças (as armas mais letais) que exterminaram metade dessas nações.
Está no livro “Uma Breve História do Mundo, de Geoffrey Blainey, que em 1517, o navegador Grijalva saiu de Cuba e visitou várias cidades portuárias do continente. Na volta trouxe notícias dos rumores do Império de Montezuma II, no México, (em redor de um lago). Era temido e odiado pelos maias, mas o audacioso Hernán Cortés, com 34 anos, não muito preparado em guerras, foi lá enfrentar a fera.
Partiu de Cuba em novembro de 1518, com 530 europeus dentre os quais 30 especialistas em atirar com besta (arma medieval). A maioria de seus soldados tinham mais experiência com arcos e flechas. No navio levava centenas de índios cubanos e escravos africanos. A maior surpresa estava nos 16 cavalos que foram vistos em seu desembarque como se fossem deuses.
Na páscoa de 1519, Cortés passou três semanas na cidade de Potonchán onde foi erguida uma cruz cristã. Nela, como narra o autor da obra, o aventureiro foi presenteado com uma mulher de nome Marina que lhe serviu de intérprete na jornada. A cidade de Montezuma, chamada de Tenochtitlan (México) ficava no caminho entre o Oceano Atlântico e o Pacífico, numa altitude e 2.500 metros.
Conhecer a cidade de cerca de 200 mil habitantes (uma das maiores do mundo) era uma visão extraordinária. Em pleno planalto, um lago, e ao longe umas pirâmides de pedras. Naquela época, somente Constantinopla e Nápoles tinham igual tamanho.
O império abrigava em todo seu território, não muito grande, cerca de oito milhões de nativos que se destacavam nas artes da construção, arquitetura, na agricultura e como ourives. Cultivavam o feijão, o milho e abóbora. Criavam perus e patos-do-mato.
O sacrifício de vidas humanas fazia parte do calendário da cidade asteca, e era mais parecido com uma carnificina do que com um festival religioso. A maioria das vítimas era constituída de homens. Um século anterior, esse ritual tornou-se mais frequente. A vida após a morte era vista como mais importante, e a execução era feita com muita dramaticidade pelos sacerdotes. O ato chegava a ter a acolhida dos pais, na maioria pobres, que entregavam seus filhos. O coração era habilidosamente arrancado do corpo e depois queimado em cerimônia, segundo o historiador Geoffrey.
A invasão de Cortés contou muito com o apoio de povos vizinhos que odiavam os astecas. Ele chegou até mesmo a ganhar ajuda de astecas que estavam no comando e que pensavam, quando o espanhol chegou em 1519, que fosse a reencarnação de um deus por quem a muito eles esperavam. Montezuma humildemente se rendeu, e Cortés assumiu o poder do império.
OS INCAS E AS DOENÇAS
Bem mais ao sul, na região montanhosa dos Andes, havia outro império mais novo, governado por um imperador conhecido como o Inca. Suas cidades contavam com um escudo protetor de montanhas e desfiladeiros. A região começou a se agitar por volta de 3000 a.C. quando domesticou a lhama, a alpaca e o porquinho-da-índia. Mil anos depois, seu povo começou a cultivar milho e batata.
Na época de Cristo, esses nativos de Nazca já cavavam túneis nas encostas dos morros, ao sul do Peru, com a intenção de desviar os lençóis subterrâneos para a irrigação. A construção dos terrenos para a agricultura e os aquedutos era um trabalho admirável.
Por volta de 1400 existia uma profusão de estados separados, muitos dos quais ocupavam os vales e as encostas. A paisagem acidentada facilitava o isolamento entre eles, com 20 línguas distintas e cerca de 100 grupos étnicos. Nessa época, uma superpotência começou a lutar pela sua supremacia.
Os conflitos entre as nações chegaram a danificar os projetos de irrigação pelos vencedores que levavam mulheres e crianças como prisioneiras. Nessas guerras, os incas chegaram a ser superiores, expandindo seus territórios a partir de 1438.
Originários da região de Cuzco (atual Peru), os incas chegavam a cerca de 40 mil. Depois de uma sucessão de lutas, governaram uma população de mais de 10 milhões de pessoas, isto por volta de 1492. Seus domínios iam da Colômbia e Equador até a região central do Chile. “Hoje, cinco repúblicas independentes ocupam o território um dia governado por eles”.
O império era unido por uma grande rede de estradas, espalhadas por mais de 23 mil quilômetros, até mais notáveis que as do tempo do Império Romano e as construídas pelos chineses. Com pontes seguras, serviam para transportar mercadorias e como vias por onde passavam os soldados para patrulhar alguns pontos estratégicos.
O sol, como fornecedor de calor, era visto como amigo (a vida após a morte era vivida sob seu calor). A lua era tida como outro deus. Como deus masculino, o sol regulava o calendário que começava em dezembro, e tinha sua planta favorita, cujas folhas produziam a coca que possuía qualidades espirituais. Dessa planta vieram a droga cocaína e o aditivo que até 1905 fazia parte da receita do refrigerante Coca-Cola.
Na sociedade inca, as mulheres vinham em primeiro lugar e tinham a lua como a deusa da fertilidade. Seu direito à propriedade era respeitado. O papel econômico era tão honrado quanto ao dos homens. Nos rituais religiosos praticavam o sacrifício de animais (lhama e o porquinho-da-índia) e também o de seres humanos quando se ia à guerra e para pedir chuva em tempos de seca.
Com o tempo, os incas aprenderam a cultivar a batata, o tomate, feijão, o caju, o amendoim, a coca, pimentas, a abóbora e a mandioca. Seu império começou a se desmoronar com a chegada dos espanhóis no início do século XVI. “A maior influência veio na forma de doenças que se alastraram entre os povos”, inclusive vitimou o imperador por volta de 1525 quando retornava de uma guerra.
Com o seu falecimento, as discórdias provocaram uma guerra civil, mesmo antes do verdadeiro inimigo chegar. Os incas lutaram entre si sem saber que um inimigo poderoso, os espanhóis, estava a bater em suas portas. Na verdade, as doenças foram mais letais que as armas. Quando Cristóvão Colombo chegou às Américas, a varíola já era comum na Europa. Em 1519, a doença já havia atingido o Haiti, ou ilha Hispaniola.
“Era uma arma secreta e não intencional dos soldados espanhóis que, sob o comando de Francisco Pizarro, partiram do Panamá para conquistar os incas”. Em novembro de 1532, os espanhóis capturaram o imperador Atahualpa,
Antes disso, em 1530 a varíola já havia feito grandes estragos, desde a Bolívia até os Grandes Lagos, no norte. Em seguida vieram o sarampo e o tifo que eram doenças novas para os espanhóis. Na leva vieram a gripe, observada nas Américas em 1545, a coqueluche, a difteria, a escarlatina, a catapora e a malária .
“UMA BREVE HISTÓRIA DO MUNDO”
OS COMERCIANTES E AS RELIGIÕES”
É uma obra do historiador acadêmico britânico Geoffrey Blainey que vale a pena ser lida pela sua didática e fácil compreensão sobre as origens humanas, as subidas das águas dos oceanos, as viagens dos povos entre os continentes, suas evoluções, as tribos nômades, as religiões, os grandes impérios, entre outros temas de importância para o conhecimento geral.
Nessa nossa coluna semanal de “Encontro com os Livros”, vamos aqui focar o capítulo “O Trio Triunfante” que prefiro intitular de “Os Comerciantes e as Religiões”. Nele o autor destaca que num período de tempo pouco superior a mil anos surgiram Buda, Cristo e Maomé, três religiões universais (o judaísmo em parte era também universal) que cruzaram fronteiras para converter uma grande variedade de terras e povos.
A TRANSIÇÃO DO MEDO
Essas religiões refletiam uma transição de que Deus era um símbolo do medo (assim era visto pelo Antigo Testamento) para uma transição do amor divino. Se formos analisar bem, como assinalou o autor da obra, os comerciantes foram os maiores propagadores dessas religiões. Eles precisavam de um clima de afabilidade onde os acordos pudessem ser honrados.
Os primeiros seguidores de Buda (Sidarta Gautama) eram comerciantes, como o próprio Maomé. Como carpinteiro, Cristo também foi, em parte, um comerciante com seu pai José. O cristianismo foi disseminado pelos judeus comerciantes longe de casa. Além dos negociantes, dois grandes imperadores, Asoka, da Índia, e Constantino, de Roma, foram fundamentais parra o sucesso do budismo e do cristianismo.
Por volta dos anos 900, essas três religiões alcançaram a maior parte do mundo. A mais nova, o islã, muito dependeu dos comerciantes árabes. A mais antiga, o budismo, teve sua maior força na população chinesa. Os monges atravessaram fronteiras da Índia até a Coreia, Japão e a Indochina.
O cristianismo contava mais com o nordeste da África e da Ásia Menor. Somente na Europa ele passou a ser dominante da Irlanda até a Grécia. Fazendo seus negócios, os comerciantes espalhavam as palavras e preparavam os caminhos para os missionários.
No capítulo sobre a Polinésia, o autor fala da Europa e da China que formavam grandes mundos com o tráfego fluindo entre si, enquanto outros povos viviam isolados, principalmente quando eram separados pelo mar. De acordo com ele, em toda história humana houve somente três grandes momentos em que viajantes cruzaram os mares para povoar terras desabitadas.
Um foi há mais de 50 mil anos, da Ásia para a Nova Guiné e Austrália. Outro foi a migração da Ásia para o Alasca, há mais de 20 mil anos, com a lenta ocupação do continente americano devido a obstáculos geográficos. O terceiro momento foi a migração dos povos da Polinésia para uma extensa faixa de ilhas do Oceano Pacífico e Índico.
A CHINA E SEUS INFORTÚNIOS
Quanto as potencialidades da China, que terminou por não aproveitar seus conhecimentos como devia, o historiador destaca a arte da comunicação com a invenção do papel manufaturado e a arte da imprensa, usando sinais gravados em blocos de madeira. Foi o acontecimento mais memorável desde a invenção da escrita.
O livro mais antigo data de 868, o qual serviu para difundir a mensagem do budismo e os preceitos de Confúcio. Todos os candidatos ao serviço público tinham que conhecer. Em 1273 imprimiu-se um livreto para fazendeiros e cultivadores de seda natural. A China possuía os fazendeiros mais capacitados do mundo.
Os chineses eram mestres em projetos de vias marítimas, enquanto os romanos especialistas do aqueduto. A China foi exímia na construção dos canais de embarcações (O Grande Canal da China). Com o enxofre, o salitre e o carvão, descobriu a pólvora, e dominava as técnicas de navegação e construção de navios. Na medicina e na saúde, os chineses foram vigorosos em experimentar novas soluções.
Diz o professor que o maior infortúnio foi que eles, por muito tempo, foram quentes, frios, criativos e letárgicos. Mesmo tendo inventado a bússola, fracassaram no mar porque não tinham o desejo de descobrir o desconhecido. Eram bons cartógrafos, mas seus mapas se resumiam aos seus distritos agrícolas. Os cientistas acreditavam que a terra era plana. Quando eles saiam ao mar, longe de casa, só visitavam portos conhecidos da Ásia e do Oceano Índico.
“A GENTE SÓ CONSEGUE PENSAR ESCREVENDO”
“A GENTE SÓ CONSEGUE PENSAR ESCREVENDO”
Esse pensamento, se não me engano, foi dito por um grande escritor norte-americano. Se não existe leitor, vai se escrever para quem? Do outro lado, se não existe escritor, também não existe leitor. Um depende do outro, e quem surgiu primeiro? É um caso para reflexão. Confesso que me identifico muito com esta frase.
Essa introdução é para comunicar aos nossos poucos leitores do blog www.aestrada.com.br, mas de fundamental importância, que estamos abrindo hoje (dia 12/03) uma nova coluna intitulada “ENCONTRO COM OS LIVROS” onde todas as sextas vou me comprometer, com toda modéstia, a comentar sobre um livro e o seu autor, como indicar outras obras, na tentativa de fazer minha pequena parte de incentivar a leitura.
No momento, estou lendo (gosto muito de história) “Uma Breve História do Mundo”, de Geoffrey Blainey, professor da Universidade de Harvard e Melbourne. É um grande historiador com mais de 35 livros, e este é um best-seller. Ele é autor também de “Uma Breve História do Século XX”.
Em “Uma Breve História do Mundo”, e também em seus outros trabalhos, Geoffrey adota uma linguagem didática e objetiva sobre a saga da humanidade, desde seus primórdios até os tempos atuais. De acordo com a Editora Fundamento, o autor descreve a geografia das civilizações e analisa o legado de seus povos.
Trata-se de uma viagem no túnel do tempo, de uma forma bem resumida e compreensível. Nele, o leitor vai entender como eram as noites dos primeiros nômades. Descreve ainda como surgiram as primeiras religiões, a carnificina das guerras e a ascensão e queda dos principais impérios.
Entre os capítulos, destacam-se “Vindos da África”, “Quando os Mares Começaram a Subir”, “A Cúpula da Noite”, “As Cidades dos Vales”, Senhor do Amarelo –Rei do Ganges”, “A Ascensão de Roma”, “Depois de Cristo”, dentre outros.
Aproveito a abertura dessa coluna para reapresentar minhas modestas obras até aqui, como “Terra Rasgada” (prosas e versos), “A Imprensa e o Coronelismo no Sudoeste”, “Uma Conquista Cassada”, uma pesquisa sobre como foi o regime ditatorial em nosso município, na Bahia, no Brasil e na América do Sul, e, por fim, “Andanças” – crônicas, contos, causos e poemas.
Nesse momento crucial dessa pandemia, minha produção tornou-se mais intensa com vários desafios em modalidades diferentes da arte, como a produção de vídeos de texto poéticos sobre a atualidade, com críticas políticas, sociais e comentários da vida cotidiana. A intenção é reunir todo esse trabalho num livro inédito de poemas, intitulado “NA ESPERA DA GRAÇA” – entre engaços e bagaços”. A publicação ainda esbarra na questão financeira, mas essa pandemia tem sido também um grande obstáculo para a concretização do projeto. Aos poucos vamos chegar lá.