INFINITO REVOLTO SERENO
Um ser cativo tão pequeno,
A mirar o infinito revolto sereno,
De fortes correntes e ventos,
É o mar dos descobrimentos,
Esse revolto sereno.
Rios correm invisíveis ativos,
Nesse infinito sacrário,
Nos sentidos anti e horário,
Para outra banda continental,
De jangada, caravela e nau,
Navegaram polinésios nativos,
Bartolomeu, Vasco, Colombo e Cabral.
Nesse infinito revolto sereno,
Do cabo fervente diabo Bojador,
Do Boa Esperança até a Índia,
Mar mistério negreiro cemitério,
Infinito sereno de prazer e dor.
Infinito revolto sereno,
Do Pau Brasil que já sumiu,
Rota dos escravos Benim Ajudá,
Me cure dessa saudade veneno,
Do amor que ficou do lado de lá.