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ALUGUEL E A PROLE

Antônio Novais Torres

Vésperas de eleições majoritárias. O prefeito local era correligionário e amigo do governador e tinha a pretensão de instalar uma agência do Banco do Estado na sua cidade. Fez ciente o Governador desse desejo e recebeu sinal verde, desde que conseguisse um imóvel adaptável e no centro da cidade.

Dentre os imóveis apresentados, foi escolhido o de um conhecido cidadão, intermediado por injunções de políticos. Os trâmites legais foram cumpridos, e a obra teve início com inauguração marcada para antes da realização do pleito, rendendo dividendos eleitorais para o Prefeito, o Governador e os políticos que gravitavam em torno destes.

O contrato foi feito atendendo às exigências do locador, inclusive quanto ao prazo e à cláusula da sua renovação. Por ocasião da renovação do contrato, a agência local, através do seu gerente, manifestou-se impossibilitada de fazê-lo, vez que o contrato inicial fora feito em Salvador pela diretoria do banco e, sendo assim, só a diretoria poderia renová-lo.

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PONTO DE VISTA “AESTRADA”

CENTRO ADMINISTRATIVO

A Prefeitura de Caetité já está implantando seu Centro Administrativo com empréstimo de R$ 7 milhões do Desenbahia, com conclusão prevista para final de 2016. São sete prédios que vão abrigar a sede da Prefeitura e as secretarias.

Vitória da Conquista, a terceira maior cidade da Bahia e entre as 100 mais dinâmicas do Brasil já deveria ter seu centro. Aqui, o projeto traria vários benefícios como facilitaria a vida de servidores e usuários e desafogaria o centro da cidade com menos carros e gente. Hoje a Prefeitura tem um gasto enorme com aluguel de imóveis em locais distintos.

AEROPORTO

E o novo aeroporto de Vitória da Conquista, hem! Depois da última audiência realizada na Câmara de Vereadores há mais de um mês ninguém fala mais no assunto. Essas audiências da Câmara começam no bla-bla-blá e terminam no Deus dará. O deputado federal Lúcio Vieira Lima disse que não passa de conversa fiada essa coisa de projeto e recursos para a construção do terminal de passageiros. Os vereadores ficaram calados. Com a pista e os acessos prontos, ficamos com uma obra inacabada.

TRISTE CULTURA!

Mais de dois anos e nada de reforma do Centro de Cultura Camilo de Jesus Lima! Aliás, não está fazendo muita falta, pois a nossa cultura aqui se resume na Festa de Natal e no São João do Periperi, além de alguns espetáculos de alienação com bandas comerciais de axé, pagode, arrocha e outros lixos. Triste cultura! A maior atividade cultural de Conquista hoje é a do tomar uma no bar.

MENINO MAICON

Estamos no clima de Natal e ninguém fala mais do caso do menino Maicon, morto há três anos numa ação desastrada da polícia militar que desapareceu com o corpo. Seus pais e parentes não tiveram o direito de enterrar a criança. Os soldados culpados continuam nas ruas e a sociedade faz de conta que nada aconteceu, mas sabe fazer campanhas para arrecadação de donativos e caminhadas pela paz, para aparecer sorrindo na mídia.

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100 ANOS DO ESCRITOR ADONIAS FILHO

Texto da Academia Brasileira de Letras (Biografia)

Colaboração de Antônio Novais Torres

Quinto ocupante da Cadeira 21, eleito em 14 de janeiro de 1965, na sucessão de Álvaro Moreyra e recebido em 28 de abril de 1965 pelos acadêmicos Jorge Amado, Rachel de Queiroz, Otávio de Faria, Joracy Camargo e Mauro Mota.

Adonias Filho (A. Aguiar Fo), jornalista, crítico, ensaísta e romancista, nasceu na Fazenda São João, em Ilhéus, BA, em 27 de novembro de 1915, e faleceu na mesma cidade, em 2 de agosto de 1990.

Filho de Adonias Aguiar e de Rachel Bastos de Aguiar, fez o curso secundário no Ginásio Ipiranga, em Salvador, concluindo-o em 1934, quando começou a fazer jornalismo. Transferiu-se, em 1936, para o Rio de Janeiro, onde retomou a carreira jornalística, colaborando no Correio da Manhã.

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SABEDORIA POPULAR III

Tem muito mais coisas por aí pelos grotões do Brasil a fora ditas pelos mais antigos como os avós da nossa geração dos 60, 70 e 80, mas vamos finalizar nossa série de Sabedorias Populares.  São ditados filosóficos que grudam em nossa memória e servem para o dia a dia da vida.

Vamos lá com a nossa lista de frases dos sábios autores anônimos, muitas delas escritas em carrocerias de caminhões:

“Casa de ferreiro, espeto de pau”.

“O pouco com Deus é muito”.

“Alegria de pobre dura pouco”.

“Quando pobre corre é porque é ladrão”.

“Pobre já nasceu fazendo regime”.

“Quem gaba o toco é a coruja”.

“Macaco velho não mete a mão em cumbuca”.

“Filho de peixe, peixinho é”. Essa cai bem em nossos políticos que passam anos mamando nas tetas do povo e depois passam os fartos peitos para seus filhos.

“Nem tudo que reluz é ouro”.

“Tudo no início são flores”. É como o amor no começo.

“O uso do cachimbo põe a boca torta”.

“O hábito faz o monge”. Aqui temos ladrões de colarinho branco.

“Cesteiro que faz um cesto faz um cento”.

“Quem ama o feio, bonito lhe parece”.

“Deus ajuda quem madruga”. Esta sempre ouvia do meu pai que foi um monstro no trabalho para sustentar a família na roça.

“Farinha pouca, meu pirão primeiro”. A farinha está escassa e difícil de conseguir, mas o pirão dos políticos é garantido e ninguém tasca a mão nele.

“Quem come e guarda, come duas vezes”. Ainda não consegui fazer isso em vida.

“Mateus! primeiro os teus!”

“Antes só que mal acompanhado”.

“Pimenta nos olhos dos outros é refresco”. Pode ser também em outro lugar.

“Quem tem telhado de vidro, não joga pedra no do vizinho”. Nos poderes executivo, legislativo e judiciário brasileiro, praticamente todos têm telhado de vidro. É pedra pra tudo que é lado, mas os deles é de zinco.

“Roupa suja se lava em casa”. Muitos lavam nas ruas e praças mesmo.

“Pé que não anda, não dá topada”.

“O tolo que pouco fala, passa por sábio”.

“É melhor ficar calado do que dizer besteiras”.

“Antes prevenir que remediar”. Aqui no Brasil, mesmo você se prevenindo, fica remediado mesmo”.

“Quem avisa amigo é”.

“Papagaio come o milho, periquito leva a fama”.

“Antes um cachorro amigo do que um amigo cachorro”.

“O amor é uma flor que nasce no coração do trouxa”.

 

 

 

EMANCIPAÇÃO COMO VILA

Fotos de J.C. D´AlmeidaVista Conquista 3 foto J.C.D´Almeida

Por que os municípios de Ilhéus e Porto Seguro, só para citar os dois, pelas suas datas de comemoração de independência têm menos tempo de emancipação política que Vitória da Conquista, embora sejam bem mais velhas como vilas?

Ilhéus passou a comemorar sua emancipação a partir de 1881, mas já era vila desde 1534. Porto Seguro completou no dia 28 de junho último 124 anos de emancipação política como município, se bem que já era também vila desde 1534.

Outra que nasceu às margens do rio Paraguaçu, no século XVI foi Cachoeira. Em 1698 a freguesia alcançou a categoria de vila de Nossa Senhora do Rosário do Porto de Cachoeira. Somente em 13 de março de 1837 Cachoeira foi elevada a cidade pela Lei número 43, data em que comemora sua emancipação política.

Conquista Nova e Antiga - foto J.C.D´Almeida

A Vila da Victória foi criada pelo Decreto Imperial número 124, em 19 de maio de 1840. No entanto, a data política é comemorada em 9 de novembro em referência à posse do Conselho Municipal, o equivalente a Câmara Municipal de Vereadores de hoje.

Acontece que a vila só passou a ser cidade após a Proclamação da República, em 1º de junho de 1891. De Cidade da Conquista recebeu definitivamente o nome de Vitória da Conquista em 1943. Pela data comemorativa de emancipação, Conquista dá a entender ser mais velha que Porto Seguro e Ilhéus.

Ainda pelos meados do século passado, com o parecer de uma comissão denominada de grandes intelectuais e aprovação dos poderes legislativo e executivo, Conquista passou a comemorar sua data com base em 9 de novembro de 1840 quando se deu a posse do Conselho, formado por Manoel José Viana, Joaquim Moreira dos Santos, Theotônio Gomes Roseira, Manoel Francisco Soares, Justino Ferreira Campos, Luiz Fernandes de Oliveira (presidente) e Francisco Xavier da Costa.

É certo que naquela época de 1840, a vila passou a organizar sua gestão, inclusive aprovou um código de posturas com poderes de disciplina, mas o local continuou dependente das comarcas de Caetité e Jacobina para resolver seus processos e ações na Justiça. Naquele tempo, o fundador do povoado João Gonçalves da Costa (Capitão da Conquista do Gentio Mongoió) reclamou ao governador da província dizendo que os conflitos demoravam muito tempo para serem solucionados, sem contar os altos custos processuais.

Praça Barão do Rio Branco já foi antigaRrua Grande foto J.C.D´Almeida

Ele sugeriu, inclusive, que a vila se reportasse a Ilhéus por ser mais perto e considerou um absurdo a vinculação com a Ouvidoria de Jacobina. Em 1873 passou, então, a se reportar a Santo Antônio da Barra (Condeúba), só se desligando em 1882 quando a vila recebeu o título de comarca.

A história nos conta ainda que Caetité, antiga Santa Anna de Caetité, passou a ser vila imperial em 1810 se desmembrando da comarca de Minas de Rio das Contas (vinculada a Jacobina). Até pouco tempo comemorava-se a emancipação política a partir da sua designação como cidade logo após a Proclamação da República.

Como denotava ser mais nova que Conquista, lá foi feita uma correção com base no ano de 1810 quando se tornou vila e comarca. Portanto, Caetité está completando agora 205 anos de emancipação. Não sou doutor no assunto, mas deixo aqui meu contraponto de que esta é uma discussão que ainda carece ser mais aprofundada pelos historiadores.

Não seria o caso também de Porto Seguro, Ilhéus e Cachoeira, como cidades mais antigas, adotarem o mesmo procedimento de revisão histórica, passando a festejar suas emancipações políticas a partir da titulação como vilas? Ou são casos diferentes?

Como no Brasil e na Bahia se gosta muito de festas e feriadões, bem que se podia comemorar como vila e cidade, sendo assim constituídas oficialmente duas datas no ano. Fica aqui a sugestão, porque quase ninguém sabe quando Conquista passou a ser cidade de verdade.

COMO ACREDITAR NO PAÍS DO FUTURO?

Numa situação onde o sistema já nasceu excludente, num emaranhado de peças enferrujadas, ser otimista neste país é até ser leviano. É como vender um alimento estragado e tentar convencer o comprador de que ele pode se tornar saudável com a introdução de substâncias químicas. É o caso brasileiro onde há muitos anos um monte de itens esperam na fila do país do futuro.

Palestrantes de autoajuda e estrangeiros maravilhados que aqui chegam tentam incutir em nós de que este é o Brasil do futuro. Os primeiros porque querem vender seu peixe passado na base do ânimo a qualquer custo. Os segundos porque ficam encantados com suas belezas, com a vida bagunçada que eles não têm e quase sempre desconhecem o interior do produto. Só uma revolução de verdade começando do zero nos levaria ao país do futuro.

Não estou falando daquela história de injetar competição capitalista a qualquer custo no indivíduo para ele vencer na vida, mesmo que não seja por meios lícitos. Estou me referindo ao país como um todo no sentido coletivo da palavra que requer planejamento e gestão de inclusão, justiça social, reparação e expurgação dos privilégios nababescos restritos a determinadas categorias que estão bem longe da pobre realidade brasileira.

Como acreditar num país do futuro que reluta endireitar os caminhos tortuosos que há anos só fazem aumentar as desigualdades sociais e crescer o ódio entre as classes? O povo aqui sempre foi vítima de calotes e mais calotes de um poder público negligente, arcaico e roedor famélico das entranhas de seus cidadãos.

Existe um sem número de coisas na vida do país que não adianta fazer remendos para galgarmos este futuro tão decantado pelos otimistas de plantão. Comecemos pelo esquema eleitoral montado que nada difere do antigo coronelismo. Nele se vota iludido de que é a saída, só que os resultados nunca aparecem. É um modelo totalmente antipatriota no lugar de ser uma cidadania respeitada e digna.

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O CAMPEÃO FALIDO

Carlos González – jornalista

Faltando apenas quatro rodadas para o término do Campeonato Brasileiro da série A, não restam dúvidas de que o título irá para o Corinthians. É apenas uma questão de uma ou duas semanas, tempo suficiente para que seus torcedores fiquem curados da frustração provocada pelo Atlético Mineiro, na vitória de 1 a 0, no último minuto da partida contra o Figueirense, no instante que alguns membros da Gaviões da Fiel já ocupavam a Avenida Paulista, em São. Paulo, com a finalidade de comemorar e, possivelmente, vandalizar.

O Corinthians foi, sem dúvida, a melhor equipe, num campeonato tecnicamente sofrível. Num período de crise econômica, com o brasileiro riscando o lazer do seu orçamento doméstico, o torcedor do alvinegro paulista prestigiou os jogos do seu time, vencendo grandes distâncias até o Itaquerão, ou viajando para outras cidades. Vale ressaltar que o clube mais endividado do país foi beneficiado pelas arbitragens, cujos erros deixaram de ser apontados por uma parcela considerável da imprensa paulistana, que não esconde seus sentimentos.

Com uma dívida que beira R$ 1 bilhão, o Corinthians, se pudesse, trocaria o troféu de campeão brasileiro por alguns milhões de reais para poder saldar seus inúmeros compromissos financeiros. Incentivado pelo seu torcedor nº 1, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com empréstimos tomados ao BNDES e aos bancos do Brasil e Santander, o clube, por vaidade, viu tornar-se realidade o sonho de um estádio só seu, que serviu de sede para o jogo de abertura da Copa do Mundo de 2014. O Morumbi, o mais acessível estádio de São Paulo, foi vetado pelo governo federal e pela FIFA, que receberam a opinião parcial do corintiano Lula.

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SABEDORIA POPULAR II

Vamos prosseguir com nossos ditados populares dos antigos, denominados de sabedoria popular, muitos dos quais escritos em carrocerias de caminhões e citados em conversas entre amigos para reforçar argumentos filosóficos, políticos e socioeconômicos do dia a dia de nossas vidas.

Vejamos alguns deles muito conhecidos, mas vale a pena relembrá-los:

“Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. Esta, como todos sabem, foi dito por Cristo aos seus apóstolos.

“Quem rir por último rir melhor”.

“Antes um pássaro na mão que dois voando”.

“Muito vento é sinal de pouca chuva”.

“Mais vale um peito na mão que dois no sutiã”.

“Quem tem medo de cagar não come”.

“Quem não chora não mama”. Muito boa para os tempos atuais de crise econômica de tanta pechincha.

“Mais vale um certo que dois duvidosos”.

“Quem com ferro fere, com ferro será ferido”. Muitos políticos devem estar hoje sentindo isso na pele. É o mesmo como o “mal sempre retorna para si”. Aqui também é só refletir a onda de refugiados das guerras e das catástrofes invadindo os países ricos da Europa que subjugaram os mais fracos com mãos de ferro. Os Estados Unidos, que têm a maior dívida para com as nações invadidas, fazem de conta que nada está existindo.

“Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão”. Os políticos safados gostam dessa.

“Quem canta, seus males espanta”.

“Quem vive de esperanças morre de fome”. Isso acontece muito com os brasileiros. É o povo que tem mais esperança no futuro.

“Quem não vive para servir, serve para morrer”.

“Quem está perdido, todo mato é caminho”. É o caso do presidente da Câmara Eduardo Cunha.

“Nada como um dia depois do outro”. Serve para ele também.

“Não há mal que sempre dure, nem bem que nunca se acabe”. Lembrei do “poetinha”: O amor dura enquanto é eterno.

“Quando o gato sai de casa, o rato passeia na mesa”.

“Contra um argumento, um argumento e meio”.

“Agua mole em pedra dura tanto bate até que fura”. Vá meu camarada, e não desista nunca.

“Quem muito quer, pouco alcança”.

“Quem não tem cão, caça com gato”.

“Uma andorinha só não faz verão”.

“Quem com os porcos se misturam, farelos come”. Esta, meu pai sempre dizia quando era menino para não andar com gente que não presta. Por não ouvi-lo, tomei muita topada.

“Santo de casa não faz milagre”. Esta é batata! Brasileiro, por exemplo, não sabe valorizar sua arte, sua cultura, suas riquezas e seu patrimônio. É um país que não preserva suas tradições. Na próxima, vamos ter mais para refletir.

NOVA IMORTAL DA ALB

A professora emérita do Instituto de Letras da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Suzana Alice Marcelino da Silva Cardoso, foi eleita na noite de quinta-feira (5) a nova imortal da Academia de Letras da Bahia.

Ela ocupará a cadeira nº 28, vaga desde a morte da historiadora Consuelo Pondé de Sena, em maio deste ano. A solenidade de posse ainda será agendada. A acadêmica atua, principalmente, na área da dialectologia (estudo de dialetos), geolinguística (campo entre linguística e geografia), português do Brasil, língua portuguesa e variação.

“Um sentimento especial em integrar este sodalício, que demonstra com robustez a sua existência e o seu papel na história cultural da Bahia e do Brasil”, disse Suzana Alice, durante a cerimônia de eleição.

Suzana Alice possui graduação em Letras Neolatinas pela Universidade Federal da Bahia (1960), mestrado em Letras e Linguística pela Universidade Federal da Bahia (1979) e doutorado em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2002). Ela também foi presidente da Associação Brasileira de Linguística (1993-1995) e é diretora-presidente do Projeto Atlas Linguístico do Brasil..

CONSELHOS DESPREPARADOS

As eleições para escolha dos conselheiros tutelares da criança e do adolescente, da forma como são realizadas, num círculo fechado de nomes para os cargos indicados por membros das igrejas evangélicas, grupos políticos, associações e sindicatos, não passam de mais um embuste democrático. O resultado desse processo é que a maioria dos eleitos é despreparada e não tem compromisso para com o exercício da função.

Recentemente, o Fórum Nacional de Membros do Ministério Público, denominado de “Pró-Infância”, divulgou uma moção de repúdio, acusando o despreparo do estado e omissão da Justiça Eleitoral na realização das eleições – conforme denunciou uma jornalista na imprensa de Salvador. Enfim, o Fórum classificou o pleito como um atentado à democracia.

Essa opção “democrática” que não leva em conta o mérito e a competência foi iniciada nos anos 80 e transformou-se num complô. As primeiras eleições terminaram em vexame diante das irregularidades, fraudes, compra e troca de votos como acontece com o sistema eleitoral vigente que elege os parlamentares e governantes.

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