De autoria do jornalista e escritor Jeremias Macário

O vaqueiro,

Amansador de burro brabo

Deu um nó cego,

E ainda bateu um prego.

 

Como desatar esse nó,

E decifrar esse quiproquó?

 

Dizem que o universo é infinito,

E se for finito,

O que existe além disso,

Trevas no precipício?

 

Como desatar esse nó,

E decifrar esse quiproquó?

 

Se Deus existe,

Quem, então, criou Deus?

Tudo é mistério sem razão,

Coisas da fé e da religião,

 

Como desatar esse nó,

E decifrar esse quiproquó?

 

A vida já nasce com a morte,

Uns saudáveis e fortes,

Outros pobres miseráveis,

Até com doenças incuráveis.

 

Como desatar esse nó,

E decifrar esse quiproquó?

 

Os espíritas acreditam

Na reencarnação,

Os cristãos afirmam que não,

Que a alma segue outra dimensão.

 

Como desatar esse nó,

E decifrar esse quiproquó?

 

A ciência se liga na matéria,

Não sabe da onde viemos,

Nem quem somos,

E para aonde vamos.

 

Como desatar esse nó,

E decifrar esse quiproquó?

 

E o amor não correspondido,

Fica o dito pelo não dito,

Se conhecer é sofrer,

Melhor é não saber?

 

Como desatar esse nó,

E decifrar esse quiproquó?