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:: 24/jul/2024 . 23:56

PESSOAS QUE FALAM DEMAIS…

 

Em lançamentos de livros, homenagens, solenidades e eventos políticos, principalmente, sempre existem aquelas pessoas carimbadas que quando são chamadas a se pronunciar uns começam a cochichar nos ouvidos dos outros:

– “Agora você pode tirar uma cochilada ou ir tomar umas no bar mais próximo e voltar depois que ainda está no meio do discurso”.

Sobre uma pessoa conhecida que batia o recorde no falatório, um amigo soltou essa um tanto exagerada:

– Cara, se você quiser pode ir ao motel com a mulher, fazer aquela brincadeira numa boa, sem pressa, e retorna ao recinto para ouvir a outra metade da explanação, isto se você ainda conseguir aturar.

Pois é, para essa gente que fala demais com rodeios e detalhes, inclusive numa conversa chata, muitas vezes recheada de elogios e bajulações, deveria haver um aparelho denominado de desconfiometro para dar um sinal de alerta de tolerância após um determinado tempo.

Seria, ao meu modo de ver, uma grande invenção, útil para quem está falando e também para a plateia que começa a se remexer nas cadeiras, abrir a boca ou ficar no celular, ao mesmo tempo rezando para quem está lá na frente fechar a boca e dizer: “Muito obrigado a todos por me suportar”. Agora, imagine isso para as pessoas idosas!

Eu, às vezes, faço o “mea culpa” quando dou uma esticada na fala e não percebo, mas sou repreendido pela mulher ou um amigo mais próximo. Tento argumentar que foram somente 10 minutos quando ultrapassei os 20. Estou procurando me policiar nessas ocasiões.

Falar muito tempo é até uma falta de respeito para quem está ali em pé ou sentado escutando. O falador só vê o seu lado. Quando alguém assim procede, lembro logo do cubano Fidel Castro que ficava oito, dez ou mais horas discursando numa praça para seus súditos, numa espécie de lavagem cerebral.

Nessa mesma linha, os falastrões nos fazem também fazer comparações com os pastores evangélicos que passam horas com a bíblia na mão esconjurando o satanás e convencendo os fiéis a darem o dízimo se não quiserem ir para o inferno. Usam o diabo como maior arma de convencimento.

Em todos os lugares existem sempre aqueles que são os terrores quando pegam um microfone numa solenidade, e coisa são os políticos em comícios. Para quem gosta, estamos entrando na temporada das eleições onde os candidatos costumam sair roucos de seus falatórios para conseguir seus votos.

 

 





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