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:: 16/jul/2024 . 23:04

MELHOR SER CACHORRO QUE HUMANO NESSA INVERSÃO DE VALORES DA VIDA

Uma agente da área de assistência social, por recomendação da Prefeitura Municipal, foi até a casa de um senhor que se encontrava doente com uma ferida na perna. Lá chegando ela se deparou com um cachorro em estado de abandono. Comovida, tirou várias fotos do animal e se esqueceu de relatar sobre a situação do homem.

Nada contra a cachorrada, meus amigos, muito pelo contrário, mas esta bicharada está levando a melhor no tratamento em relação aos humanos, principalmente quanto aos mais carentes de baixo poder aquisitivo, que vivem na pobreza e na miséria, sem educação, saúde e saneamento básico.

Nessa inversão de valores em que vivemos no cotidiano da vida, os cachorros das madamas, dos famosos e das celebridades estão tendo mais atenção, carinho e amor do que as próprias crianças que ficam lá nas mãos das babás ou nas creches.

Muitos pais quando chegam em casa do trabalho pouco se dedicam aos filhos e, para ficar livres deles, dão um celular para navegar. Nessa os cachorros estão levando a melhor e têm até planos de saúde com alíquota reduzida na reforma tributária, aniversários e funerais chiques, entre outros mimos.

Cachorros de rico não podem sofrer traumas e estresses senão são logo levados a um psicólogo, psiquiatra, nutricionista ou especialista da área, com direito a divãs e clínicas de luxo, coisa que milhões de humanos no Brasil não têm acesso, a não ser um precário SUS onde se leva de um até dois anos para se fazer uma consulta médica ou um exame de maior complexidade.

Quando uma celebridade adota um pet, ela passa a ser “mãe” e a linguagem da mídia chega a confundir até o telespectador ou o leitor de que a mulher pariu mesmo um filho de verdade. Na reportagem sobre a ginasta Rebeca, que vai às Olimpíadas de Paris, seus dois cachorros receberam mais tempo de imagem do que a própria atleta.

Como entre os seres humanos (moradores de rua), especialmente em países como o Brasil, existe também aquela classe de cachorros que vivem em estado deplorável, caso dos chamados cães de rua. Estes têm uma vida literalmente de cachorro. No entanto, os criados pelos mais endinheirados recebem tratamento especial.

Todos conhecem a música (1972) de Waldir Soriano, filho de Caetité, cuja letra dizia “eu não sou cachorro não, pra viver tão humilhado. Eu não sou cachorro não, para ser tão desprezado. Tu não sabes compreender quem te ama e quem te adora… Pelo nosso amor, pelo amor de Deus, eu não sou cachorro não…” e por aí vai. Talvez hoje poderia se inverter para: Eu não sou humano não…

De acordo com pesquisas, todos os cães descendem de uma espécie de lobos (canis lúpus familiares). Dizem que eles vieram da Eurásia (Europa e Ásia) há 15 mil anos e foram domesticados na região que hoje seria o Nepal e a Mongólia.

Em 1817, Charles Darwin, em sua teoria, propunha que o cachorro descendia de coiotes, lobos e chacais. Existem cerca de 400 tipos de raças. Estudos também indicam que o homem de Neandertal, muito tempo antes, já andava com um cachorro ao lado para lhe ajudar na caça e na defesa.

 





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