(Chico Ribeiro Neto)

Sexta-feira, 28 de junho, 12 horas. Começa a feira do sábado em Caculé, Bahia. Isso mesmo. Essa feira, que antes só era aos sábados, vai até o início da noite de sexta e retorna no sábado cedinho, começando a fechar depois do meio-dia.

A feira de sexta é a preferida dos moradores: “A gente compra tudo novinho, chegado da hora.”

Nos dias de maior movimento aparece o Shopping Chão: barracas que vendem peças de cama, mesa e banho e roupas masculina e feminina, às vezes com pequenas avarias. A etiqueta pode estar colada no meio das costas da blusa tapando um furo.

A feirante exibe com orgulho o molhe de cenourinhas, beterraba, alface, rúcula, espinafre, coentro e cebolinha e diz com orgulho; “É tudo da minha roça!”.

Quando dá meio-dia de sábado o movimento começa a cair e os feirantes lançam as promoções aos gritos de “é dois, é dois, é dois”, por um quilo de batata doce, ou “é quatro, é quatro, é quatro”, por uma penca de banana.

São quase 13 horas. Muitos já desarmaram as barracas. A caixa de som de uma loja da praça da feira toca:

“Pau-de-arara é a vovozinha

Eu só viajo é de avião.

Humorista de almanaque

Aprendiz de gozador

Eu vou lhe levar na Bahia

Você vai cair duro em Salvador (…)

(Trecho da música “Pau-de-arara é a vovozinha”, do Trio Nordestino).

Na feira de Caculé você pode ainda comer um churrasquinho de boi, porco ou frango por 5 reais e ganhar de cortesia uma dose de carqueja num copo de cafezinho. Você pode também fazer fotos, como estas:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

+9