Quando estava na presidência do Conselho Municipal de Cultura de Vitória da Conquista (2021/23) surgiu uma denúncia, no início de 2022, de arquitetos e até de pessoas ligadas ao artista Mário Cravo, criador da obra, de que a escultura do Cristo da Serra do Periperi estava necessitando de reparos na parte interna e externa, inclusive de que se esses serviços não fossem feitos, a imagem poderia ficar irrecuperável.  No meado do ano levamos esse alerta para a prefeita Sheila Lemos, numa audiência que tivemos com ela na prefeitura. Prontamente ela respondeu que aquelas informações não tinham fundamento e que havia sido feita uma vistoria e nada foi constatado em termos de estragos em seu material na parte interna. Não foram apresentados laudos comprovando que o monumento não estava correndo risco de perda. No entanto, olhando com mais cuidado, qualquer leigo visitante vai perceber sujeiras na parte externa do Cristo, tanto em sua imagem como na cruz. Se não me engano, o monumento está completando 44 anos e, durante este período, não tem recebido a devida manutenção por parte dos governantes. Alguns deles fizeram uns “puxadinhos” em torno do Cristo, como está sendo realizado agora e sempre dão o nome de revitalização. A verdade é que Ele e sua área nunca receberam grandes obras que atraíssem mais visitas dos moradores e gente de fora. Continua abandonado e quando alguém chega ali é recepcionado por uma cachorrada. Algo tem que ser feito para mudar esse vergonhoso quadro. Já que o poder público não tem dado a devida importância, por que não passar a administração do Cristo para o setor privado ou uma instituição como a Igreja Católica, para explorar o ponto e torná-lo turístico, num cartão postal da cidade, como acontece em outros lugares?