:: 3/jan/2024 . 23:58
UM PERIGO DE ACIDENTE NAS OBRAS DO CRISTO DA SERRA DO PERIPERI
Pode ocorrer um acidente com alguém que frequenta as obras de revitalização da área do Cristo de Mário Cravo, ou Cristo da Serra do Periperi, justamente na parte do mirante que ainda não está concluído, e toda responsabilidade será exclusivamente da Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista.
Ainda não foi colocada a proteção da parte inferior das ferragens, e as pessoas estão transitando até a ponta do mirante sem nenhuma segurança, inclusive crianças e idosos. O visitante pode se desequilibrar lá do alto e se arrebentar todo causando um acidente de graves proporções.
Na entrada do mirante colocaram apenas umas fitas que foram removidas por alguém e aí muitos estão atravessando até a ponta para tirar fotos ou por curiosidade para apreciar a paisagem da cidade do ponto mais alto. O poder executivo não teve a mínima preocupação de colocar um vigia para impedir a passagem ou fechar a passagem com ferros.
Estive lá nesse feriadão do final do ano com um casal do Rio de Janeiro e presenciamos essa negligência da prefeitura, sem contar o abandono dos serviços de revitalização que foram anunciados no início ou meado do ano passado.
Além do perigo de um acidente no mirante por falha do poder público, o monumento continua abandonado sem funcionários ou guardas municipais presentes no local, propício a um assalto de bandidos. No popular teve um morador que chegou a dizer que ali era “uma boca de zero nove”.
Na verdade, visitar o monumento ao Cristo naquelas condições é um tremendo perigo porque não oferece segurança. Pouca gente interessada em conhecer o maior Cristo crucificado da América do Sul foi com receio e assustada, o que dava para se perceber no semblante dos poucos visitantes que evitavam até a tirar fotos mais demoradas.
É assim que querem transformar Vitória da Conquista numa cidade turística? Num feriadão, por exemplo, (nem falo nos dias úteis) quais os pontos que temos para levar um turista, a não ser o Museu de Kard, a Lagoa das Bateias, cujas obras estão inacabadas, e ao Cristo que não oferece a devida proteção?Temos ainda o Museu Regional e o Padre Palmeiras (não são municipais) que não estão à altura de uma cidade de 400 mil habitantes. O Museu do artista Cajaíba também está se acabando lá na Serra. Ainda tem gente que fala de fazer de Conquista o Portal de entrada para a Chapada Diamantina, conforme está no Plano Municipal de Turismo que ainda não saiu do papel. Outros chamam Conquista de a “Suíça Baiana”, coisa que virou até piada e deboche.
Para o turista que passou por Conquista vindo de outra parte do país neste feriadão, ou esteve visitando um parente, a opção mais segura foi a iluminação da Praça Tancredo Neves. Alguns teimosos se aventuraram ir ao Cristo correndo o risco de um acidente ou ser assaltado. Não tivemos atividades culturais de peso, nem no Espaço Glauber Rocha, ou outro local, mesmo porque os equipamentos estão fechados.
Restaram alguns shows particulares em barzinhos e restaurantes de comidas e bebidas muito caras. Muitos não gostam quando se fala a realidade de uma terceira maior cidade da Bahia onde praticamente sepultaram nossa cultura.
Para ser sincero, quando chega um amigo aqui não me sinto confortável sair para mostrar os principais pontos da cidade. Explico logo que não tem muita coisa para se ver, além dos shoppings, avenidas e esse pontos citados que deixam a desejar.
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