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:: 22/jun/2022 . 17:07

AS GUARDAS MUNICIPAIS E AS “TRÊS TORRES”

Sempre me posicionei contra essa ideia das prefeituras criarem guardas municipais porque, na verdade, são extensões das polícias militares, embora argumentem que são grupamentos para defesa do patrimônio público. A filosofia de seleção e treinamento é a mesma da corporação militar (sempre é um coronel da reserva que está no comando).

Quando eles caem nas ruas têm o instinto psicológico de agirem como policiais, com métodos truculentos como já presenciamos em várias imagens nas ruas. Qualquer problema, partem logo para a pancadaria quando alguém comete algum desatino, muitas vezes gente com transtorno mental, andarilhos pedintes e até moradores de ruas.

Tenho comentado que a polícia militar, do jeito que está disseminando violência e mortes desnecessárias, não importa se bandidos ou não, precisa ser repensada e reformada, com novos conceitos de segurança ao cidadão que tem o direito de ser respeitado por ser o contribuinte que paga para ter proteção, e não ser desacatado e baleado.

Em Vitória da Conquista, por exemplo, agentes da guarda municipal têm cometido atos tão condenáveis quanto a polícia militar, e feito coisas que não competem a eles. Dias desses, um transeunte de Vitória do Espírito Santo estava agindo de forma estranha na porta de uma loja e deu um surto, talvez desorientado pela fome ou problemas mentais.

Como sempre acontece, o lojista acionou a guarda municipal que colocou o homem na viatura e o levou para a chamada “Três Torres”, na Serra do Periperi. Lá nessa localidade espancaram o rapaz com barras de ferro deixando seu corpo em estado lamentável. Por acaso, é essa a função de um guarda municipal?

Nessa “Três Torres”, no Bairro de Nossa Senhora Aparecida, transformaram a localidade em ponto de espancamento praticado por policiais. Não se sabe se é do conhecimento das autoridades porque essa atitude, seja de quem for, é abominável. Na teoria, a guarda é para estar a serviço da proteção patrimonial, mas nesse sistema é para servir os patrões comerciantes e empresários, e não propriamente do povo.

No lugar de se criar guardas municipais, vamos construir mais escolas e equipar os postos de saúde, duas áreas precárias. A educação, por exemplo, é a única via para se reduzir a violência, o desemprego a fome e a miséria. Nosso povo inculto fica empolgado quando um candidato a prefeito anuncia que em seu mandato vai criar uma guarda municipal.

Os políticos vereadores e a própria população cobram o cumprimento da promessa, como ocorreu aqui em Conquista com respeito ao prefeito Hérzem Gusmão quando assumiu o poder executivo e atrasou o projeto. Somos mesmo um povo facilmente iludido que entra nessa onda de que mais uma guarda vai proporcionar mais segurança para a cidade. Pura ilusão!

 





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