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:: ‘Notícias’

HOUVE UM TEMPO DO “VELHO CHICO” QUE FOI DESTRUÍDO PELOS HOMENS

Não mais existem as matas ciliares verdes e floridas que margeavam o “Velho Chico” como aconchego dos bichos e alimento dos pássaros. Houve um tempo dos peixes em abundância que acudiam os ribeirinhos quando sentiam fome. Não mais o vento ameno como antes vindo das águas que balançava as árvores e soprava frescor nas cidades. Foi-se o tempo dos vapores que subiam e desciam desde Minas Gerais a Alagoas. Não mais existem as lavadeiras cantadoras e ganhadoras. Até os mitos e as lendas se foram.

Com o tempo, as ações predadoras dos homens gananciosos levaram os bons tempos da fartura e da integração entre a vida viçosa de um rio navegável e seus habitantes que dele se serviam. Sem mais o vento anunciador das boas notícias de suas nascentes. Hoje choram o “Velho Chico” e o próprio homem que vive a orar ao próprio Deus que mande chuva para acalmar os espíritos “vingativos” da seca. A terra perdeu o cio e suas águas viraram bancos de areia de um volume morto, ou ficaram salobras na sua foz. O rio que já foi mar vive ecos de um tempo passado que foi destruído pelas ações malignas dos homens.

O estrago ao longo do tempo foi feito, não repondo o que retiraram e não revitalizando o que dele extraíram, como se a seiva nunca fosse acabar. Nunca se imaginava que um dia não se ia ter água nem para saciar a sede. As chuvas batidas só fazem o homem irracional esquecer de que basta outro tempo de estiagem, sem ventos e sem nuvens carregadas, para tudo terminar com as lavouras e com as monstruosas barragens erguidas. Como disse o profeta, o mar vai para sempre virar sertão, e quase ninguém irá mais falar dos bons tempos e dos ventos do passado.

AS CHUVAS NÃO APAGAM AS RUÍNAS

Há uns dez ou quinze anos, a Assembleia Legislativa da Bahia, com especialistas no assunto, membros do Comitê da Bacia do São Francisco e representantes ambientalistas, elaborou uma campanha de proteção do rio e produziu um vídeo onde mostrou as ruínas e os escombros deste patrimônio nacional. De lá pra cá, quase nada foi feito de benéfico, só degradação e ficar esperando por chuvas, como se elas fossem a salvação definitiva.

 

Há pouco tempo, entre novembro e dezembro de 2017, a capacidade da Barragem de Sobradinho atingiu seu ponto crítico de 1,6%, a mais baixa da sua história. O clamor foi geral, e o “Velho Chico” entrou em estado terminal em seu leito. O Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco denunciou a triste realidade e o governo federal falou em recursos para sua revitalização, os quais nunca chegaram como prometido.

Com as chuvas do início do ano, o seu volume útil elevou-se para 36,50% em abril. No mesmo mês do ano passado, a reserva era de 15,83%, segundo a Agência Nacional de Águas, por causa do baixo índice pluviométrico em Minas Gerais e oeste da Bahia onde estão os principais afluentes (Corrente e Rio Grande).

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MILICIANOS E MEMBROS DE FACÇÕES MIRAM EM TRANSPORTE CLANDESTINO

A situação é muito grave em Vitória da Conquista com a infiltração de milicianos e membros de facções nas vans que, de forma clandestina, sem fiscalização e regulamentação, rodam na cidade transportando passageiros.

A denúncia, divulgada no blog “Sudoeste Digital” pela repórter Jussara Novaes, partiu do Conselho Comunitário de Segurança Pública da Indústria, Comércio e Entidades Afins de Conquista, que enviou  documento ao prefeito Herzem Gusmão advertindo sobre a questão.

A irregularidade facilita o tráfico de drogas e a cobrança de pedágio para donos de veículos interessados em explorar a atividade que passou a proliferar em Conquista com a crise das duas empesas de ônibus (Viação Vitória e a Cidade Verde) que fazem o transporte coletivo mediante concessão da Prefeitura Municipal.

Ainda de acordo com a matéria, uma fonte militar também confirmou que milicianos e traficantes, especialmente de São Paulo, estão de olho nas brechas deixadas pela falta de regulamentação do transporte público feito através de vans, mais de 600 em situação irregular.

No último dia 13 de abril, numa sessão da Câmara Municipal, o vereador pelo PT Coriolano Moraes fez um contundente pronunciamento sobre o grave problema. Na ocasião, apelou para que a Casa tome providências junto ao executivo municipal de maneira a controlar essa prática delituosa.

Segundo Coriolano, a população que já está há tempos sofrendo com a escassez de ônibus na cidade, corre sérios perigos porque termina optando por este tipo de transporte para trabalhar e realizar suas obrigações diárias. O vereador, que já fez várias denúncias sobre o transporte coletivo em Conquista, declarou que o sistema está falido e que a prefeitura a tudo assiste de braços cruzados.

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E A EXECUÇÃO DE MARIELLE FRANCO?

Um mês e até agora nada sobre a execução da ex-vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco e do seu motorista, Anderson Gomes. Será que é por causa daquela história conhecida de polícia investigar polícia? Por que tanto sigilo em torno do caso que continua um mistério?

Não somente a sociedade brasileira pede agilidade e algum pronunciamento em torno do assunto, mas também os organismos internacionais onde o Brasil é visto como violador dos direitos humanos e país da impunidade. A anistia aos torturadores da ditadura civil-militar de 1964 é um dos exemplos, entre milhares de outros mortos por criminosos no mesmo modus operandi.

Fiquei logo desconfiado quando vi aquela encenação toda em torno da captação das imagens de câmaras, percurso dos carros dos assassinos, velocidades e direções dos tiros e muita gente na cena do crime. Será que eles acharam que as placas dos carros dos atiradores eram verdadeiras?

A polícia sabe bem que os caras são profissionais e tudo foi bem montado para não deixar pistas, pelos menos para os detetives do tipo brasileiro. Enquanto a mídia fazia seus espetáculos com estardalhaços, como sempre, os indivíduos aproveitaram para apagar seus rastros. Não acredito mais em nada.

A BAHIA PODE MUDAR O CENÁRIO

Nos quesitos distribuição de renda e desigualdade social, a Bahia apareceu como campeã nacional com os piores ganhos e nível de pobreza, conforme pesquisa detectada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), feita para o período de 2016/17.

No entanto, para o diretor de Pesquisas da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), Armando Castro, este cenário pode mudar, como ocorreu entre 2003 e 2015 a partir das transferências de renda e aumento real do salário mínimo.

O diretor citou que na Bahia, a renda dos 10% mais pobres cresceu 33% em termos reais entre 2007 e 2015, enquanto dos 10% mais ricos teve uma elevação de somente 7%.

Argumentou que a queda de renda dos mais pobres entre 2016/17 foi influenciada pela pressão do aumento do desemprego sobre os salários mais baixos e pelos cortes no programa do Bolsa Família. Apontou que a pesquisa estimou 1,4 milhões de famílias recebendo o benefício na Bahia em 2017, enquanto em 2015 eram 1,8 milhões.

Até certo ponto, este raciocínio pode ser válido se o estudo fosse restrito à Bahia. Acontece, porém, que a pesquisa foi de âmbito nacional e outros estados também sofreram o mesmo baque da crise e dos cortes nos programas sociais. Existe algo mais errado nisso tudo para a Bahia bater o recorde negativo na distribuição de renda.

Fora o papo político, o lamentável nisso tudo é que a desigualdade social no Brasil é a mais perversa do planeta e, a cada ano, milhares ingressam na extrema pobreza, tirando toda dignidade do ser humano. É um capitalismo vampiresco de um governo neoliberal arrebentando com a classe trabalhadora, principalmente com a reforma trabalhista escravocrata.

A EDUCAÇÃO E OS PROBLEMAS SOCIAIS

Sem cidadãos pensantes, os gênios malditos têm terreno livre para agir e tornar nosso país num lugar de trevas. É preciso saber distinguir o verdadeiro do falso. Tudo tem a ver com a educação, inclusive no aspecto da distribuição de renda no Brasil, uma das mais perversas da terra.

Todos concordam que a educação de qualidade é a saída primordial para o desenvolvimento e a redução gradual da desigualdade social, uma das mais profundas e cruéis do planeta que leva milhões a viver na extrema pobreza. Por que, então, os governos não investem pesado no setor, como meta prioritária nos seus programas de trabalho? Será culpa da elite burra e retrógrada que não quer ver a ascensão das camadas mais baixas?

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (2016/17) dá conta que a Bahia liderou o ranking nacional da desigualdade de renda no período, sobretudo por sexo, cor ou raça. O salário médio real da metade dos trabalhadores que ganhavam menos na Bahia caiu de 472 reais para 444, enquanto o rendimento médio dos 10% de trabalhadores com maiores salários aumentou de 5.946,00 reais para 7.833,00 reais. De acordo com os pesquisadores, a concentração de renda tem a ver com a escolaridade e a geração de emprego formal. Entre as regiões, a Nordeste é a mais desigual.

Há séculos a educação nunca esteve no primeiro plano das ações políticas, cujos personagens se habituaram a usar a ignorância para se elegerem. Ai os problemas sociais, de saúde e de violência se agigantaram de uma forma que, em paralelo, estes itens têm de ser reforçados para que o projeto educacional prospere. Fica difícil transmitir conhecimento de conteúdo para uma criança com fome, doente ou com problemas familiares de ordem econômica e social em casa.

Mesmo o professor sendo preparado, como ensinar uma criança cujos pais são alcoólatras, viciados em drogas, e em um lar onde o ambiente é de constante violência, sem contar o aspecto de pobreza? Fora estes problemas, muitas vezes o aluno reside em áreas de risco nas cidades e vive em permanente tensão psicológica. Em outros casos tem irmãos traficantes, e ele está sempre tentado a deixar a escola.

No meio rural, a degradação social não difere muito, sem contar a distância que o estudante tem que enfrentar entre sua casa e o colégio, muitas vezes estradas intransitáveis, rios e matos fechados. Por tudo isso e mais as péssimas condições das salas, o ensino termina sendo improdutivo. Nesse emaranhado de dificuldades, somente poucos conseguem sobressair virando manchetes de jornais como verdadeiros super-heróis.

Não adianta querer mudar metodologias, trocar disciplinas, criar novas bases curriculares, as quais sempre existiram, discutir planos e mais planos, montar estratégias e treinar o corpo docente exigindo formação de nível superior, se estas questões, a maioria de ordem social, não forem resolvidas.

Não basta só a escola ser atraente se nela o aluno que frequenta é mais uma peça problemática da engrenagem, em decorrência da desestruturação familiar e da própria exclusão social em que vive. Pela falta de compromissos sérios dos governos para com a educação ao longo desses séculos, a desordem tomou proporções monstruosas em todos os níveis, tornando mais complexa e custosa a retomada do ensino de qualidade no país.

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OS HOMENS DAS ALMAS TENEBROSAS

Antes de indagar o que está nas almas dessas pessoas ao se referir à transferência de Sérgio Cabral, algemado do Rio de Janeiro para Curitiba, bem que o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, deveria olhar para dentro da sua alma tenebrosa e a dos seus pares que se juntaram ao libertador dos malfeitores presos.

O papo sobre as correntes do maior corrupto nacional que estava em Curitiba e agora retornou ao Rio, graças aos votos do Gilmar, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski (contra de Edson Fachin), mais pareceu conversa de amigos de botequim entre birita e outra.

-Você viu, cara, algemaram o Cabral, um ex-governador! O pior é que colocaram correntes da cabeça aos pés! – retruca o outro, antes de dar seu veredicto final. Fico a pensar: O que está nas almas dessas pessoas, coisa horrível! – critica o Gilmar. É ministro, certo ou errado, não é assim que fazem no Brasil com os bandidos perigosos, do tipo Beira-mar?

Cabral que já é réu em vários processos, roubou, descaradamente, milhões dos cofres públicos, e o mais grave, como governador do Rio de Janeiro quando deveria dar bom exemplo aos cidadãos eleitores. Centenas  morreram e milhares continuam sofrendo por causa dos seus atos de corrupção e safadezas.

O “libertador” Gilmar se esmerou em soltar a turma das falcatruas das empresas de ônibus e dos políticos sujos da Assembleia Legislativa do Estado. Acontece que ele não está só nas suas tramas e conluios para desmoralizar a Operação Lava Jato e os procuradores da força tarefa. Tem mais “libertadores” em ação no Supremo.

Juntam-se a ele as almas tenebrosas do Tofoli, Lewandowski e Marco Aurélio de Mello, que concedeu liminar favorável ao banqueiro Pizzolato em 2013 e habeas corpus a Gegê do Mangue, membro do PCC que respondia por 11 assassinatos. O próprio Gilmar libertou o ex-médico Roger Abdelmassih, condenado a 278 anos por violentar sexualmente 52 de suas pacientes, sob efeito de sedativos.

Não vai demorar muito e essas almas, para espanto e estarrecimento de toda nação, vão libertar o Cabral, que volta a ter seus privilégios na prisão no Rio de Janeiro, e mais os condenados pela Lava Jato, alvo de extermínio deles. os “libertadores” das almas criminosas que devem apodrecer nas cadeias brasileiras.

 

PRODUÇÃO CULTURAL COLABORATIVA

(Ajude publicar o livro ANDANÇAS adquirindo seu exemplar antecipado)

ANDANÇAS – Contos, causos, histórias e versos é um livro de 368 páginas, com ilustrações, que mistura ficção com realidade da vida, mas exigiu trabalho de pesquisa, como “Pelas Brenhas do Mundo”. Leitura prazerosa garantida que prende o leitor em suas descrições galopantes e poéticas.

Para adquirir a obra, com arte final concluída pelo artista Beto Veronezze, o autor Jeremias Macário, jornalista-escritor, está conclamando os amigos e companheiros a participarem do projeto colaborativo da pré-venda do livro a fim de viabilizar sua impressão na gráfica.

O exemplar vai custar R$40,00 e o interessado pode fazer a aquisição antecipada depositando este valor na conta poupança da Caixa Econômica Federal agência 0079, conta 00120426-5 ou entrar em contato com o autor através do e-mail macariojeremias@yahoo.com.br, fone 77 98818-2902 para assinar o “Livro de Ouro”.

Pedimos aviso comprovando o depósito, pois os nomes dos colaboradores serão anexados na impressão da obra que cada um receberá no lançamento. O livro fala do Nordeste, do homem do campo, do retirante da seca, das intrigas, das corrupções, da falta de ética, do levar vantagem em tudo, da vida e da morte.

Entre outros lançamentos (Terra Arrasada, A Imprensa e o Coronelismo e Uma Conquista Cassada), “ANDANÇAS” é mais uma publicação que demandou dedicação e sacrifício. Conto com
seu apoio para impressão final do trabalho de 300 exemplares, dos quais um poderá ser seu mediante contribuição a partir de R$40,00.

 

 

OS CAMBALACHOS DO REI PAGOS PELO POVO VIOLENTADO EM SEUS DIREITOS

Neste bafafá da cadeia dos amigos do mordomo de Drácula e da prisão desobediente de Lula, esqueceram de vez da execução da ex-vereadora Marielle Franco e do seu motorista Anderson Gomes, e assim a mídia (nem lembram mais do dia do jornalista -7 de abril) vai navegando nas águas turvas lamacentas do caldo grosso do caos dos escândalos, das tragédias e dos horrores da política. Poucos deram atenção ao aviso intimidador à Justiça e à democracia vindo lá do quartel do general.

Enquanto a caravana passa, o povo, dividido em suas torcidas de ódio e rancor, paga os cambalachos do rei Drácula e é diariamente violentado em seus direitos. Hipnotizado pelos espetáculos macabros, a tudo assiste de suas arquibancadas e contenta-se apenas com seus deveres. Os cães ferozes continuam a ladrar e estão na espreita para atacar a carniça na hora certa da confusão dos desesperados.

A democracia virou saco de pancada e cada um aproveita para dar o seu soco de misericórdia. Não dá para apoiar e defender as bandeiras vermelhas do PT que se aliou em passado recente com gente da pior espécie e deu no que deu, nem seguir de longe os camisas amarelas da seleção brasileira, a maioria composta de uma elite retrógrada e fascista. O lamentável é que não existe, no momento, uma terceira via para marchar ao lado dela.

NAS CONTAS DE ENERGIA

Sem rodeios, vamos ao que nos interessa. Neste país tudo sempre sobra para os consumidores e a população em geral que custeiam as trambicagens do rei e da sua tropa de sanguessugas. Os saques diretos aos cofres públicos deixam um rastro de mortes na educação e na saúde nos sujos corredores dos hospitais, piores que nos campos de concentração em tempos de guerra.

Entre os auxílios-moradias dos juízes e as mordomias dos políticos, quase ninguém se atenta para a lista dos “penduricalhos” cobrados na conta de luz, que inclui desde ações para beneficiar produtores rurais até subsídios concedidos aos prestadores de serviços públicos de água, esgoto e saneamento.

Pouco noticiado pela imprensa, o golpe dos salteadores cafajestes passa despercebido do povo. Não há informação sobre os programas, e o que aparece na fatura da conta é apenas a cobrança de “encargos”. Além do imposto que você paga no ato da aquisição do seu alimento, ou outro produto qualquer, tem uma outra taxa disfarçada na sua utilização de  energia.

O Tribunal de Contas da União (TCU) constatou que, além do custeio indevido dos subsídios, o rei utiliza ilegalmente a via regulatória para embutir na tarifa de luz ações sem relação com o setor, criando um orçamento paralelo que ninguém sabe para aonde vai. É coisa mesmo de bandidagem.

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O FANTASMA DO NOSSO FUTEBOL

Botinadas pra lá e pra cá, rasteiradas, cabeçadas, cusparadas, convulsões cerebrais, pernas quebradas, contusões de deixar o “jogador” por muito tempo fora do campo, mais de 30 faltas num jogo, dedo e mão no anus do outro, xingamentos até racistas, chutões pra todo lado, peitada no juiz, quebra-quebra nas arquibancadas, pauladas, pedradas e até tiros com morte.

Esta é a lamentável cara, meus amigos, do nosso atual futebol, o fantasma brasileiro, que em tempos passados tanto encantou plateias com suas jogadas suingadas, com cadenciamento, leveza e poesia onde a bola era tratada como rainha e valia a pena ir a um estádio para prestigiar os craques artistas que eram tantos que não dá para listar aqui.

Hoje é uma tristeza assistir a uma partida de qualquer campeonato estadual ou brasileiro, principalmente quando depois se acompanha uma disputa das ligas europeias. O último jogo, por exemplo, entre Barcelona e Roma não teve dez faltas, e a bola rolou quase todo tempo. Torcedor aplaude até jogada bonita e espetacular do adversário e depois todos se cumprimentam de forma fraternal.

Aqui, quando termina o chamado “arranca toco”, ou “arranca rabo” de luta livre, quase ninguém se fala, quando não apelam para a pancadaria generalizada. Técnicos avançam contra o árbitro, com palavrões, e a polícia armada tem que entrar para protegê-lo. Os torcedores ficam irados e um quer matar o outro, achando que aquilo ali é sua vida.

Outra coisa que dá pena no nosso futebol é a mídia esportiva. Ao invés de criticar a decadência do nosso futebol, tudo por causa dos cartolas e vitalícios das federações que se perpetuam no poder para roubar, faz rasgados elogios, classificando tal jogo de grande partida. Quando alguém se destaca um pouco, passa a semana toda endeusando o cara. Coisa é quando faz o gol.

Dos que jogam atualmente aqui no Brasil, não vejo nenhum craque no nosso futebol, Dos de fora, um ou três, e o resto é tudo mediano, muitos até nos bancos de reservas dos grandes times da Europa. A seleção brasileira pode até ser campeã, mas nunca chega perto de uma de 58, 62 e 70, nem 82. O que se vê, hoje, meus senhores, é uma vergonha nos campos com um bando de fantasmas correndo, com chuteiradas para rasgar canelas.

O campeonato baiano, como de outros estaduais que se resumem a dois times nas finais, sempre se concentra no Ba x Vi onde se alternam nos troféus. O presidente da federação diz que o certame foi “empolgante” e os jogadores que foi muito difícil, o que não é verdade. A mídia segue na mesma toada, e no fim tudo termina em violência e baleados. Quando chegam ao campeonato brasileiro, os representantes baianos passam vexame e contando pontos para não serem rebaixados.

LANÇAMENTOS DE LIVROS NA UESB

Etnicidades, antropologia, povos indígenas e africanos, escravidão, terreiros de candomblé, quilombolas e personalidades da religião afrodescendente foram, entre outras, as principais questões levantadas na noite de ontem (quarta-feira, dia 4) no Módulo quatro da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia-Uesb por professores que lançaram seus livros para acadêmicos, pais de santo de terreiros de Vitória da Conquista e convidados.

Numa variedade de temas específicos, centrados nas culturas, vida social e religião dos povos africanos e indígenas, foram apresentados os trabalhos “Remanso –uma comunidade mágico-religiosa (o fantástico apoiado em uma mundividência afrodescendente – aspectos das ambiências sociais, geográficas e históricas)”, de Itamar Aguiar e Ronaldo Sena, “Etnicidades e Trânsitos”, dos professores Marise de Santana, Edson Dias Ferreira e Washington Santos Nascimento, “Antônio Burokô”, de Domingos Ailton, “Tradições Étnicas entre os Pataxós no Monte Pascoal”, de Luis Caetano e outros ensaios individuais de Marise e Ronaldo.

Representantes de terreiros de candomblé de Conquista estiveram presentes ao evento quando ao final dos pronunciamentos dos autores fizeram uma oração de paz e pediram a todos mais tolerância religiosa e menos preconceito. Na ocasião, foram destacados os massacres e a opressão praticados pelo Brasil, no caso da escravidão, e pela humanidade em geral contra os negros e as nações indígenas.

Itamar Aguiar falou do propósito da obra Remanso, uma comunidade quilombola situada em Lençóis, numa área às margens do Marimbus, na Chapada Diamantina, destacando a vida, a religião e os costumes de uma gente predominantemente negra que vive da pesca e da agricultura.

Domingos Ailton descreveu sobre o personagem Antônio Burokô, um famoso pai de santo que viveu por muitos anos em Jequié e que sempre conseguiu driblar a polícia nos momentos de perseguição contra os terreiros, nos anos 30 e 40 do século passado.

Infelizmente, como sempre acontece em lançamentos de livros e eventos culturais na Bahia e em todo Brasil, o público presente foi pequeno para o tamanho e importância das obras escritas, mas o professor Itamar apontou a qualidade dos participantes no encontro como fator principal que mais interessava naquele momento. Foi um debate proveitoso onde todos expressaram suas ideias e argumentos.





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