Autoria do professor e poeta Paulo Andrade, da coletânea “Vozes que Ecoam na Joia do Sertão Baiano”, da editora Versejar, organizada pelas poetisas Chirles Oliveira e Ybeane Moreira.

Poetizar com os pés no chão,

Fazer da mente uma escavadeira para buscar as palavras que ainda não são…

Tocar nas pedras no seu estado natural e modificar a percepção que medra na visão.

Forrar a cama e deixar o sono deitado para a noite.

Deixar o verbo verbalizar por entre a carne morna…

Andar com passos firmes na beira da praia, enquanto as ondas levam os pés para

Caminhar nos corais.

Tentar lembrar uma palavra e ao perguntar a alguém,

Ambos lembram, mas ela fica a flanar nas cordas vocais.