Os cafeicultores estão rindo de orelha a orelha por causa dos altos preços no mercado internacional, mas, mesmo assim, ainda dizem e choram de barriga cheia de que esses aumentos representam apenas uma reparação das perdas de anos passados. Os produtores preferem vender para o exterior pois vão auferir mais lucros. Como a cotação é em dólar, o nosso café também acompanha esta elevação. Diante do exposto, para os consumidores que apreciam a bebida, o café não é mais nosso de cada dia porque pesa no bolso, principalmente no das pessoas de menor poder aquisitivo. O café agora está sendo deles de cada dia. O Planalto da Conquista, incluindo Barra do Choça, a região da Limeira, Inhobim, Encruzilhada, Vila do Café, é o maior produtor de café arábica da Bahia, e quem mais ganha com isso, em termos de arrecadação, é Vitória da Conquista onde mora a maior parte dos cafeicultores. A produção da região daria para abastecer todo consumo local. Assim, o preço final ao consumidor não seria tão alto assim. No entanto, não é dessa forma que a banda toca quando se vive num sistema capitalista selvagem. Mesmo com os altos ganhos, a Coopmac – Cooperativa Mista Agropecuária de Conquista (grande parte de seus sócios são cafeicultores) está com a cuia na mão pedindo dinheiro aos governos municipal, estadual e federal (o dinheiro é nosso) para realizar uma exposição, exigindo que os portões sejam abertos, como se eles fossem os bonzinhos nessa história. A mídia acompanha essa cantilena de que vai ser tudo de graça para os visitantes, o que é uma grande mentira, ou omissão da verdade. Não existe almoço de graça, mas a grande maioria do nosso povo é manipulado e acredita nisso por ignorância.