AESTRADA
Não se propõe a ser noticioso, mas, através dos fatos do dia-a-dia e nos comportamentos dos indivíduos, levantar debates locais e nacionais sobre a economia, política, educação, cultura, segurança e questões sociais que tanto nos afligem e acompanham nossas vidas. Será um blog alternativo de discussão com as portas abertas para todas as ideias, sem medo de pensar e ser vigiado.
Estamos dando o primeiro passo nesta estrada e, como o caminho é longo, não é necessário começar acelerado, senão vamos perder a resistência logo no início e aí não vamos ter fôlego para prosseguir a jornada. Nossa proposta, com jornalismo sério, claro e objetivo, é oferecer ao leitor internauta a oportunidade de reflexão e crítica, mesmo não concordando com tudo.
OS CURRAIS ELEITORAIS
Desde os tempos coronelistas do início da República (1889) os currais eleitorais nunca deixaram de existir, e não é só nos grotões. Eles estão também encrustados nos grandes centros urbanos do país. Ainda tem cientista político que diz que o eleitor está mais consciente. É simples falar isso sem sair do seu escritório de ar-condicionado.
A prática do voto de cabresto, infelizmente, não persiste apenas entre as populações mais pobres dependentes das políticas públicas dos governantes. “Seu doutor, em quem vamos votar neste ano”? Como repórter, já ouvi muito esta indagação do eleitor ao se dirigir ao prefeito da cidade. E tem ainda os cabos eleitorais para apartar os bois nos currais.
SEM OLHAR OS DENTES
Dilapidaram mesmo a nossa Petrobrás, hem! Incompetência ou intenção de subornar? São as duas juntas. Como somos subdesenvolvidos, ou melhor, emergentes que é o politicamente correto, o complexo de inferioridade não está descartado. É chique comprar refinaria num pais rico! Os brasileiros megalomaníacos lotam Nova York e entopem malas e sacolas com produtos da China, da Tailândia e de Bangladesch. Retornam felizes da vida contando suas proezas nos magazines de luxo!
Mestres em negócios e “malandragens”, os ciganos quando querem vender um cavalo velho pintam o pelo do animal e passam umas ervas em seus dentes para dar uma aparência de novo. Os belgas da Astrol Oil devem estar rindo até hoje de nós. Como o brasileiro sério pode ter orgulho do Brasil e não sentir vergonha? Pior é que a cartilha da Fifa não mente.
A PRIMARIZAÇÃO DA ECONOMIA
Na economia vivemos o tormento da inflação e dos juros altos, com um ministro da Fazenda que passa todo tempo fazendo adivinhações e chutando números. A gastança continua em disparada e o déficit fiscal a aumentar. O balanço comercial e a conta das transações correntes com o exterior apresentam curvas negativas.
A reprimarização da economia está bem evidente. Desde 1985, conforme um colunista especializado no assunto, a indústria perde participação no PIB. De 27,5% naquele ano, caiu hoje para 13%. A indústria regrediu ao nível pré-JK (Juscelino Kubitschek). No seu primeiro ano de Governo (1956), a participação da indústria era de 13,8%.
FELIZ DA VIDA SEM EDUCAÇÃO
Órgãos internacionais e até nacionais estão sempre listando o Brasil como um dos piores do mundo em desigualdade social, em desenvolvimento humano, em educação, em saúde, segurança e outras avaliações. Contraditoriamente, é o que mais arrecada impostos (37% do PIB) e o último em retorno desses recursos para a população, ou seja, cobra o máximo e devolve o mínimo.
Mesmo assim, é só o brasileiro comprar um carro e uma televisão nova pra ficar feliz da vida. Com uma TV digital você vai ficar feliz da vida – indaga a repórter de uma emissora – e o entrevistado confirma que sim. Será que somos tão felizes e alegres como apontam estudos e pesquisas porque somos mais conformados e menos indignados com as injustiças? Ou porque somos um povo inculto e com baixa conscientização política?
Conheça o Espaço Cultural “A Estrada”
Com 3.483 itens entre livros (1.099), vinis nacionais e internacionais (481), CDs (284), filmes em DVDs (209), peças artesanais (188) e 106 quadros fotográficos, dentre outros objetos, o “Espaço Cultural a Estrada” que está inserido no blog do mesmo nome tem história e um longo caminho que praticamente começou na década de 1970 quando iniciava minha carreira jornalística como repórter em Salvador.
Nos últimos anos o Espaço Cultural vem reunindo amigos artistas e outras personalidades do universo cultural de Vitória da Conquista em encontros colaborativos de saraus de cantorias, recitais poéticos e debates em diversas áreas do conhecimento. Nasceu eclético por iniciativa de um pequeno grupo que resolveu homenagear o vinil e saborear o vinho. Assim pintou o primeiro encontro do “Vinho Vinil” com o cantor e compositor Mano di Sousa, os fotógrafos José Carlos D`Almeida e José Silva entre outros convidados.
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