abril 2025
D S T Q Q S S
 12345
6789101112
13141516171819
20212223242526
27282930  


CAMPO DE JOGO

Blog Refletor   TAL-Televisión América

 Indicação de Itamar Aguiar 

Orlando Senna

O futebol é o esporte mais popular do mundo, o que tem o maior número de praticantes, torcedores, fãs, profissionais e gestores. No que se refere aos gestores, estamos assistindo a uma eclosão de desvendamentos e providências relacionados à homérica corrupção dos cartolas em níveis nacionais e internacional. Em boa hora, a justiça dos EUA e da Suíça, o Congresso brasileiro e outras instituições decidiram acabar com a criminalidade e a impunidade dos mandriões da FIFA e das federações regionais e nacionais, começando pela prisão de sete dirigentes do alto escalão e o desmonte progressivo da máfia organizada por Joseph Blatter.

O suíço Blatter, à frente da FIFA há quase duas décadas, não foi o introdutor da criminalidade em alta escala na gestão do futebol, ele apenas seguiu a linha inventada e planejada pelo brasileiro João Havelange, presidente da entidade durante 24 anos, de 1974 a 1998. Segundo a procuradora-geral dos Estados Unidos, Loretta Lynch, a corrupção é sistêmica e enraizada e faz muitas vítimas: “dos países em desenvolvimento que deveriam se beneficiar com o dinheiro gerado pelos direitos comerciais aos fãs do futebol ao redor do mundo”.

A situação no Brasil, berço de Havelange, é das mais calamitosas, com os clubes endividados, a qualidade do futebol profissional em queda acelerada e uma política suicida de venda de atletas em formação para o exterior (só este ano já foram expatriados cerca de 400 jovens jogadores). Uma crise sem precedentes no antigo “país do futebol”, a ser analisada nos próximos meses em uma Comissão Parlamentar de Inquérito criada pelo senador Romário, que abordará, inclusive, os contratos de clubes com a TV e as ações obscuras das empresas de marketing esportivo. E isso é só uma levantada na tampa, ainda não é a abertura total da Caixa de Pandora. É o lado sombrio do futebol.

:: LEIA MAIS »

RADICAIS DIGITAIS

Blog Refletor  TAL-Televisión América Latina

Itamar indica Orlando sena

Dois acontecimentos encadeados me levaram, esta semana, a rever a pintura exponencial de Rembrandt e um filme essencial de Joris Ivens. Ou seja, me levaram para a Holanda dos séculos XVII e XX. De Rembrandt, que muita gente boa considera o maior pintor de todos os tempos, fui buscar os autorretratos. Como se sabe, ele fez cerca de 40 retratos de si mesmo, da juventude à velhice, mostrando a mutação da vida, o vendaval do tempo no próprio corpo, principalmente no rosto. É uma autobiografia pictórica e, sendo Rembrandt, realizada com técnica extraordinária, nenhuma autopiedade e sinceridade absoluta.

Desde muito tempo pessoas juntam os autorretratos de Rembrandt, na ordem em que foram feitos, nesses caderninhos que criam a ilusão de movimento quando folheados em velocidade constante com a ponta do polegar, para ver cinematográficamente a ação do tempo sobre o rosto do pintor. Com o surgimento do próprio cinema essa ilusão foi aperfeiçoada, agora é fácil de fazer no computador: aquilo não é apenas a super detalhada superfície de um rosto em transformação, mais que isso é um espírito cruzando as alegrias e agruras da existência humana, uma alma em ebulição. Em outro dizer, imagens que mostram muito mais do que apenas o que você está vendo.

Do outro holandês, Joris Ivens, o documentarista transbordante que retratou, ou captou, o século XX em 35 filmes, revi Une Histoire de Vent (Uma História do Vento). É o último filme de Ivens, realizado quando tinha 90 anos de idade, em 1988, na China. Ele sempre quis filmar o vento, não apenas na sua materialidade (espalhando sementes e furacões, por exemplo) mas principalmente na sua relação poética com o tempo. Em 1965 ele havia filmado Pour le Mistral, sobre o vento seco e frio que sopra no Mediterrâneo durante o outono. Em 1988 ele escolheu os ventos, no plural, como tema de sua última obra e como impulso para contar sua própria história.

:: LEIA MAIS »

DE “UMA CONQUISTA CASSADA” A “ANDANÇAS”

Vem aí a obra “Andanças” do jornalista e escritor Jeremias Macário que há pouco tempo lançou “Uma Conquista Cassada” – Cerco e Fuzil na Cidade do Frio” que ainda pode ser encontrada nas principais livrarias e bancas de revistas de Vitória da Conquista.

De um trabalho que exigiu muita pesquisa sobre a ditadura militar em Conquista, na Bahia e no Brasil, dessa vez o autor resolveu partir para uma fase mais libertária e imaginativa, misturando ficção com a realidade. A previsão é que até o final deste ano, ou no início do outro, o livro já esteja à disposição do leitor.

O autor fala de  “Andanças”

Diferente dos dois últimos lançamentos “A Imprensa e o Coronelismo” e “Uma Conquista Cassada”, a obra “Andanças” é uma mistura de ficção com a realidade da vida em prosa, crônicas, contos e versos, numa retomada do livro “Terra Rasgada”. Pode ser lido do início, do meio ou a partir do fim.

Como já é uma sina em toda linguagem artística haver vestígios de DNA do autor, não sendo necessário ser bom detetive nem usar lupa para perceber isso em suas digitais, “Andanças” também tem uma pegada autobiográfica, além de um recheio de pesquisas em diversos temas abordados, como “1964, o Ano que nos Separou”, “As Tiradas Tiranas da Ditadura” e “Nas Brenhas do Mundo”.

Por abrigar uma variedade de assuntos, fatos reais e causos independentes, o livro, que considero dois em um (um brinde ao leitor), pode ser degustado de trás para frente, de qualquer ponto, reta ou curva sem essa de sequência linear.  Pode começar por “Andanças” ou “Na Estrada”, tanto faz. Vai depender do interesse e da viagem de cada um pela atração, ou identificação com o título da história e das estórias.

:: LEIA MAIS »

PONTO DE VISTA

CADÊ O CENTRO DE CULTURA?

Fora o São João do Periperi, o Natal da Cidade e alguns shows da música brasileira em barzinhos nos finais de semana, não temos outras atividades culturais que contemplem as diversas linguagens artísticas, como a literatura, artes plásticas, dança e teatro. A opção em final de semana em Vitória da Conquista, terra de Glauber Rocha e Elomar, é ir a um bar com os amigos jogar conversa fora. Estamos tão órfãos da cultura que a reforma do Centro de Cultura Camilo de Jesus Lima está empacada há dois anos.

Ainda dizem que Conquista é uma cidade cultural! Pode até ser, mas com uma demanda ociosa imensurável. O que ainda nos restam, depois que acabaram com a micareta, são alguns eventos de cultura de massa como o Festival de Inverno, da TV Bahia/Sudoeste, e umas festas fechadas de axé music, sertanejo, arrocha e pagode.

Triste Conquista, como mais de 300 mil habitantes, sem Centro de Cultura, sem uma bienal do livro, de artes plásticas e um festival de artes cênicas! Bem verdade que temos o Espaço Cultural Glauber Rocha, da Prefeitura Municipal, mas ainda subutilizado. Com uma universidade estadual, uma federal e umas dez faculdades particulares, potencial existe, mas pouca coisa é feita.

A impressão que se tem é que existem no estado duas culturas, a de Salvador e a do interior. Esta última é a prima pobre da primeira. A maioria dos prefeitos trata a cultura como evento e não como política cultural como deveria ser.

COMO PREVINIR?

Sempre ouvimos pela mídia recomendações médicas e do próprio governo para que as pessoas façam exames rotineiros de saúde como forma de se prevenir de doenças coronárias, hipertensão e câncer, principalmente. Só falta dizer que com a precariedade nos serviços de atendimento à saúde em nosso país, tudo isso não passa de propaganda enganosa, ou falatório demagógico. Sabemos muito bem o quão difícil é marcar um exame, sem falar no tempo de espera para ser atendido e, às vezes, o SUS não realiza o procedimento. Na maioria dos lugares, esse tempo chega a durar cinco a seis meses. Agora mesmo o médico me pediu um exame de sangue que o SUS não faz. Como é dito, até parece fácil demais. Aqui é uma beleza: Todo mundo tem grana à vontade, plano de saúde e médico à sua disposição. Por que a nossa mídia não questiona? Como é tudo precário, estressado e revoltante, muita gente só procura um médico quando está na pior, ou nas últimas como se diz por aí.

:: LEIA MAIS »

MAQUIAGEM OU SACANAGEM?

A “reforma política” proposta pelo reacionário Congresso Nacional, comandado por Eduardo Cunha, não passa de mais um deboche com o povo brasileiro. É abusar demais da nossa paciência. Essa espuma tóxica que eles estão nos metendo goela abaixo é uma maquiagem, ou uma tremenda sacanagem? São as duas coisas juntas. É veneno puro!

Essa reforma, cujo relator Rodrigo Maia, do DEM, representa um partido da elite direitista conservadora, pode ser comparada a uma cirurgia plástica feita por um charlatão com silicone falsificado da China ou do Paraguai. Logo mais esse produto vai estourar e infeccionar o organismo, levando o paciente para a UTI da morte. Aliás, esse corpo já está ferido e doente.

Como palestinos na Faixa de Gaza, o povo brasileiro está encurralado diante de um executivo enfraquecido e um Congresso retrógrado que agora está dando uma de bonzinho ao aprovar projetos populistas como lobo em pele de cordeiro. Para disfarçar, de um lado faz um “agrado social” relaxando o ajuste, e do outro vai empurrando o país para o retrocesso.

O Eduardo Cunha e mais 13 deputados gastaram quase 400 mil reais em passeios por Israel e Rússia. No vácuo da rejeição estrondosa do governo e nas mazelas do seu partido, especialmente da corrupção da Petrobras (Operação Lava Jato), o Congresso vai emplacando projetos na base do grito num esquema que cheira com o nazi-fascismo.

A mídia não faz uma reflexão mais apurada do que vem acontecendo em surdina, tudo de caso pensado. Pelo texto da maquiada reforma, a empresa que tem um contrato de execução de obra com o governo de um estado não pode “doar”, ou melhor, emprestar ao governo daquele estado, mas é permitido fazer a safadeza aos candidatos nos municípios do estado, de outros estados e do governo federal.

:: LEIA MAIS »

POVO, PODER, POESIA

Blog Refletor   TAL-Televisión América

  Itamar Aguiar  indica Orlando Senna

A liberdade é um dos fundamentos essenciais da convivência humana e, em consequência, da organização política dessa convivência, do modus operandi de uma civilização, de uma sociedade capaz de sobreviver à sua própria ação predatória. O filósofo suíço Rousseau, inspirador da Revolução Francesa, escreveu que o ser humano é bom por natureza mas sofre a influência corruptora da sociedade. Pois, o modus operandi de uma boa sociedade é a democracia, disseram os gregos: demos kratos, poder do povo, governo do povo. A ideia e as tentativas de implantá-la começaram aí, na Grécia, 500 anos antes de Cristo. Já lá se vão 26 séculos.

Conceito e prática de democracia estão, também em consequência, diretamente relacionados com a crise ética-política-econômica-ambiental que o mundo está vivendo. Por ironia dos deuses do Olímpio, neste momento a crise se exemplifica, se sintetiza, se metaforiza na Grécia. A propósito, Platão foi desdenhoso em A República: “a democracia se estabelece quando os pobres, tendo vencido seus inimigos, os massacram e banem e partilham igualmente com os restantes o governo”. Lincoln foi objetivo: “voto é mais forte que bala”. Churchill foi irônico: “a democracia é a pior forma de governo, com exceção de todas as demais formas que têm sido experimentadas”. E George Orwell, o inventor do verdadeiro Big Brother em 1948, deu o diagnóstico em Revolução dos Bichos: “todos somos iguais, mas alguns são mais iguais que outros”.

Durante os dois milênios e meio em que está sendo pondo em prática, ou tentando ser posta, a democracia raramente se aproximou de suas matrizes de igualdade social e autossustentabilidade coletiva e muitas vezes desandou em todas as direções. Dizem os teóricos que as disfunções democráticas acontecem devido à opção pela democracia representativa, pela delegação que o povo concede aos políticos para representá-lo, ser a sua voz. E dá no que dá. O caminho de construção de um poder pleno do povo seria a democracia participativa, a democracia direta dos cidadãos decidindo nas praças o que e como deve ser feito. É claro que, na atualidade de superpopulação e redes sociais digitais, o conceito de democracia participativa tem de ser redesenhado mas, em sua forma original, é recorrente na filosofia política, inclusive no citado Rousseau, que a defendeu e atacou o liberalismo.

:: LEIA MAIS »

AS REDES SOCIAIS E OS IMBECIS

“Num mundo com sete bilhões de pessoas, você não concorda que há muitos imbecis? Na internet, o imbecil pode opinar sobre tudo o que não entende”. A frase é do filósofo, crítico literário e romancista, Umberto Eco, autor de “O Nome da Rosa” e do recém-lançado “Número Zero”, que recentemente concedeu uma entrevista à revista Veja.

O italiano de 83 anos que faz um retrato crítico do jornalismo em “Número Zero” diz que as pessoas fizeram estardalhaço por ele ter afirmado que multidões de imbecis têm agora como divulgar suas opiniões. Deixou claro que não teve a intenção de ofender o caráter de ninguém, mas acrescentou que com a internet e as redes sociais, o imbecil passa a opinar a respeito de temas que não conhece.

Ao recomendar a filtragem, Eco opinou que as escolas devem ensinar aos seus alunos como usar a internet, mas “nem os professores estão preparados para isso”. Nesse sentido, defendeu que os jornais, ou a mídia de papel, como sempre me refiro, no lugar de se tornarem vítimas da internet, repetindo o que circula nas redes, devem abrir seus espaços para análise das informações.

Sem o exercício frequente da leitura através dos livros e veículos impressos de comunicação, os jovens de hoje não estão preparados para distinguir as informações entre o que é confiável, infundado ou tendencioso. Vulneráveis, terminam ficando expostos aos imbecis que preferem descarregar suas raivas e frustações pessoais contra os outros como vem ocorrendo nas redes sociais.

Diante da enxurrada de besteiras e leviandades no Facebook, no Whatsapp, no Twintter e outras redes, os jornais impressos, de acordo com pesquisas efetuadas, continuam sendo os veículos que ainda têm maior credibilidade entre a população (58%), seguido da televisão com 54% e o rádio com 52%.

Para a busca de informações, a internet é o menos confiável, apesar de o brasileiro passar mais de cinco horas à frente de um computador. Entre os internautas, mais de 90% ficam conectados por meio das redes sociais, sendo bombardeados por montes de asneiras, já que cada um escreve o que bem quer, sem refletir o que diz.

Quando surgiu o rádio, no final da década de 30, disseram que era a sentença de morte da mídia de papel. Vinte anos depois veio a televisão e aí “profetizaram” o fim do rádio e do jornal. Com a internet no início do século XXI ainda prognosticam que o impresso está com seus dias contados. Nunca acreditei nesses pseudos sábios profetas de palavras rebuscadas cheias de metáforas e parábolas.

:: LEIA MAIS »

PONTO DE VISTA

ONDA CONSERVADORISTA

O politicamente correto e o patrulhamento ideológico das esquerdas provocaram uma onda assustadora de conservadorismo no país, como se fosse um tsunami depois de um maremoto em larga escala. Essa onda retrógrada de ódio político e intolerância religiosa tem um destino certo, à primeira vista o poder, mas a nação corre perigo porque a massa inculta é manipulável e não sabemos onde isso vai parar. A história se repete.

Na Câmara dos Deputados, o presidente Eduardo Cunha e seus seguidores, especialmente das bancadas evangélicas, da bala e da elite empresarial ditam projetos que empurram o país ao retrocesso e à escravidão do trabalho imposto pelo capital através da redução da maioridade penal e da terceirização das atividades laborais que nada mais é que a capitulação das leis trabalhistas.

COTAS PATERNAIS

Disfarçadas de progressistas e de justiça social, as políticas públicas populistas inverteram os valores de meritocracia e mediocracia. Primeiro criaram as cotas pela cor da pele com o discurso fajuto de reparação, e esqueceram a situação social. Ao invés de valorizar, rebaixa, humilha e divide a nação. A partir dai, pipocaram as cotas paternais em diversos setores e categorias. Como se não bastasse a exigência eleitoral para que 30% dos candidatos aos legislativos de cada partido sejam preenchidos por mulheres, agora as deputadas querem aprovar a PEC 57 que estabelece cota  de até 15% para mulheres nas cadeiras da Câmara, Senado, nas assembleias e nos legislativos municipais.

É o mesmo que classificar a mulher como frágil e incapaz para galgar suas próprias conquistas, quando sabemos do avanço feminino em todos os segmentos da sociedade. O mesmo acontece com as cotas raciais e outras fincadas nas repartições públicas que, no lugar de levar à igualdade social, são ilusórias com a realidade. Uma nação de desenvolve através de uma educação de qualidade para todos e não pontuando políticas segregacionistas.

CADA UM POR SI…

Este é o país do cada um por si e o coletivo que exploda, ou vá pro inferno. Tudo começa pelo Congresso Nacional que é criticado pelas mordomias e privilégios com verbas de gabinete e indenizatórias a perder de vista, sem contar os polpudos salários. Só que o individualismo fala maior e cada um puxa pelo seu interesse. Os servidores do judiciário fizeram um movimento estrondoso e pressionaram o Senado a votar um reajuste salarial acima de 60%, sabendo que a presidente está engessada com uma reprovação recorde na história. Nem na miséria o povo brasileiro é solidário. No nosso cotidiano regional, basta observar o caótico trânsito de Vitória da Conquista onde cada um faz o que quer e os outros que se lasquem.

QUE CONFUSÃO!

Nos Estados Unidos, a presidente Dilma fez uma tremenda confusão entre preso político da ditadura militar com preso de ladrões pela Operação Lava Jato. Ela falou de delação sob tortura como se o Brasil hoje estivesse em pleno regime dos generais do AI-5 dos tempos de Costa e Silva, Médici, Geisel e João Figueiredo. Uma coisa é ser preso político por se posicionar contra uma ditadura e outra é ser preso por ladroagem. Ainda disse que os ministros denunciados não sabem do que foram acusados. Dá pena! Devagar, Dilma que o andor é de barro.

:: LEIA MAIS »

A DELAÇÃO E O CORREDOR POLONÊS

Você vai escrever um assunto e ai aparece outro que o supera. Nesta era de tantas informações cruzando nossos céus, o jornalismo está sempre desatualizado. Dos Estados Unidos, a presidente Dilma fala da delação premiada como se o Brasil estivesse em plena ditadura militar. Lembrando o seu tempo, ela diz “estive presa na ditadura e sei o que é. A ditadura fazia isso com as pessoas presas…”

Primeiro, o instrumento da delação premiada para facilitar a denúncia dos corruptos foi sancionada por ela. Segundo, a impressão que se tem é que os presos da Operação Lava Jato estão sendo barbaramente torturados e alguns resolveram delatar porque não suportaram os choques elétricos e os paus-de-arara.

Ora, ela declarou que sabe como é isso, pois foi forçada a ser delatora, mas não fez para proteger seus presos de outras torturas. Se tortura física está ocorrendo dentro da Polícia Federal é caso gravíssimo de denúncia junto aos órgãos nacionais e internacionais dos direitos humanos.

Dona Dilma confundiu, talvez intencional, presos políticos do regime ditatorial que defendiam a liberdade com presos acusados de formação de cartéis para subtrair dinheiro do Estado. Mistura alhos com bugalhos. Ideologia política de libertação com ladroagem.

Além do mais, pelo que sabemos do esquema vigente de delação, o delator que mentir perde direito na redução da pena. Então, por qual motivo ele mentiria? Sei que estamos longe de uma democracia ideal, mas não sabia que estava vivendo em plena ditadura dos generais. Para desviar o foco, ela comparou o delator a Joaquim Silvério dos Reis que traiu os inconfidentes mineiros que lutaram pela emancipação do Brasil. É até uma heresia.

A presidente acha também que tudo não passa de uma trama política para estraçalhar com o PT e o seu governo. Existem até os que agem assim, mas não se pode dizer que a Operação Lava Jato é uma mentira, como afirmou Lula com relação ao mensalão.

Acredito que as “doações” coercitivas para as campanhas políticas foram depois legalizadas e oficializadas no Tribunal Eleitoral. A questão está nos métodos de pressão como elas foram obtidas. Aí fica difícil provar a estratégia. Ademais, a sujeira é generalizada entre todos os partidos.

CORREDOR POLONÊS

Mudando de pau pra cassete, o assalariado brasileiro, endividado e obrigado a reduzir o gasto com sua feira no supermercado, está levando pauladas no corredor polonês dos índices negativos da economia. Está se virando num malabarista e contorcionista de circo.

:: LEIA MAIS »

WILLIAM DESMENTE DUNGA

Carlos González

“Não perdemos para a virose, perdemos para o Paraguai”,declarou o meia Willian, contrariando as palavras de Dunga, que, na entrevista coletiva à imprensa, arrumou mais uma desculpa para a desclassificação do Brasil na Copa América. O vírus do técnico atende pelo nome de Derlis González, autor de dois gols do Paraguai. O mal-estar que acometeu 15 jogadores e alguns membros da Comissão Técnica foi atribuído pelo médico da CBF, Rodrigo Lasmar, ao alto índice de poluição do ar em Santiago, capital do Chile.

Dunga deve estar hoje preocupado com as Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia. Pela primeira vez em 88 anos o Brasil pode ficar ausente da competição. O sorteio está marcado para o próximo dia 25, na Suíça, e os dois primeiros jogos, sem a presença de Neymar, cumprindo suspensão, estão marcados para outubro. Até lá o treinador terá muitas dores de cabeça provocadas por estranhos vírus.

Hispano-brasileiro, acompanho com bastante interesse o esporte espanhol e nos países da América Latina. Confesso que nunca morri de amores por um time administrado por uma entidade transgressora desde os idos de 80, e apoiado pela Globo e suas afiliadas, cujas transmissões lembram a época do “pra frente Brasil” ou “a seleção é a pátria de chuteiras”. Passei a torcer contra quando vi que o time nacional passou a servir aos interesses dos políticos em épocas de eleições, e, mais ainda, quando na Copa de 2004, nos Estados Unidos, a Argentina foi praticamente afastada da competição, com a suspensão de Maradona, acusado de usar cocaína. Os mandatários do futebol acharam que estava na hora de o Brasil, capitaneado pelo “quebra-canela” Dunga, conquistar um Mundial, após 24 anos.

:: LEIA MAIS »





WebtivaHOSTING // webtiva.com . Webdesign da Bahia