Nas cidades médias e grandes, as pessoas pouco observam as belezas da natureza. Mesmo saindo de casa ao amanhecer, praticamente ninguém admira o raiar do sol, a aurora, nem tampouco o entardecer do pôr-do-sol quando retorna para seu lar. Muito diferente do homem do campo que ainda eleva seu espírito para a criação e seus mistérios. Na beleza também, como na imagem dos pinheiros ao lado do Centro de Convenções Edivaldo Franco, na Avenida Rosa Cruz, como se fossem torres de catedrais, no alto também está o perigo da fiação entre os postes de energia. É preciso parar e olhar para o invisível visível. Como a imponência dos pinheiros que juntos parecem orar e bendizer, do outro lado, num quintal, está uma velha árvore, cuja copa pendeu-se toda para o passeio da rua. Quem passa sente rapidamente penetrar num túnel de galhos e folhas, mas lá também está o perigo dela tombar em alguém por falta de uma poda por parte da Secretaria do Meio Ambiente da Prefeitura Municipal. O que faz uma cidade bonita não é a engenharia arquitetônica dos seus prédios e de seus casarões, mas a cobertura florestal. Vitória da Conquista, por exemplo, ainda deixa a desejar em termos de arborização, apesar do seu clima ameno. Precisamos de mais beleza como estas clicadas pelas nossas lentes, mas sem o perigo para seus moradores.