Como já dizia o juiz de futebol, Arnaldo César Coelho, as regras são claras e isso serve também para a legislação eleitoral quando a prefeita Sheila Lemos se candidatou à reeleição porque a mãe dela já havia assumido a prefeitura e logo depois entrou a filha após a morte de Hérzem Gusmão.

O mais irônico disso tudo é que a prefeita, que enterrou a nossa cultura e não teve a decência de fazer o rito funerário, sabia desse impeditivo e se candidatou com o propósito de depois culpar a oposição de judicialização da política, de querer ganhar no “tapetão”.

Um time de futebol não pode disputar uma partida com um jogador irregular em sua equipe, sob pena de perder os pontos, mesmo saindo vitorioso. Na verdade, ela agiu ardilosamente porque sabe muito bem que o nosso povo, em sua grande maioria, não entende de leis e vai achar que a prefeita está com razão.

Infelizmente, não temos um país letrado e, Vitória da Conquista, não seria uma exceção. De vilã, ela se faz de vítima e consegue mais adesão dos seus eleitores e até daqueles que que não tinham intenção de votar nela. Esse é o chamado jogo sujo. Seus correligionários sabem disso, mas também fazem de conta que não sabem.

Por essas e outras é que cabe a oposição tornar esse fato mais claro para o povo conquistense, de que as regras são bem claras e a legislação eleitoral está aí para ser cumprida. Não se trata, de forma alguma, querer ganhar a eleição na base do “tapetão” como a própria Sheila já vem anunciando para confundir a cabeça da população, que não tem o devido esclarecimento jurisdicional.

O nosso companheiro jornalista e advogado Paulo Nunes já vinha há tempo alertando para esse problema, mas poucos o escutaram. Se está dentro da lei que a prefeita não poderia se candidatar à reeleição, então que se cumpra as normas estabelecida, só que neste país os inescrupulosos procuram passar por cima e burlar a legislação.

Por falar nesta questão da quebra da regra do jogo, muitos candidatos a vereadores antiéticos e que confiam mais no dinheiro do que na justiça, lamentavelmente morosa, estão cometendo irregularidades, como o uso de carros de som, que é proibido pela legislação eleitoral.

Para estes, o que importa é ser eleito de qualquer forma e depois empurrar o processo pela frente até o final de seus mandatos. A prefeita está nessa mesma linha. Venho aqui falando do uso indevido da máquina, como de candidatos à reeleição que utilizam seu pessoal de gabinete para trabalhar na campanha. Apesar das leis estabelecida, é uma corrida desigual, desleal e injusta.