Agora, ficou bem escancarada a discriminação e a seleção étnica racial entre os próprios refugiados ucranianos e por parte das nações vizinhas. A entrada em outros países é por raça e cor, ficando os negros como últimos da fila. Está bem clara a prática nazifascista da Alemanha de Hitler durante a II Guerra Mundial. Uma vergonha!

Conforme citei, os refugiados árabes da Síria, do Iraque, do Afeganistão e africanos foram rejeitados e banidos pelos mesmos europeus que hoje recebem os ucranianos com plaquinhas de doações e abrigos decentes. Os outros foram simplesmente enxotados, encurralados e tratados como escória e lixo.

Outra marca dessa guerra é a carga de mentiras de ambos os lados, mas, principalmente, pelo mundo ocidental, que sempre baixou a cabeça para as invasões dos Estados Unidos na América Latina, na Ásia e outros continentes, inclusive apoiando ditaduras que são de seus interesses econômicos e políticos.

Sobre este assunto, meu amigo e companheiro jornalista, Carlos Gonzalez, fez a seguinte observação:

Seu comentário de hoje (ontem, dia 20/02) está recheado de verdades. Acrescentaria somente o seguinte: as pedras dos palestinos, expulsos de seus territórios, pelas balas dos israelenses, presenteadas pelos EUA; os mísseis de Israel lançados contra escolas e hospitais da Palestina e do Líbano; soldados americanos armados, em vez de médicos e enfermeiros, que invadiram o Haiti após um dos maiores terremotos da História; a manutenção de uma prisão em Cuba, destinada a receber e torturar supostos terroristas; e, por fim, as bombas atômicas, que o mundo não esqueceu, lançadas contra Hiroshima e Nagasaki, cidades japonesas habitadas unicamente por civis.

É isso mesmo, Gonzalez, todos nós somos contra a qualquer tipo de guerra que só causa sofrimento e dor, e não compactuamos com intervenções em outros territórios. Defendemos a soberania de qualquer povo, mas volto a afirmar que os Estados Unidos não têm e nunca tiveram moral de condenar seus opositores, e foi bom você colocar a questão da Palestina, contra a qual os israelenses não cedem as terras ocupadas e praticam ali um verdadeiro massacre humano, com o consentimento dos ianques e seus aliados europeus.