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:: 11/jun/2024 . 23:05

“PERGUNTE AO CAVALO”

Como todos bem sabem, o cavalo é um dos animais mais antigos da humanidade e em algumas comunidades era considerado como um deus rei pela sua força e velocidade. Várias civilizações antigas tinham o cavalo como um ser mitológico, inclusive na cultura imaginária grega.

Os cavalos teriam sido originários da Ásia Central, mas existe outra versão de que tenham vindo da América Setentrional de onde emigraram para a Ásia e de lá para a Europa e África. Os árabes conseguiram apurar as raças mais velozes. Sempre foram utilizados nas guerras até meados do século passado (Segunda Guerra Mundial), quando foi substituído por armas mais sofisticadas, mortíferas e letais.

Graças aos cavalos, os romanos criaram seu vasto império. Cada rei e guerreiro tinha o seu predileto, como o de Napoleão, César Augusto, Alexandre, o Grande, Átila e outros. Até diziam que por onde o cavalo de Átila passava não nascia grama. Os índios idolatravam os cavalos, usados na caça e nas guerras.

Os incas quando viram os espanhóis em seus cavalos, sob o comando de Francisco Pizarro, chegando como trovões, os chamaram de deuses e assustados se rederam aos conquistadores. Na emboscada, o chefe Atahalpa foi feito prisioneiro, isso por volta de 1532.

Bem, fora sua história que é bastante rica, sobre o cavalo existe uma fábula budista. Contam que um buda saiu em disparada em seu cavalo e por pouco não esmagou o outro monge que conseguiu se salvar porque foi rápido e pulou fora do seu alcance.

Sem entender o que estava havendo diante daquela atitude agressiva e furiosa, o buda olhou assustado e gritou para seu colega: – Para onde vais tão apressado?

O outro virou rapidamente, e em alto e bom som respondeu: – Pergunte ao cavalo.

Estamos numa sociedade invertida em seus valores onde vivemos em disparada passando por cima dos outros, muitas vezes sem saber para onde vamos. É aí que está na hora de cada um procurar domar o seu cavalo que está dentro de si, senão você pode ferir o outro ou se arrebentar lá na frente. Livre-se do cavalo que está dentro de você.

Como dizia Nietzsche, “É preciso conter o coração, porque, se o deixarmos livre, depressa perdemos a cabeça”. O cavalo é um animal dócil quando bem cuidado. O pior é o cavalo que está dentro de cada. É desse que é preciso libertar-se.

Seu cavalo não deve sair por aí desbaratado atropelando quem quer que seja, como se estivesse numa guerra contra o inimigo. Infelizmente, é isso o que vem acontecendo nos dias atuais, nas competições, na indiferença, no ódio, na intolerância, na violência e na maneira de agir sem antes pensar no que está fazendo.

Cuidado para não passar seu cavalo por cima do outro com ofensas pessoais, mentiras, calúnias e difamações. As eleições estão chegando e é uma época propícia para cada um usar o seu cavalo que tem dentro de si para pisotear seu adversário com sua pata das fake news, da desonestidade e da corrupção através da compra do eleitor.  Quando o sujeito é bruto, costuma-se chamá-lo de cavalo.

Treine seu cavalo para andar galante em seu galope e na sua picada cadenciados onde seja admirado por onde passar. O cavalo do russo Putin e o do judeu Benjamim Netanyahu, o “Bibi” tem o instinto do extermínio e da matança. E o seu cavalo agressivo contra o meio ambiente?

Para onde vais com tanta correria? Pergunte ao cavalo. Como dizia Nietsche em “Assim Falava Zaratustra”, não deixe seu voo (ou seu cavalo) se extraviar da terra. Todo poder a ela. Nesse mundo tão desumano, cada um deve se reconciliar consigo mesmo e aprender a controlar o seu cavalo. Não deixe que ele siga em disparada. Mantenha as rédeas firmes.





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