É tanta falta de sensibilidade para com a cultura (a alma da vida) neste país, que o “Teatro Carlos Jheovah”, em Vitória da Conquista, na Praça da Bandeira, construído em 1982, está em péssimas condições físicas, ao ponto do seu uso não ser recomendado, pois corre risco de desabamento. Por fora ainda corre boatos, por conta de especulações do setor imobiliário, de que o equipamento pode ser demolido pela Prefeitura Municipal. Seria mais um ato insano e a morte de uma alma cultural que alimenta saber, conhecimento e entretenimentos. Ao seu lado, o mercado de artesanato também se encontra em grave situação, e muitos artistas denunciam ações de despejos por parte de prepostos do poder público. Para salvar esses sagrados locais, um grupo de jovens está se mobilizando, inclusive junto à sociedade, entidades, Câmara de Vereadores e outras instituições, no sentido de que o executivo agilize, com urgência, a reforma do teatro e do mercado. É triste ver mais uma vez um espaço cultural pedir socorro para não desaparecer. A cultura deveria ser a nossa joia mais preciosa, quando, na verdade, não passa de um pato manco nos gabinetes dos governantes. Todos os dias ela está sendo ultrajada, como se fosse uma criminosa de alto risco para o nosso povo.