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MUDOU PARA PIOR

Os festejos juninos, na grande maioria dos municípios, não deixam mais saudades como antigamente com suas danças, músicas tradicionais, comidas e bebidas típicas, sem contar os hábitos da terra nordestina. Mudar faz parte da natureza humana, mas o São João mudou para pior.

Arrastados pela vala imunda do axé, do pagode, do samba, do funk, da lambada e do sertanejo, com letras e sons de péssima qualidade cultural, os governantes são os maiores culpados, achando que o povo gosta mesmo é da merda do forró de plástico. Se você só dá porcaria e não se tem outra opção, a população se acostuma em comer porcaria.

Um exemplo claro dessa safadeza de prefeitos sem o mínimo de compromisso com a preservação da nossa cultura popular aconteceu em Ibicuí, na Bahia, onde Ivete Sangalo, Safadão, Anita, Leo Santana e outras bandas que colocam mulheres malhadas no palco para exibirem suas bundas e pernas musculosas, abocanharam cerca de 2 milhões de reais dos cofres públicos.

Em Caruaru, advogados tentaram entrar com uma ação para derrubar a contratação do cantor brega “Safadão” por 575 mil reais, mas não deu em nada porque o prefeito derrubou a liminar na Justiça.  Diante de toda esta bandalheira ainda aparecem os “otimistas” de plantão falando de esperança e condenando os que se sentem com vergonha de ser brasileiro.

Em Salvador se apresentaram Paula Fernandes e “Simone e Simaria” contratadas pelo Governo do Estado (nosso dinheiro) para agradar eleitores que se contentam com o circo de péssimo gosto. No farol da Barra, se não me engano, Ivete Sangalo, com seus pulos de “tira o pé do chão” prestou homenagem a Lampião e Maria Bonita. A que ponto chegamos com tanto desdém com aqueles que foram verdadeiros heróis e ícones culturais nacionalistas!

O irônico é que essas bandas misturadas (“Quem com porcos se mistura, farelos come”), que nada têm a ver com o ritmo pé de serra forrozeiro ganham bem mais (contratos superfaturados) que os grupos, todos reunidos, que tocam o autêntico São João e dão um duro danado para sustentar suas famílias com sua arte.

O mais triste nisto tudo é que não existe transparência nos gastos, e a corja rouba mesmo. A Justiça não toma providências para prender os ladrões. O mais hilário é ver prefeito passar o mandato todo dizendo que não tem dinheiro para investir no que ainda restam na educação e na saúde. É outro deboche e um tapa em nossas caras! Será que não vamos nos cansar de tanto apanhar desse bando de quadrilheiros do crime?

O mais revoltante é que muda o nosso São João para pior, e os safados continuam sendo eleitos como vai acontecer nas próximas eleições de outubro. O quadro vai ser o mesmo de brigas e mortes entre amigos, irmãos, pais, filhos e parentes em defesa de seus candidatos.

SÃO JOÃO E LIVRO 001

Quero aqui registrar o bom exemplo da Prefeitura de Vitória da Conquista que nos últimos anos tudo tem feito para mostrar o espetáculo do São João cultural “Pé de Serra do Periperi”, patrimônio nordestino, com artistas comprometidos com o forró autêntico, tantos os de fora como os locais.

Como neste ano não teve verbas para realizar grandes contratações nacionais, o executivo colocou no palco artistas regionais que deram conta do recado e a população chegou junto e prestigiou.  O povo pode até comer porcaria se você não oferecer a coisa boa para ouvir e alimentar a alma com música de verdade.

PELAS SOMBRAS DO PASSADO

Os conservadores de extrema-direita, como Hitler, Mussolini e outros governos tiranos do passado, inclusive na América Latina, sempre se abasteceram das crises e decadências de suas nações para se apoderarem do poder. Hitler se apropriou nos anos 30 do século XX de uma Alemanha destroçada para disseminar suas ideias nacionalistas de soerguimento da pátria.

No mundo de hoje estamos vendo estas sombras do passado nos rondar com pregações de xenofobia, ódio e intolerância contra minorias, refugiados da fome, das guerras e perseguições políticas. O que vemos atualmente é o Ocidente se fechando em suas muralhas para outros povos que lá na frente foram objetos de suas explorações e matanças.

As elites burguesas do mundo capitalista nunca aceitaram repartir suas riquezas e aí, aliados a outros descontentes do caos social, passaram a acreditar juntos nestes malucos como única opção. A maior decepção advém justamente do fracasso de políticos ideologicamente “socialistas” que prometeram melhoria de vida.

A saída da Inglaterra do Mercado Comum Europeu, ( O Brexit) principalmente por causa dos custos com os imigrantes da África, da Ásia, do Oriente e do seu próprio continente onde está situado, é apenas um exemplo mais recente dessa hecatombe que se desenha através de ideias de “líderes nacionalistas”, não muito diferentes do nazismo e do fascismo.

O candidato a presidente dos Estados Unidos, Donald Trump e o ex-prefeito de Londres defensor da saída do seu país do MCE, Boris Johnson, são semelhantes até na aparência física como os “diabos loiros”. A bola da vez agora são os mulçumanos e, tanto um como o outro, odeiam todos aqueles que não são ingleses e norte-americanos.

Foto reprodução A Tarde

JIBOEIRICES E A ONÇA 013

Desta vez não são os russos que estão chegando, mas os extremistas que já demonstram suas forças e garras em países ocidentais como Áustria, França, Hungria e outras nações europeias. Ironia da história, mas não se esqueçam dos judeus de Israel que há anos encurrala com seus muros os árabes e os palestinos. E assim, o planeta terra vai sendo loteado por muralhas de pedras e arames farpados.

Na maior crise humanitária desde a II Guerra Mundial (1938/45), mais de 65 milhões de pessoas perseguidas se deslocaram de seus países no ano passado, um aumento de 10% em relação a 2014. As muralhas humanas que marcham em terras estranhas e perigosas, clima e tempos adversos, partem de várias partes e têm pressa nos seus passos em suas longas caminhadas.

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VIKINGS “ATERRORIZAM” NA EUROCOPA

Albán González – jornalista

Um time formado por apenas seis jogadores profissionais e dirigido tecnicamente por um dentista (Heimir Hallgrimsson) passou a ocupar, com amplo destaque, o noticiário esportivo em todo o mundo ao eliminar os ingleses da Eurocopa 2016, depois de já ter vencido a Áustria e empatado com Portugal e Hungria, além de ter impedido a classificação da Holanda durante as eliminatórias para o torneio que está sendo disputado na França.

Essa seleção, constituída de homens de origem nórdica, descendentes dos vikings, com nomes de difícil pronúncia, cujos sobrenomes terminam em“sson”, representa um pequeno país, a Islândia, plantado numa ilha vulcânica, com apenas 103 mil km² e uma população de 320 mil habitantes, localizado ao norte europeu, próximo ao Círculo Polar Ártico.

A façanha da Islândia, empurrando os orgulhosos súditos da rainha para a travessia do Canal da Mancha, de volta ao Reino Unido, levou muitos curiosos a procurar mais informações sobre a Islândia, também conhecida como Terra do Gelo. Terceiro colocado no índice de desenvolvimento divulgado este ano pela ONU, o país nunca se classificou para as etapas finais de torneios internacionais (Copa do Mundo e Eurocopa). Seu clima, com temperaturas que no verão (julho e agosto), quando não há praticamente noites, não passam dos 15º.

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ROTA DA INDEPENDÊNCIA EM CAETITÉ

Nesta quarta (29), a Rota da Independência chegará a Caetité e será a sétima cidade a receber o projeto da Fundação Pedro Calmon/Secretaria de Cultura do Estado, que ao longo do mês de junho vem visitando as cidades baianas que lutaram contra os portugueses pela Independência do Brasil no período de 1822 e 1823. A Fundação levará à cidade a sua Biblioteca Móvel, o Encontro Territorial de Arquivos e o Encontro do Plano Municipal do Livro, Leitura e Biblioteca.

Realizada pela Fundação Pedro Calmon há nove anos, a Rota visa reforçar na memória dos municípios que participaram das lutas pela Independência do Brasil na Bahia. A vila de Caetité participou indiretamente das lutas pela Independência da Bahia, apoiando o governo provisório instalado na Vila de Cachoeira. Na programação que a Fundação levará está a Aula Espetáculo “Histórias Estoriosas”, que será encenada na Praça das Árvores pela Cia de Teatro Finos Trapos, trazendo personagens da independência que contam a história do 2 de julho de forma lúdica e educativa. Terá também apresentações de dança e música, com o Conservatório de Música de Caetité. A Biblioteca Móvel estará estacionada na cidade durante todo dia.

O secretário de Cultura de Caetité, Tião Carvalho, destacou a importância da data para o município. “A comemoração da Independência da Bahia em Caetité é algo que faz parte do calendário festivo/cultural de praticamente todos os seus habitantes. Nossas crianças entoam o hino, nossos jovens se preparam para a festa e nossos idosos fazem questão de apreciar o desfile cívico. O projeto Rota da Independência, além de dar uma maior visibilidade a nossa comemoração, vai agregar um valor cultural ainda maior ao evento, fortalecendo nossas políticas identitárias e abrindo uma possibilidade de expansão de nossas ações”.

Contexto Histórico – Em 1981, a Câmara Municipal da Vila de Caetité foi a que, em primeiro lugar no Sertão, aderiu à causa da independência e a que mandou a primeira comissão apresentar seus votos de obediência e fidelidade a D. Pedro I. Encerradas as lutas contra as tropas portuguesas no Recôncavo, em Caetité aconteceu o episódio do Mata-Maroto, extermínio de portugueses que seguiram até 1823. O termo “maroto”tinha um duplo significado: tanto “marinheiro” como “tratante”, e era utilizado pejorativamente para denominar os portugueses. Confira abaixo a programação:

Programação dia 29 de junho

  • 9h Biblioteca Móvel na Praça das Árvores
  • 9h Encontro do Plano Municipal do Livro, Leitura e Biblioteca e Encontro Territorial de Arquivo na Casa Anísio Teixeira
  • 14h Cortejo da Cia de Teatro Finos Trapos pela cidade até a Praça das Árvores
  • 15h Aula Espetáculo “Histórias Estoriosas” (Cia. De Teatro Finos Trapos) na Praça das Árvores
  • 16h Apresentações musicais
  • 17h Encerramento

 

EXTREMA UNÇÃO

Do livro do médico Ernane Gusmão, intitulado “Jiboeirices –Aspectos  Sociológicos e Folclóricos do Sudoeste Baiano”.

Conta ele que entre os anos de 1955/58 Edvaldo Flores era então prefeito de Vitória da Conquista na época do padre Luiz Soares Palmeira, de espírito irrequieto, sempre da oposição.

Num certo dia amanhece estirado na Praça Sá Barreto, defronte do seu ginásio do mesmo nome, o cadáver de um jumento. Passaram horas e nada da prefeitura ordenar o reboque do defunto já em rigidez cadavérica e com os urubus em revoada ao seu redor.

O padre não se conteve e despachou um bilhete atrevido:

Senhor prefeito, comunico que o jegue moribundo da prefeitura está esticado em frente ao ginásio. Fineza providenciar imediata remoção, antes que os urubus o transformem em banquete municipal.

E o prefeito, com uma pitada de picardia respondeu:

Senhor padre, a remoção será feita, às expensas da prefeitura. Fineza providenciar a extrema unção.

TROPEÇO GRAMATICAL

Também do livro “Jiboeirices”: Jiboeiro tomou a palavra em concorrida sessão literária, realizada em Vitória da Conquista, e “tacou” um enorme e entusiasmado discurso sobre a plateia, atropelando o vernáculo de todo jeito. Ao recolher-se à sua condição de mero ouvinte, da qual nunca devera ter saído, foi duramente criticado pelos erros de concordância e outros atritos com a gramática.

Não se fez de rogado, pediu um aparte, voltou à tribuna e desafiou:

Qualquer “membro” ou “membra” dessa associação, que quiser tomar umas lições de português, é só procurar-me no endereço tal.

VEREADORES RURAIS

Vivaldo Mendes, pecuarista tradicional e patriarca ao seu modo, também teve suas andanças na política regional.

Íris Silveira, boêmio e dotado de grande inteligência, fiscal de rendas, poeta e prosador também se deixou picar pela mosca azul das lidas partidárias.

Pelos idos de 60 os dois se defrontaram na Câmara Municipal de Vitória da Conquista.

Íris, gozador, não perdeu a oportunidade de alfinetar quando Vivaldo, do alto da tribuna, com seu vozeirão verberava contra o prefeito que não cuidava das praças, das flores, das gramas dos jardins, deixando tudo à toa como se fossem mangueiros de fazendas.

Um aparte, tem muita razão o nosso vereador “Capim” porque “terra das flores” não merece esse descaso.

Obrigado, nobre colega… faz muito bem o vereador “Bezerro apoiar a minha moção, mesmo porque…

Antes que Vivaldo completasse a resposta, outro vereador adversário seu, intrigado com a troca de gentilezas, pediu um aparte;

Nobre colega, vereador “Capim”, dá para entender um edil mais preocupado com as gramas e jardins do que com os grandes problemas da cidade… mas…vereador “Bezerro”… lastimo a falta de sensibilidade.

Obrigado, colega, pela oportunidade da explicação. Como vocês todos sabem, o colega Íris, além de vereador é fiscal de rendas, passa a vida mamando no estado e… quem vive mamando… é Bezerro!

“O AMIGO DA ONÇA” E A VERDADE

Causou-me espanto a cena de uma onça acorrentada por soldados do exército ao lado da tocha olímpica que continua a desfilar pelo Brasil a fora torrando nosso dinheiro. O quadro remete a duas cenas, uma moderna e outra primitiva em que o homem bruto faz questão de mostrar sua superioridade sobre os animais.

Lembra também a Roma antiga dos circos onde os césares imperadores mandavam soltar tigres na arena do Coliseu para lutarem contra os gladiadores como meio de distração do povo. As lentes fotográficas e as câmaras das emissoras agradecem as belas imagens produzidas através do encantado cenário bucólico da floresta amazônica.

FOTO REPRODUÇÃO

JIBOEIRICES E A ONÇA 024

Tem o adágio popular do “amigo da onça” quando uma pessoa se refere a outrem dito “amigo” que lhe colocou em embaraços e o deixou em maus lençóis frente a uma situação difícil. É como um passe ruim que um jogador de futebol dá para seu companheiro de time.

Literalmente neste caso o exército foi o “amigo” que ferrou de morte a própria onça ao expor a fera a constrangimentos numa clara traição da sua confiança. Para o reino animal, a corporação militar se portou como “amigo do homem” que terminou por tirar a vida da onça depois do seu uso indevido.

Gostaria de saber o quê a onça estava fazendo ali ao lado daquela tocha cercada de gente falando baboseiras com os clichês de sempre sobre cidadania e pátria? Tenho certeza que o animal estava com a mesma indagação interior. “O quê estou mesmo fazendo aqui, gente? Não tenho nada a ver com a festa de vocês. Estou cansada e ainda acorrentada, sendo obrigada a aturar toda esta babaquice”!

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JIBOEIRICES – ASPECTOS SOCIOLÓGICOS E FOLCLÓRICOS DO SUDOESTE BAIANO

Com uma impressão de qualidade e bom para se ler pela sua linguagem simples e acessível, o livro “Jiboeirices-Aspectos Sociológicos e Folclóricos do Sudoeste Baiano”, do médico Ernane N.A. Gusmão, lançado recentemente em Vitória da Conquista, merece uma correção atualizada quanto ao Pico das Almas (Rio de Contas) com 1850 metros, citado como o ponto mais alto da Bahia.

Pelos novos estudos geográficos, a serra do Barbado, em Piatã, passou a ser o maior relevo do estado. Como sacis escondidos numa imensa floresta que sempre estão a nos enganar, assim são as palavras que escapam à revisão ortográfica numa obra literária e aparecem quando bem entendem, sempre depois de impressa para o leitor.

JIBOEIRICES E A ONÇA 001

No mais, Ernane, nascido em Pedra Azul (MG), mas filho de jiboeiros da gema, da Jiboia da Serra do Maçal (Mundo Novo), mesmo se arriscando em divulgar em seu trabalho números e dados estatísticos dos aspectos geográficos e demográficos que naturalmente com o tempo ficam desatualizados, situa muito bem o leitor dentro da região sudoeste onde Vitória da Conquista é o polo de desenvolvimento.

Poderia ter sido mais sucinto na sua contextualização sudoestina ao descrever sobre os jiboeiros e as jiboeirices, matérias-primas da sua obra, mas preferiu, com todo seu perfeccionismo, alargar os conhecimentos entrando em detalhes sobre a formação, origens e toda história de uma região, se bem que muitos costumes, hábitos e denominações não são apenas específicos do sudoeste.

O autor procurou penetrar com profundidade no Sertão da Ressaca para localizar a nação jiboeira com suas peculiaridades a partir de Vitória da Conquista, situada a 940 metros do nível do mar. Em “Aspectos Geográficos” ele cita cidades e microrregiões de altitudes diferentes, como Jequié com 216 metros, que fazem parte do sudoeste. Já no Planalto da Conquista, as altitudes variam de 700 a mil metros.

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MACHADO LENHADOR

Todos desmentem o machado lenhador que resolveu cortar a árvore frondosa da propina, deixando só no toco. O certo é que suas raízes sejam arrancadas até nas suas últimas profundidades e depois queimadas no mesmo lugar para que não haja mais renovo algum. Ah! Para que não restem dúvidas, toda área deve ser salgada.

Como vítimas inocentes, todos negam as delações do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado. Em quem você acredita? Nele ou nos crápulas que faziam parte do bando e se engordavam do caixa do Machado? Está aí o típico estupro coletivo político das propinas. Um cara era obrigado a “satisfazer e dar para todos”.

O presidente do Senado, Renan Calheiros, o que mais recebeu dinheiro, ainda veio com esta de que os presos delatores foram forçados a abrir a boca para não deixar suas famílias passarem fome. Pobres coitadinhos! Ele defende que o elemento só pode ser delator se estiver solto. Esqueceu que seu ex-subordinado, Sérgio Machado, está solto. É uma piada!

Sobre o delator eu tasco o seguinte epigrama:

Dizem que é tudo mentira

Desse machado lenhador

Cortou até macambira

E três ministros tirou.

PÉSSIMO EXEMPLO

Quando se defende tanto seriedade com as coisas públicas, o governador do Estado, Ruy Costa, dá um péssimo exemplo aos prefeitos nesta época de festejos juninos quando contratam bandas de arrocha, axé, sertanejo e outras porcarias a peso de ouro. O governo, através da Bahiatursa, está fazendo o mesmo ao contratar “Simone e Simaria” e a cantora sertaneja Paula Fernandes para fazerem shows em Salvador. Não sabia que elas são forrozeiras pé de serra. Melhor proceder como a Prefeitura de Vitória da Conquista que, sem recursos, decidiu contratar artistas regionais que tocam o forró autêntico.

MÃO “DIVINA”

Bendita seja a mão “divina” do jogador peruano que fez o gol contra a seleção brasileira, pois foi ela que destituiu Dunga da função de técnico do escrete. Não fosse isso, o Dunga teimoso e cabeça dura seria o coveiro mor da “pátria de chuteiras” como denominou o escritor Nelson Rodrigues. Atualmente está mais para pátria de chinelo. O que mais se vê nos campos aqui são pernadas, violências e lutas livres.

Quem está acompanhando a Copa da Europa, melhor que a última Copa Mundial, percebe muito bem a separação do que é mesmo futebol limpo e o que se pratica hoje no Brasil. Em minha opinião, o escolhido Tite é bem melhor que o Dunga, aliás qualquer um é melhor que ele, mas o melhor mesmo seria o Cuca que levanta qualquer time por onde passa. Enquanto continuar a sujeira na CBF, não vamos conquistar o primeiro lugar no ranking mundial do futebol.

MALUCO E MENTIROSO

O cara só pode ser um maluco e mentiroso que poderia estar internado num hospício psiquiátrico, ou preso por prevaricação, injúria, infâmia, calúnia e difamação. O cara delata na Operação Lava Jata do Ministério Público Federal mais de 20 políticos de receber propinas, inclusive o seu ex-chefe, e todos negam veementemente chamando-o de mentiroso e fantasioso, com intuito apenas de se livrar dos seus malfeitos.

O Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, já derrubou três ministros e agora aponta o dedo para o presidente interino da República, Michel Temer. É coisa de doido, meus camaradas! É bandido entregando bandido, coisa de quadrilha quando está acossada depois de um roubo de grandes proporções. Depois das pistas descobertas, dinheiro usado no sustento próprio do poder e em suas mordomias, cada um se esconde em seus esconderijos e nega a participação no assalto.

Em detalhes, o cara cita datas, ano, locais de encontros e as quantias entregues a cada malfeitor. Mesmo assim, todos confessam inocência e atacam com pedradas o tesoureiro que foi responsável por anos pela formação e distribuição do Fundo das Propinas, uma espécie de Fundo Monetário dos Políticos, o FMP do Poder.

Na história contada pelo delator, o bando era deveras ganancioso e tinha indivíduo que requeria mais para si, de acordo com seu posto que exercia no comando do grupo. Coisa do tipo: O que me cabe na partilha desse saque tem que ser maior que a de fulano porque eu sou o dono desta pasta e me arrisquei bem mais.

O tesoureiro que controlava os fornecedores da grana tinha que se virar para saciar apetites e gulas diferentes. O ex-chefe Renan Calheiros, por exemplo, foi o que mais recebeu. Os menos representativos ganhavam menos. O bando tinha seu próprio código de ético. Vamos reconhecer que o Machado tinha mesmo “jogo de cintura”, como se diz no jargão político e empresarial.

Parece coisa de ficção literária de romance policial, filme de faroeste ou coisa semelhante, mas é tudo realidade o que aconteceu e ainda acontece no reino chamado Brasil. Escritores, poetas, compositores, teatrólogos e artistas em geral não podem se queixar da falta de matéria-prima para elaboração das suas obras. É um reino recheado de fatos escabrosos que mostram as vísceras mais podres do poder.

“LA MANO DE ADIÓS”

Albán González – jornalista

“La mano de adiós” foi a manchete de capa da edição da última segunda-feira do diário esportivo argentino “Olé”,referindo-se, em tom de zombaria, à eliminação precoce da seleção brasileira da Copa América Centenário, com um gol irregular assinalado pelo atacante peruano Diaz. O jornal lembrou que, na semifinal do torneio continental de 1995, o Brasil desclassificou a Argentina com um gol de mão marcado por Túlio Maravilha. Deixou de mencionar o gol anulado do equatoriano Bolaños na partida de estreia dos brasileiros na Copa.

Enquete realizada pelo jornal “O Estado de S. Paulo” revelou que a maioria dos consultados apontou Dunga como o principal responsável pelo declínio do futebol apresentado nos últimos anos pela seleção brasileira, uma queda iniciada após os 7 a 1 e os 4 a 0, aplicados, respectivamente, pela Alemanha e Holanda na Copa do Mundo de 2014.

Os leitores do diário paulista colocaram uma boa parte da culpa na administração da CBF, cujo presidente, Marco Polo del Nero, tem evitado atravessar as fronteiras do nosso país com receio de ir fazer companhia a José Maria Marín, preso num apartamento em Nova Iorque. Vigiado pela justiça norte-americana, Marín só tem direito a sair para ir a uma igreja católica se arrepender dos seus pecados.

Assim como dezenas de políticos arrolados pela Operação Lava-Jato, del Nero e toda a “cartolagem” do futebol brasileiro e do Comitê Olímpico Brasileiro (COI) se sentem protegidos pelo manto da impunidade.

Carlos Caetano Bledorn Verri, capitão do time campeão do mundo em 1994, ganhou de um tio o apelido de Dunga por causa de sua baixa estatura. No decorrer de sua vida como esportista, o gaúcho de Ijuí revelou um temperamento mais para Zangado, um dos sete anões, trabalhadores em uma mina, que davam proteção a Branca de Neve.

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