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O MELHOR NATAL

Mais uma vez, a Prefeitura de Vitória da Conquista realizou o melhor natal do interior da Bahia e, porque não dizer, do Norte e Nordeste. Iniciada no dia 19, a programação de músicas da melhor qualidade se despediu ontem (dia 23/12) do Espaço Cultural Glauber Rocha com apresentações de bandas de artistas locais e de outros estados, deixando saudades aos conquistenses e visitantes. Foi um belo encerramento.

NATAL DA CIDADE 086

O chamado “Natal da Cidade” já virou uma tradição cultural de bom gosto com cantores e compositores nacionais do estilo de Milton Nascimento, Xangai, Ivan Lins, Guilherme Arantes, Paulinho da Viola, Golden Boys e muitos outros da música popular brasileira, provando que o povo aprecia quando se oferece produtos de qualidade, e não este lixo do axé, do arrocha e do pagode. como acontece em Salvador.

Todos os dias, o Espaço recebeu mais de 10 mil pessoas entre crianças, jovens e idosos. Com uma boa infraestrutura em termos de serviços e segurança policial, as famílias curtiram os grandes shows musicais com variados estilos. Além das barracas padronizadas, outro destaque foi a área dos reisados e dos presépios, que atraiu muita gente que conheceu a tradição cultural do nosso povo. Tudo transcorreu na maior tranquilidade.

NATAL DA CIDADE 065

Neste ano, a Praça Tancredo Neves recebeu a melhor iluminação de toda história dos natais de Vitória da Conquista e todos os dias esteve lotada, principalmente de crianças que se divertiram com as novidades. Mesmo em época de crise econômica, o poder público soube investir na organização da festa natalina, preservando a tradição cultural da terra. A Prefeitura e a Secretaria de Cultural estão de parabéns pelo trabalho realizado.

NATAL DA CIDADE 050

BOTA FORA!

Em meio ao turbilhão do caos político e econômico, milhares de brasileiros foram às ruas com seus cartazes e bandeiras coloridas, uns para pedir o “bota fora” da presidente Dilma, outros para que ela fique, sempre agarrados aos oportunistas e aproveitadores de plantão. Agora está chegando a hora do bota fora do ano perdido de 2015 que não começou ou não deveria ter começado nunca.

Alô, Ricardo, Ricardinho, Anderson, Paulo Nunes, Zé Silva, D´Almeida, Mano, Itamar Aguiar, Marta Moreno, Dorinho, Lídia, jornalistas, radialistas e demais companheiros camaradas artistas e intelectuais, o que vocês botam fora neste ano? Quem e o que permaneceria de modo a somar benefícios para nossas vidas? Sei que cada um tem seu ponto de vista e o vermelho para uns pode ser verde para outros.

Na minha visão, porém, boto fora todos aqueles que prometeram uma coisa e fizeram outra. Boto fora os presidentes da Câmara e do Senado e todos os políticos que não tiveram decência e se comportaram como bandidos. Boto fora o chifrudo da corrupção e a violência da policia militar que, covardemente, ceifaram milhares de vidas e forjaram as cenas de seus crimes brutais.

Boto fora as mordomias deste Congresso Nacional e o poder executivo que tiveram a cara de pau de nos impor cortes e privações (ajustes fiscais) para manter suas cortes, sem reduzir suas gastanças. O povo é iludido com um prato de comida do Bolsa Família e alguns programas sociais, enquanto necessitados e doentes morrem nos corredores dos hospitais.

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PONTUALIDADE DO PADRE

O Padre era pontualíssimo. Quando marcava os sacramentos a serem realizados (casamentos, batizados e outros), cumpria rigorosamente o horário determinado. Dessa forma, não admitia que os fiéis ou interessados no acontecimento se atrasassem, era adepto da pontualidade britânica.

Marcava os procedimentos litúrgicos para serem realizados em determinado dia, separando casamentos de batizados, os quais eram feitos com grande número de interessados.

Prático, os batizados, por exemplo, eram feitos em tempo exíguo. Os destinados a receber o batismo, de vela na mão e acompanhados dos pais e respectivos padrinhos, eram orientados pelo Cura a colocarem-se em fila indiana. De posse de um aspersor com água benta, perguntava o nome da criança ou do adulto, benzia-o com o sinal da cruz, dizendo: “Eu o batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. O sacristão, em seguida, ungia o recém-cristão com os “Santos Óleos”, fazendo uma cruz sobre a testa, a boca e o peito do catecúmeno.

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UMA PONTE PARA O PASSADO

A partir desta semana o país (poderes legislativo, judiciário e executivo) entra em recesso e só retornar a se movimentar em março. Os oportunistas, com seus altos salários e bonificações, se recolhem às suas mansões para os regados festejos de final de ano, férias remuneradas e o carnaval em fevereiro, um mês sempre perdido. Os assalariados continuam dando duro neste mar de caos político e econômico para manter a corte dos czares, dos reis e rainhas.

O parlamento planaltino mais parece uma tribo indígena de canibais, enquanto os partidos se refastelam e engordam como porcos comendo propinas. Até o impeachment da presidente não sair da mesa do debochado presidente da Câmara dos Deputados, as centrais sindicais, o MST e os estudantes da UNE ficavam calados quanto ao afastamento do Eduardo Cunha. Agora, esbanjam cartazes de Fora Cunha!

Com o bicho pegando após a prisão de um senador, o presidente do Senado, Renan Calheiros, se comporta como bom moço e até dá umas cutucadas de canivete no vice-presidente da República, Michel Temer que, através do seu PMDB, apresentou o projeto “Uma Ponte para o Futuro”, cujo teor está mais para Uma Ponte para o Passado, de cor neoliberal ainda mais aberrante, com corte mais profundo dos benefícios trabalhistas e programas sociais.

Na verdade, não temos mais a quem confiar, nem nos berros das bandeiras vindas das ruas dos verdes-amarelos, nem dos vermelhos. Nosso país está retornando a um passado tenebroso, inclusive com aprovações de decretos e projetos retrógrados. Pelo poder, os xingamentos e a intolerância imperam de todos os lados. O povo está sendo obrigado a passar por este corredor polonês. Isto é tortura!

O Brasil está sendo vítima de uma operação de guerra arrasada. Todo território está minado. Todos eles, detentores do poder, deveriam renunciar aos seus cargos e às suas funções, para que possamos retirar esses escombros com segurança e limpar o terreno. O Eduardo Cunha continua soltando suas bombas, a presidente Dilma tropeça nas palavras e o vice com sua carta de lamúrias quer uma ponte para o passado. Engana que é do futuro.

Na concepção do ex-presidente Lula, que diz ter um exército para soltar nas ruas, a Operação Lava Jato não passa de uma piada de mau gosto, como também foi dito com referência ao mensalão. O judiciário dita o seu rito e se recolhe aos seus palácios. Os súditos caem no circo e se contentam com a fuzarca do axé music, do pagode, do arrocha e do samba no asfalto. De seus camarotes luxuosos, eles acham tudo engraçado e riem de nossas caras lambuzadas, sem vergonha.

Quanto a mim, sinto nojo de toda esta lavagem de esquerda, de centro e de direita composta de ingredientes indigestos de corrupções, oportunismos, fisiologismos e incoerências. Não me alinho a nenhum deles. Todos fora! Assim deveria marchar o povo nas ruas como forma de indignação. A partir de agora só vou tratar de assuntos das áreas de cultura, literatura e escrever sobre histórias de carochinhas. Basta de tanta afronta!

“CABELO DE CHAPINHA”

Albán González – jornalista

“Cabelo de Chapinha” é o nome de uma “obra prima da cultura baiana”,
lançada há menos de um mês, com a finalidade de ser cantada somente no
período carnavalesco, e esquecida na Quarta-Feira de Cinzas, como
dezenas de outras músicas que surgem todos os anos. Três sujeitos
devem ter se reunido na mesa de um bar e, entre goles de cerveja,
compuseram os seguintes versos: “Minha nega vai no salão e faz aquele
corte que seu nego gosta de te ver…Ó mainha, mas eu só gosto do
cabelo de chapinha/Tá lindinho, ta lindinho”.

O samba, marcha, aché, ou seja lá que ritmo tenha, provocou uma onda
de protestos por parte das pessoas e entidades que defendem a mulher
afro descendente; que combatem o preconceito racial em todas as suas
formas, embora o compositor Luiz Caldas, um dos criadores das axé
music, continue mandando a nega da Baixa do Tubo passar batom na boca
e na bochecha.

Vale lembrar que dois expoentes da MPB, em todos os
tempos, Lamartine Babo e David Nasser, teriam que se submeter hoje ao
crivo da censura, sendo obrigados a alterar as bem colocadas letras de
“O teu cabelo não nega”, de 1929, e “Nega do cabelo duro”, de 1942.
As duas marchinhas estão entre as mais entoadas atualmente pelos
blocos de rua do Rio e São Paulo.

Bell Marques, intérprete de “Cabelo de Chapinha”, conseguiu, sem
gastar um centavo, a divulgação do seu novo sucesso musical. Como no
episódio da separação do casal Calypso (Chimbinha e Joelma), a
imprensa deu ao ex-Chiclete, nos últimos dias, quase o mesmo destaque
que está dando ao Eduardo “Catilínia” Cunha. Seus fãs já devem ter
gravado nos seus smarthphones e readphones as palavras musicadas do
amor de “painho” por sua “mainha”.

Aliás, amor e gentileza foram expressões usadas por Bell para defender
os três compositores, afirmando que cada um tem sua maneira de se
dirigir à sua amada. Revelou que a música já estava sendo cantada em
todo o Brasil. Vinte e quatro horas depois ele mudou de opinião,
assinando, no Ministério Público Estadual, um Termo de Ajustamento de
Conduta (TAC), na presença de dirigentes de instituições que trabalham
em favor dos direitos humanos e em defesa de uma política para as
mulheres, comprometendo-se – o que já foi feito – de substituir
algumas palavras, consideradas ofensivas, do “Cabelo de Chapinha”,
que, certamente, vai receber o Troféu Dodô e Osmar como a melhor
musica do Carnaval de 2016.

Em tempo: as mulheres que pretendem imitar o corte de cabelo de mainha
nesse Carnaval, a peça conhecida como chapinha pode ser obtida pela
internet ao preço de 50 a 60 reais.

 

PONTO DE VISTA ” A ESTRADA”

AEROPORTO DO “RACHA”

A pista do novo aeroporto de Vitória da Conquista, sem o terminal de passageiros, já está abandonada e servindo para motoqueiros playboys fazerem “racha”. Logo vão voar os carros dos “filhos de papai” que nos finais de semana fazem zoeiras nos bares próximos à avenida Olívia Flores, no bairro Candeias. Também têm os urubus que já estão pousando suavemente na pista. O edital de licitação para o terminal era para ter saído em maio deste ano e agora ficou para 2016. Sobre a invasão dos motoqueiros, o Governo do Estado joga a responsabilidade para a empresa construtora, mas, se ela já terminou o serviço, não é mais dela.

ESTADO SEM MORAL

Um Estado que arrecada altos impostos dos cidadãos e faz o mínimo por eles, não tem nenhuma moral para pedir colaboração e nem culpar ninguém pelas mazelas. Veja o caso do mosquito aedes aegypti a que ponto chegou! Os governos (federal, estadual e municipal) pouco fizeram para combater o inseto que provoca dengue, chikungunha, zica vírus e a microcefalia. A saúde no país é um verdadeiro caos.

Que moral tem o governo de pedir racionamento de água e energia se não investe em infraestrutura nestes setores? Vitória da Conquista é um caso típico em relação à Embasa. Há anos esperamos por uma barragem. Na Chapada Diamantina o fogo destrói o Parque Nacional e as comunidades ficam a mercê dos brigadistas voluntários. Só agora, depois do desastre e sob pressão da Justiça Federal, é que o Governo do Estado decidiu entrar com equipamentos para controlar os incêndios.

Para minimizar o sofrimento dos moradores das margens do rio Doce que foi invadido pela lama da barragem de uma mineradora, os voluntários tiveram que entrar em ação com água e suprimentos. Existem milhares de casos assim. Não fosse a boa vontade dos brasileiros que são solidários nas catástrofes e tragédias, milhões já teriam morrido à mingua. Precisamos nos indignar e exigir que o Estado cumpra com seu dever.

NEGA POR DEUSA

Não vou aqui entrar no mérito do conteúdo das letras musicadas para o ritmo axé, mas é demais o cantor Bell Marques e seus compositores se submeterem a trocar versões da música “Cabelo de Chapinha” porque alguns idiotas acharam racismo e discriminação. Em vez de “minha nega, vai lá no salão, faz aquele corte que seu nego gosta de te ver”, a letra passa a ser “minha deusa, dia de salão, lindo é seu jeito, todo mundo gosta de te ver”. Sai “Ô, mainha, mas eu só gosto do cabelo de chapinha, mainha. Ô tá liso, tá lisinho. Tá liso, tá lisinho” e entra “Ô, mainha, eu também gosto do cabelo de chapinha, mainha, ô tá lindo, tá lindinho. Tá lindo, tá lindinho”. Nega é uma palavra carinhosa e não tem nada de racismo. De quem é o maior racismo? Falar a palavra negra agora é ofensa? O certo é deusa! Liso passa a ser lindo. É muita burrice, censura e patrulha. Cuidado no que escreve e diz! É recomendado ficar calado para não ser incriminado.

SIRI LANKA

Perdemos mais uma posição no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Programa das Nações Unidas para o Siri Lanka, uma ilha de 21 milhões de habitantes ao sul da Índia. Dos 188 países, ficamos na 75ª posição abaixo de vários países da América do Sul, como Argentina, Chile, Uruguai e até da Venezuela. São estas e outras coisas que os movimentos sociais e em defesa das desigualdades sociais e econômicas deveriam estar preocupados.

 

SARAU DA DESPEDIDA

Numa noite inspirada com discussões as mais variadas, da política à teologia, os cantores e compositores Mano Di Souza, Dorinho e Marta Moreno abriram o baú das canções mais antigas de artistas da música brasileira que sempre serão eternas, como de Paulo Diniz, das duplas Jocafi, Sá e Guarabira, Tom Jobim, Chico Buarque dentre outros no sarau de despedida do ano no nosso “Espaço Cultural Aestrada”.

Podemos dizer que foi uma “sarauzada” daquelas pra valer até o dia clarear. Como sempre, o nosso boêmio e professor Itamar Aguiar foi o primeiro a chegar e o último a sair lá por volta das cinco horas da manhã, isto porque foi logo avisando que ia sair cedo. Dulce, que conheceu nosso espaço pela primeira vez, Vandilza e Cleide com sua filha completaram a noitada de cantorias.

Neste último encontro do ano, o espaço foi só da música, mas nos próximos que virão em 2016, com nova roupagem, voltam a fazer parte a literatura, a poesia e outras expressões porque é assim que tem acontecido e é a proposta. Cada vez mais interativo e participativo, os debates foram acalorados, mas com respeito às ideias de cada um, bem distante das cenas deprimentes da Câmara dos Deputados.

Entre uma canção e outra ouvimos boas histórias contadas por Mano, Dorinho e pelo professor Itamar com sua fina filosofia de dar gosto. Para o próximo ano já pintou a ideia de iramos todos a Lençóis para fazermos uma apresentação desse sarau em uma das casas noturnas daquela cidade turística da Chapada Diamantina.

Existe também a proposta do lançamento de um CD lítero-musical. Vamos ver no que vai dar na próxima temporada. Espero que evolua porque o grupo já está coeso e pretende gerar algum trabalho cultural, além de apresentações e atividades em outros locais.

 

MINHA CARTA

Continuo com a minha carta entre as de 200 milhões de brasileiros para cobrar a promessa que me fizeram de uma reforma política para mudar este sistema arcaico eleitoral que aí está. Falsearam; trocaram farpas e me deram um monstrengo cheio de remendos.

Queria dizer que muito me surpreende a carta do vice-presidente Michel Temer depois de cinco anos ao lado de Dilma com uma penca de ministérios do seu partido. Temer me lembra daquele funcionário antigo de uma empresa que só resolve abrir a boca depois de demitido, só que não é o caso dele.

Em paralelo, o vice faz articulações e já pousa de presidente. São todos oportunistas de olho no poder, mesmo que seja um abacaxi brocado. Rogo aos senhores congressistas que invadem nossos lares com empurrões, cabeçadas e brigas que respeitem o povo brasileiro.

Não toleramos ser tocados como gado como faziam os magistrados, donos do poder, na Roma Antiga. Eles usavam varas (do latim fascis – fascismo) para tocar o povo. Como não tenho muito mais a falar diante de tantas afrontas e deboches contra nós, finalizo minha carta com o seguinte epigrama:

O Temer tem sua carta

Eu também tenho a minha:

A Nação já está farta

Desse saco de farinha.

 

TAMBÉM TEMOS NOSSAS CARTAS!

Há muito tempo que não se fala em cartas, mas só em mensagens pelo twitter, facebook e outros meios mais avançados de redes sociais com o advento da internet, mas o vice-presidente Michael Temer ressuscitou a secular forma de comunicação no Brasil através dos Correios, para dar notícias e até desabafar das suas agruras.

Nós também temos nossas cartas, aliás, são 200 milhões de cartas, menos as dos congressistas e parlamentares, onde cada um deve se expressar com  liberdade de que não aguenta mais tantos desmandos, tantas sujeiras, tantas corrupções, tanta incompetência, tanto egoísmo e tanta falta de patriotismo e muita ganância pelo poder a qualquer custo, mesmo que leve o país para o abismo total.

Remeto minha carta particular para dizer que o Congresso Nacional se transformou num templo de vendilhões que disputam mercadorias a tapas e a tiros e não me representam como povo. Meu desabafo é que me sinto menosprezado; nunca me levaram em consideração e sempre fui visto como objeto de decoração. Nunca me consultaram para nada e sempre fui utilizado como meio.

Também tenho o direito de mandar minha carta de repúdio a todos estes canalhas que estão no poder e dele só pensam em se locupletar e lotear os bens da nação como fizeram com a Petrobrás e outras estatais ao longo desses últimos anos. Minha carta não é só para a presidente.

Para o bem do Brasil, se eles tivessem honradez, neste momento tão caótico e confuso, deveriam renunciar aos seus cargos, tanto a presidente Dilma, seu vice e os presidentes da Câmara e do Senado, abrindo as portas para a esperança de um novo tempo. Com novas eleições, talvez este seja o maior tratamento de choque para salvar um doente em estado terminal.

Não sei o que pode vir depois do sangramento, se o garroteamento total, o coma ou a própria morte da nação. Minha carta é para dizer que, apesar de nunca ter sido detentor do poder como o sr, Michael Temer, que somente agora desabafa que foi menosprezado, estou sendo violentado todos os dias por vocês que exauriram nossas economias; imolaram nossa saúde; e sucatearam nossa educação.

Queria indagar ao sr. Temer, por que, mesmo tendo sido vice de Dilma durante quatro anos como simples decoração, como ele mesmo afirma na sua carta, se candidatou à reeleição? Somente agora, sr, Temer? Isso é burrice, falta de autoestima ou fome pelo poder? Trocar agora Dilma por Temer é o mesmo que trocar seis por meia dúzia.

Olho para os quatro cantos do país e não vejo um líder sincero, digno e competente a quem confiar. Nem vou aqui, em minha carta, citar nomes de antecessores do poder porque não cabem em meu espaço. Por ser cidadão cumpridor do dever, vivo num país que nem sabem que existo, a não ser na hora de votar e, mesmo assim, sou contado como um simples número.

Neste momento tão crítico e vergonhoso, todo brasileiro deveria enviar sua carta de indignação, revolta e protesto por tudo que está acontecendo e ainda pode acontecer de pior. Deveríamos encher os correios, os jornais, os blogs, os sites, as emissoras de rádio e televisão e todas as redes sociais de milhões de cartas dando um basta nesta corja.

 

PONTO DE VISTA “AESTRADA”

NEM EDITAL DE LICITAÇÃO

Há dois anos, quando ainda vigorava o racionamento de água em Vitória da Conquista, o Governo do Estado anunciava a construção da Barragem do Rio Catolé com previsão para ficar pronta em cinco anos. Neste período, não saiu nem o edital de licitação e, praticamente, não se fala mais no assunto porque as barragens de Água Fria I e II receberam um bom volume de água das chuvas. A obra está orçada em mais de 160 milhões e só faltam três anos para o cumprimento do prazo. Bota mais cinco anos aí quando vier outro racionamento. É isso aí, no Brasil, as chaves das barragens ficam com São Pedro.

A CHAPADA ARDE

Por falar em dependência de São Pedro para cobrir a incompetência do Estado, só em novembro oito mil hectares do Parque Nacional da Chapada Diamantina foram destruídos por incêndios. No ano já são 15 mil hectares queimados, o que significa 10% da área. A prevenção e o combate ao fogo dependem dos brigadistas voluntários que denunciam que nem equipamentos recebem do governo estadual. Para onde vão os impostos? Tudo neste Brasil fica a mercê do voluntarismo e da boa vontade. A Chapada vai continuar a arder como a seca nas margens do Rio São Francisco.

USINA SOLAR

A Bahia será o primeiro Estado do país a receber um complexo híbrido de geração de energia eólica e solar, que será construído pela Renova Energia em Caetité, com investimentos de 130 milhões de reais. O projeto terá capacidade instalada de 26,4 megawatts, sendo 21,6 MW de eólica e 4,8 MW picos de energia solar. A usina deverá entrar em operação no início do próximo ano. A Bahia, com sua extensão e ventos fortes em muitas regiões, tem um potencial eólico enorme, mas o mercado ainda é tímido. Depois do Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Ceará, a Bahia é o quarto maior na produção de energia eólica, contando com 46 parques e 164 em construção. Tem tudo para assumir a liderança nos próximos anos.

EXÉRCITO NO COMBATE AOS INSETOS

Daria uma boa charge no jornal a ilustração de um batalhão do exército brasileiro armado de metralhadoras, fuzis, bombas de gás lacrimogênio e spray de pimenta combatendo os insetos da dengue nas ruas, quintais e locais abandonados. Imaginou tiros de metralhadoras e bombas em vasilhames d´água! Com o surgimento da doença Zica Vírus que provoca a microcefalia, o governo prometeu agora mandar o exército para as ruas. Também, não fazem nada mesmo! A falta de educação tem muita coisa a ver com a proliferação dos insetos causadores da dengue e outras enfermidades.

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