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:: ‘Notícias’

NO PAÍS DOS FERIADÕES

Não conheço nenhum país no mundo que tenha atingido o patamar do desenvolvimento sem muito trabalho, disciplina e educação. Pois é, por isso que o nosso Brasil ainda continua sendo o país do futuro, e dos feriadões, sem contar os carnavais, é claro. Parece que estamos vivendo em “céu de brigadeiro”, sem crise moral, política e econômica.

Pense agora na quantidade de gente que não sabe nem explicar o motivo do feriado! Tiradentes! Algum santo, inventor ou jogador de futebol? Não se apoquente com a ignorância, pois vem na outra semana o feriadão do primeiro de maio, recheado de festas e shows de duplas sertanejas com direito a brindes. Este, quase todos sabem, mais ou menos sobre sua origem.

Interessante! Não ia falar sobre isso, só que ficou encravado na minha cabeça e terminou saindo sem perceber. Deve ter sido porque sou ranzinza demais. Quem não gosta de um feriadão pra curtir e gastar grana, nem que fique endividado e com uma tremenda ressaca! Eu que sou chato e sem graça.

Meu assunto mesmo é sobre os falsos salvadores da pátria que estão botando a cabeça pra fora. Cuidado com eles! É muito triste ver um país tão grande e rico de recursos naturais chafurdado na lama de mentiras e corrupções.

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ASSIM FICA DIFÍCIL!

Está ficando cada vez mais difícil para o próprio PT, as centrais sindicais, o MST, a UNE e outros movimentos ditos de esquerda defenderem o governo de dona Dilma com as constantes trapalhadas, tornando-se refém do Congresso Nacional que não está nem aí para a opinião pública, engrossando cada vez mais o caldo das mordomias.

Como se não bastasse o tira e volta do Pepe Vargas, a presidente nomeia Michel Temer para cuidar da área política (raposa no galinheiro), dando a ele o status de primeiro ministro. Era tudo que o PMDB, um partido fisiologista e vezeiro nas negociatas, queria para mandar no poder. Com o parlamentarismo branco, estão dizendo por aí que Dilma é a rainha da Inglaterra, governa, mas não manda.

As últimas manifestações miraram na corrupção, mas deixaram de lado o Congresso Nacional que legisla de costas para o povo, aprovando projetos nocivos para as classes trabalhadores, como a terceirização, quando o poder executivo praticamente se calou. Do outro lado, o ministro da Fazenda comanda o ajuste fiscal e os cortes de benefícios trabalhistas e previdenciários.

Na Câmara, cada deputado fala para sua plateia. O evangélico para o evangélico, o sindicalista para o sindicalista, o ruralista para o ruralista, o médico para o médico, o advogado para o advogado e assim por diante. Gostaria de saber quem fala em nome da dona Maria e do seu José?

Falta diretriz política cultural nas manifestações. Pessoas desconectadas da realidade empunham bandeiras do impeachment e até da intervenção militar. No embalo das CPIs dos ratos que mais querem ver o circo pegar fogo, a extrema-direita vai ocupando espaços tenebrosos. Lembrei dos versos do cantor Cazuza de que “está piscina está cheia de ratos”.

É uma grande maldade levar os bichinhos domesticados e mansos para visitar uns colegas malvados que estão deixando o Brasil em trapos de tanto roerem as vestes da nação. Os pequenos animais ficaram traumatizados para sempre.

A crise não é somente econômica e política. Além dos seus 39 ministérios, gostaria de saber por que o governo brasileiro sempre discorda de pesquisas feitas por organismo internacionais quando os dados não são favoráveis ao país? É o atestado de incompetência e falta de transparência.

Mais uma vez, o Brasil foi o único entre 164 países a discordar dos estudos da Unesco de que nosso país só cumpriu duas das seis metas previstas para a educação. Ainda temos 13 milhões de analfabetos, sem contar os funcionais que passaram pelas escolas, mas não sabem interpretar um simples texto. Na América Latina, Cuba ainda tem a melhor educação.

Não dá para entender e engolir um país sem educação, mas que tem um Congresso que vive na luxúria, aumentando mais e mais suas verbas de gabinete, sem contar outros penduricalhos. As assembleias e as câmaras municipais seguem a mesma trilha. Assim fica difícil!

 

 

PLÁGIO

Blog Refletor   TAL-Televisión América Latina.

Itamar indica artigo de Orlando Senna: 

A maioria dos trabalhos acadêmicos atuais sobre plágio, apesar de admitir o impacto transformador da era digital na questão da autoria, parte da premissa que o direito autoral deve ser respeitado na internet, que o pagamento pelo uso de criações alheias é essencial para o desenvolvimento da ciência e da arte e, em consequência, da sociedade. A maioria dos cientistas e artistas também pensa assim, bem como a totalidade dos produtores, dos que investem dinheiro na invenção de tecnologias ou na reprodução de criações estéticas. O problema é que, citando Caetano, “tudo mudou, tudo certo como dois e dois são cinco”.

Em latim, plagium (do grego plagion) significa roubo, sequestro, rapto, escravizar alguém. As primeiras reações a essa conotação criminosa apareceu antes da internet, nos anos 1970 e na música, quando surgiram os DJs, que modificam harmonias, melodias e ritmos de qualquer música, misturam músicas diferentes, criam sonoridades novas a partir de matrizes alheias. Um novo tipo de organização das partes, de mixagem, uma remixagem. O remix, expressão que se consolidou para essa atividade, logo se expandiu para a modificação de fotos, vídeos e textos.

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A MANOBRA DA TERCEIRIZAÇÃO

O capitalismo, em toda sua história, desde a revolução industrial e bem antes disso, nunca defendeu posições que não fossem em seu próprio benefício. Ao longo desses séculos cedeu pontos ao trabalho pela própria evolução dos tempos, por pressão da classe operária e pela sua própria sobrevivência quando estouraram as revoluções socialistas.

Em plena crise econômica com ajuste fiscal e aumento dos tributos, o empresariado terceiro mundista brasileiro que não consegue ser competente aqui dentro e lá fora, manobra o Congresso para ampliar ainda mais a terceirização da mão-de-obra indo além da atividade-meio para a atividade fim.

Não resta dúvida que a lógica da terceirização de um modo geral é a redução dos salários dos trabalhadores. Uma empresa contratada sempre paga uma salário mais baixo que a contratante pagaria, mesmo que o funcionário exerça a mesma função e tenha o mesmo nível de instrução. Terceirização e escravidão andam de mãos dadas nesta exploração criminosa.

O palavreado mentiroso dos sindicatos e federações patronais é a de que a terceirização é uma realidade mundial e de que a medida alinhará o Brasil às economias de ponta. É achar que todo mundo é burro. Eles estão querendo mesmo provocar uma convulsão social neste país enfartado.

Não se esqueçam que a globalização também é uma realidade perversa nas sociedades desiguais onde os pobres ficaram mais pobres, aumentando mais ainda as desigualdades sociais e reduzindo as chances de distribuição de renda. Como já disse certo publicitário americano, não existe almoço de graça.

Aqui, o que temos é a bancada do empresariado de extrema-direita no Congresso ditando as regras à custa dos trabalhadores. Há anos, especialmente no período da ditadura militar, a classe empresarial sempre viveu montada nos subsídios do dinheiro público e nas concessões privilegiadas dos governos mandantes, como a famosa reserva de mercado que significou atraso tecnológico para o país.

Diante do quadro atual de queda na economia e perda de competitividade lá fora, por pura incompetência e usura, esta é mais uma manobra do capital para não reduzir seus gananciosos lucros; enfraquecer a representatividade e o poder de negociação dos sindicatos. Como defender um governo que se cala diante de tão clamoroso absurdo? E agora, como ficam os cooptados, como as centrais sindicais, UNE e companhia?

Conversa furado pra boi dormir de que a nova lei vai aumentar a formalização e a criação de vagas do trabalho. Muito pelo contrário, é o mesmo que abrir a cancela do desemprego e forçar o trabalhador a aceitar qualquer salário, se não quiser ser desempregado. É o mesmo que encurralar e colocar o operário contra a parede.

Esse negócio de alardear que agora a contratante vai fiscalizar a contratada se ela está pagando os direitos trabalhistas e previdenciários é outro grande papo furado. Tudo termina no “jeitinho safado brasileiro”. Com as medidas, vai desaparecer até o concurso público.

Diz uma das propostas que a administração pública pode contratar terceirizados, em vez de abrir concursos públicos, e será corresponsável pelos encargos previdenciários, mas não quanto as dívidas trabalhistas. Corresponsável! Parece piada!

No novo sistema, a terceirizada pode até subcontratar outra empresa para execução dos serviços. Agora vamos ter a privatização total da educação, da saúde, da segurança e de todos os outros setores e atividades profissionais. Já imaginou a redação de um veículo de comunicação totalmente terceirizada!

O CINEASTA MAIS SEXY DO MUNDO

Blog Refletor     TAL-Televisión América Latina.

Itamar indica artigo de Orlando Senna:

Há dez anos tive uma longa conversa com o excepcional cineasta grego naturalizado francês Costa-Gavras, em Salvador da Bahia, onde estávamos participando de um seminário. Já havíamos tido outras conversas em Havana e na Escola Internacional de Cinema e TV de Cuba e, depois do encontro baiano, voltamos a nos ver algumas vezes em Paris. Mas a conversa na Bahia foi reveladora para mim, tanto para um entendimento mais fino da obra costa-gavriana durante o século XX como para suas cogitações e propostas para o século que estávamos começando a viver naquele momento. Jantamos juntos três vezes durante o convívio de uma semana e ele escolheu sempre o mesmo restaurante, Delírio Tropical, e a mesma comida baiana, do acarajé ao arroz de hauçá, com muito dendê e pimenta. Explicou: “os deuses afrobaianos são os melhores cozinheiros de todos os Olimpos e quem está dizendo isso é um grego”.

Costa, como é conhecido entre seus amigos e no meio cinematográfico europeu, é um cineasta fundamental na relação da arte com a política. Ou, como ele diria, da arte com a política, a história e a análise social, aspectos que conformam uma unidade indissolúvel em seu entendimento do binômio vida individual/vida coletiva. Para ele todo e qualquer filme é político e cinema é, antes de qualquer coisa, cinema (“um filme é um espetáculo popular, é arte e diversão”). Ficou mundialmente conhecido com seu filme Z, de 1968, narrando o assassinato de um deputado esquerdista na Grécia e, por tabela, a derrota das esquerdas e a vitória da contra-revolução em várias partes do mundo.

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PELA MORALIZAÇÃO

Não adianta nada a presidente Dilma pedir ajuste fiscal e mandar o trabalhador apertar o cinto se continua mantendo 39 ministérios e mais de 100 mil em cargos comissionados no Brasil. Mais ainda, se do outro lado o Congresso Nacional (Câmara e Senado) insiste em aumentar suas mordomias com suas polpudas verbas de gabinete, legislando de costa para a população.

O que o povo quer e está pedindo nas ruas é moralização dos poderes, inclusive do judiciário que é uma verdadeira caixa preta em plena crise política e econômica de juros altos, inflação galopante e crescimento pífio de 0,1% do PIB (Produto Interno Bruto), sem falar do desemprego que desagrega famílias e varre de vez o resto de esperança que ainda existia.

O que o povo quer nesse bojo da moralização é uma reforma política séria que acabe de vez com esta mutreta de “doação” de campanha empresarial que todo mundo já sabe que não passa de um empréstimo a ser pago depois pelos próprios políticos e partidos (32) que sustentamos, com juros e correção monetária. Não nos venham oferecer pacotes de bombons rotulados de anticorrupção!

Ou eles não estão entendendo, ou fazem “ouvidos moucos” e acreditam que nada vai acontecer porque o brasileiro é um bicho burro e já está calejado de apanhar. Enquanto isso, eles vão nos entretendo com muito circo e feriadões que começam no meio da semana para o executivo, legislativo e o judiciário. Neste país, só o pião, considerado como classe desqualificada, trabalha.

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O PODER DA PAPELADA

Orlando Senna

Blog Refletor Tal-Televisión América Latina

Itamar indica e comenta   

As primeiras utilizações da palavra burocracia aconteceram no século XVIII, na França, quando alguém teve a ideia de juntar a palavra francesa “bureau”, que significa escritório, mesa, escrivaninha (e posteriormente também repartição pública) ao sufixo “cracia”, derivado do grego kratos, que significa poder. O poder do escritório, o poder do funcionário público. Já naqueles idos de 1700 a conotação da nova palavra era negativa, relacionada à ineficiência do funcionalismo estatal na monarquia absoluta e desperdício de recursos. Na verdade o excesso de leis e regras e a utilização da parafernália legal por funcionários desonestos é bem mais antiga do que a palavra, remontando ao início do Império Romano.

Podemos supor a presença das garras burocráticas no episódio da crucificação de Cristo, no jogo de empurra-empurra entre o poder judeu (Herodes) e o poder romano que dominava a região da Palestina (Pôncio Pilatos). Com o correr do tempo os burocratas tentaram justificar e enaltecer a burocracia como essencialmente necessária à estrutura jurídica do Estado, à organização dos procedimentos da administração, afirmando que, por ser difusa e manipulada por muita gente, a prática garantia a “impessoalidade” no trato da coisa pública. Uma falácia que ainda encontra defensores na atualidade.

O jurista alemão Max Weber, considerado o pai da sociologia moderna e um dos mais argutos estudiosos do assunto, chamou a atenção para o fato de que o princípio básico da administração burocrática é a hierarquia, é o controle que os funcionários superiores exercem sobre os inferiores. Um controle que permite a classificação de documentos em várias categorias de acesso e, em consequência, o conhecimento de alguns desses documentos apenas por poucos funcionários. Esse mecanismo é praticado, desde muito tempo, também nas empresas privadas. É o que está acontecendo neste momento no Brasil, no escândalo dos desvios de dinheiro e propinas na Petrobrás e em grandes empreiteiras, envolvendo funcionários, políticos e empresários.

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O AXÉ E A SINFONIA

Carlos González – jornalista – gonzalezcarlos@oi.com.br

Num entusiasmo incontido, após a vitória de 3 a 1 sobre uma França africanizada (o time gaulês é formado, em sua maioria, por jogadores que não sabem cantar La Marseillaise, pois nasceram em outro continente), Neymar Jr. declarou que o Brasil já superou o trauma da Copa do Mundo de 2014, voltando a praticar o seu melhor futebol. A afirmativa daquele que, no futuro, ao dependurar as chuteiras, abraçará, certamente, de maneira ilegal, a carreira de comentarista esportivo na televisão, foi contestada por mim e, tenho certeza, por aqueles que têm o prazer de acompanhar o futebol na Europa, ou mesmo na Argentina.

Eu gostaria de fazer uma comparação entre o futebol que se pratica lá fora e o que está sendo jogado no Brasil, mas antes devo pedir desculpas aos fãs do axé. Os 90 minutos de uma partida da Copa do Nordeste, da Copa do Brasil, dos campeonatos estaduais e das seleções brasileiras sub 20 e sub 17, primam pela falta de cadência, com um compasso sem alternância tática, onde os instrumentistas desafinam a cada minuto, cometendo faltas – o Brasil hoje pratica o futebol mais violento do mundo – que tiram a beleza do espetáculo. Estamos fartos dessa mesmice. Vamos mudar o canal da TV e fixar nossas vistas sobre os estádios, sempre lotados, da Espanha, Alemanha, Itália e Inglaterra, onde a bola rola no ritmo de uma sinfonia de Beethoven.

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SEM SURPRESAS E QUEM BATE PANELA

Como se fosse uma competição olímpica em que o atleta cada vez mais se esmera para bater o recorde do outro, o céu não é mais o limite para a modalidade corrupção neste país. Não existem mais surpresas para os brasileiros.

Agora mesmo, calcula-se que a sonegação de impostos na área da Receita Federal, oriunda do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais –Carf (órgão do Ministério da Fazenda), esteja em torno de 19 bilhões de reais, bem superior aos 10 bilhões estimados da Operação Lava Jato da Petrobrás.

Surpresa mesmo seria ver ao vivo corruptos e ladrões de terno serem algemados numa reunião de ministros, políticos ou grandes empresários como aconteceu na Ucrânia. Aqui, na nossa ainda frágil democracia da impunidade, a mídia hipócrita, advogados e até juízes cairiam de pau dizendo que isso é arbitrariedade e abuso de autoridade.

Estamos à beira de uma convulsão social e os poderes constituídos continuam a governar de costas para o povo. Em cada manifestação a população é enganada com mais um docinho como se faz com uma criança quando começa a chorar. Qual vai ser o próximo pacote de doce, senhora presidente e diletíssimos congressistas? Bombons de pascoa? Salgadinhos, ou brigadeiros?

Aqui nesta terra tupiniquim, mesmo com os fatos escancarados, os operadores da Lava Jato negam de pés juntos qualquer envolvimento na ladroagem porque sabem que os processos levam anos com várias e várias apelações, com defesas a perder de vista, sem contar o foro privilegiado dos parlamentares e governantes.

Não adiantam gravações, filmagens, assinaturas ou outras espécies de provas. Que o diga nosso artista bonachão Paulo Maluf! Por que será que Renan Calheiros, Eduardo Cunha e outros do quilate aprecem nas câmaras tão contentes e com risadas largas em suas caras como se nada estivesse acontecendo? Não precisa responder! Onde estão hoje os mensaleiros?

Além da algema na Ucrânia e do rombo na Receita Federal, outro fato nesta semana que nos chama a atenção para o estado em que se encontra a economia e a política no Brasil, foi o anuncio de que no próximo ano o IBGE não vai realizar o censo populacional por falta de grana.  Recursos não faltam para bancar as mordomias do Congresso e assembleias.

QUEM BATE PANELA?

Dizem por aí que panelaço é coisa da elite burguesa reacionária das classes A e B (classe alta e média alta). Até que acredito nisso porque os grandes empresários que foram na onda de Lula para investirem pesado na área do petróleo estão hoje furiosos, descontentes e retados com o ex-presidente. Os projetos faraônicos estão hoje se transformando em elefantes brancos.

A própria Graça Foster, ex-presidente da Petrobrás, deixou claro na CPI da Câmara que Lula obrigou seus subordinados a espalhar refinarias petrolíferas pelo país a fora (Rio, São Paulo, Pernambuco, Paraná, Ceará) sem critérios técnicos e viabilidade econômica. Quem está também batendo panela é a turma que acreditou no pré-sal. Até ontem eles todos aplaudiam.

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ITAMAR INDICA E COMENTA ORLANDO SENNA

Blog Refletor TAL-Televisión América

O poeta e cineasta argentino Fernando Birri, o mestre do Nuevo Cine latino-americano, celebrou na semana passada, no dia 13, seus 90 anos de idade. Ele está em Roma, onde vive há décadas, firme e risonho como sempre, com projetos a fazer, cabeça a mil. Comemorando a data, publico em mídia aberta o prefácio que fiz para seu livro O alquimista democrático, de 2008.

BIRRI, ORTU et ORG

O alquimista democrático foi escrito durante 35 anos, gravando em papel o movimento ascendente do pensamento de Fernando Birri, refletindo a passagem por suas várias juventudes. Aqui o verbo escrever ou o verbo gravar devem ser entendidos na multiplicidade de expressões de um poeta que circula pelas letras, pela oratória, pelas artes pictóricas, pelo teatro, pela dança, pelos bonecos, pelo cinema e, agora, pelas varreduras eletrônicas, por essa incipiente revolução tecno-estética que está forjando a Oitava Arte dos sonhos materializados e das realidades virtuais.

Esse compêndio é a súmula organizada de uma reflexão contínua e fervente, elaborada com a fala, com os gestos, com as tintas, com as câmeras, com todas as conexões que seu espírito curioso e rebelde descobriu e sua habilidade de mago de circo soube dominar, manipular, transcender. São palavras, desenhos, fotos e outras manifestações onde a fusão de poesia, teoria e ideologia não são apenas uma rima, mas também uma solução: o pensamento aberto, livre de amarras, solto no vento, abundante, excessivo (Birri cita William Blake: “o caminho do excesso conduz ao palácio da sabedoria”).

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