Embora secular, desde os tempos medievais quando os poetas viajantes passavam em versos as notícias de histórias e estórias de grandes lendas, personagens, povos e acontecimentos de regiões longínquas, o cordel, originário da Península Ibérica, sempre foi um gênero moderno porque a sua essência é popular onde todos entendem suas mensagens. Do parnasiano, do impressionismo, dadaísmo, simbolismo ou expressionismo, ele é sempre único. O cordel já nasceu modernista, pena que muitos acadêmicos metidos a besta torcem a cara, e poucos colocam o tema em suas teses. O cordelista nasceu repórter-jornalista porque, de uma forma ou de outra, jocosa ou não, passa as notícias para o povo dos nossos sertões nordestinos. O cordel sempre esteve à frente das redes socais da internet. Ele está representado na exposição de mais de 20 artistas, no Memorial Regis Pacheco, que homenageia a Semana de Arte Moderna de 22, mas, infelizmente, a mídia pouco faz referência. É uma total indiferença!