:: 2/out/2014 . 22:14
AS DISTORÇÕES NO FUTEBOL BRASILEIRO
Carlos González – jornalista
A Copa do Mundo não conseguiu colocar um freio na queda de popularidade do futebol brasileiro. As novas arenas (Manaus, Brasília, Cuiabá e Natal) estão servindo de mando de campo para clubes do Rio e São Paulo, porque Flamengo, Fluminense, Corinthians e Botafogo não empolgam mais os torcedores locais. O registro de um público de 40 mil pessoas, recorde na nova Fonte Nova, no jogo Bahia x Flamengo, foi motivo de comentários da imprensa esportiva nacional.
Sem outras fontes de renda, pois até mesmo os seus jogadores de ponta estão sendo negociados para o exterior por empresários e bancos de investimentos, os clubes estão estendendo o chapéu à caridade pública, recorrendo aos torcedores mais abastados em busca de dinheiro para pagar os salários dos atletas e promovendo redução nos preços dos ingressos. A título de colaboração, a Arena Fonte Nova está vendendo duas latinhas de cerveja (a periguete) por cinco reais.
Em mais uma tentativa de empurrar o futebol para o fundo do poço, a justiça desportiva pune um clube simplesmente porque um torcedor jogou um copo plástico na pista, marcando jogos com portões fechados dos estádios, ou determinando a transferência de partidas para locais distantes.
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