:: 6/out/2014 . 23:11
CONSERVADORES, RICOS E POBRES
Em todas as eleições o que mais se houve da mídia, dos juízes e dos eleitores são as palavras “dever cívico”, “cidadania”, “exercício da cidadania” e por aí vai, que correm soltas como se apenas o ato de votar já complementa tudo como dever do cidadão. Pode até ser um dever cívico se a expressão de escolher o candidato for consciente, sem manipulação e compra do voto, direta e indiretamente. Quem se vende e é manipulado não está fazendo o “dever cívico”.
Bem, mas não é isso que proponha falar. Embora não seja especialista político, ou cientista-político como dizem por aí, os resultados das últimas eleições veem demonstrando um avanço acentuado dos evangélicos que, na grande maioria, adotam uma linha conservadora e muitos deles até de extrema-direita com o velho discurso de tradição, família e pátria, elogios às forças armadas e até apoio à ditadura militar.
Os homofóbicos declarados, contra a descriminalização das drogas e do aborto, Jair Bolsonaro, o filho dele, Marco Feliciano, sargento Isidoro, na Bahia, e muitos outros do mesmo naipe, sem falar no pastor Marcelo Crivella, candidato a governador no Rio de Janeiro, foram o mais votados no Brasil. Os partidos alinhados às correntes evangélicas tiveram votação estrondosa. Que tudo isso sirva de reflexão para que a história não repita.
Várias correntes cortam este mar eleitoral de 32 partidos onde a indiferença à política também cresce de tamanho, em detrimento dos escândalos de corrupção, malfeitos e promessas não cumpridas.
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