EM TODA A MINHA VIDA NUNCA OUVI NINGUÉM DIZER QUE SER PÁRIA É BOM. POIS É, E ISSO SAIU DA BOCA DE UM MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIORES.

No dia de ontem (dia 20/01), o capitão-presidente ficou órfão do seu guru Donald Trump com quem ele tanto se alinhava, incondicionalmente, até nas palavras quando os dois trataram a Covid-19 como uma gripe, e ainda tripudiou a China, com conotações discriminatórias.

A submissão humilhante aos Estados Unidos sempre foi declarada, o que denota uma aberrante contradição ao seu slogan “Pátria Amada” soberana do seu governo. Com a Índia seguiu o ordenamento do Trump na questão da quebra de patentes na Organização Mundial do Comércio (OMC).

Com sua diplomacia da morte, o ministro das Relações Exteriores, outro destrambelhado e aloprado no governo, chegou a dizer para formandos numa solenidade no Itamaraty que o Brasil ser chamado de pária é bom. É uma afirmativa de deixar qualquer um estarrecido. Os párias da sociedade deveriam ser condecorados.

Com todos esses relacionamentos desastrosos desde que assumiu a presidência (um acidente de percurso), o incompetente capitão só não esperava que no meio do seu caminho se encontraria com o maldito coronavírus. Como escreveu o poeta, “no meio do caminho havia uma pedra/havia uma pedra no meio do caminho.

Acontece que essa diplomacia extremista e retrógrada de isolamento está matando os brasileiros, as maiores vítimas do vírus, principalmente agora que a China dá o troco emperrando as negociações para a venda de uma matéria-prima para a fabricação da vacina CoronaVac. Do outro lado, a Índia cancela a venda de um carregamento de dois milhões de sua vacina.

O governo fala em problemas técnicos, mas, na verdade, a questão é toda política mesmo. Com um Ministério da Saúde confuso (um general comanda a pasta) e sem planejamento, depois da remessa de seis milhões de vacinas destinadas ao público que está na linha de frente no combate à Covid (muitos caras de pau furaram a fila), não se sabe quando o Brasil terá novas doses.

É uma tragédia anunciada, triste e lamentável que está ocorrendo com o nosso povo, que todos os dias chora pela perda de seus parentes, irmãos e amigos. É um rebanho que está sendo levado ao matadouro todos os dias por um governo negacionista da ciência que preferiu seguir os passos de um maluco dos Estados Unidos que também preferiu adotar a diplomacia da morte.