AS ANTIGAS IMPRESSORAS E UM MUSEU
Aos 14 anos de idade, seu Mário Macedo Soares já era um gráfico em Vitória da Conquista, isso nos anos 70, e até hoje ainda trabalha com algumas impressoras antigas, em contraste com os tempos atuais da evolução tecnológica onde tudo é produzido através de modernos equipamentos, mais ágeis e automatizados. No entanto, a eficiência das gráficas antigas é reconhecida até hoje. Ao longo dos anos, como acontece com o nosso patrimônio histórico arquitetônico, essas preciosas peças, muitas italianas, inglesas e alemãs, flagradas pelas lentes digitais, foram sendo vendidas como sucatas e depois derretidas como ferro velho para siderúrgicas. É como o desmatamento das nossas florestas. Uma pena que pouca coisa foi conservada e hoje é raro encontrar, por exemplo, uma máquina linotipo, que me faz lembrar dos anos 70 quando ingressei na profissão jornalística, primeiro como revisor e depois como repórter e editor. Com a evolução tecnológica, passamos da impressão chamada a quente (linotipos à base do chumbo) para técnica a frio.
MUSEU DA IMPRENSA
Várias vezes comentei com amigos companheiros de profissão e interessados no assunto de preservação da nossa memória, sobre a ideia de fundarmos aqui em Conquista um museu da imprensa, como forma de resgatarmos a história do jornal impresso. Lamentável que essa iniciativa não foi para frente e terminou ficando no imaginário, muito por conta da falta de recursos para adquirir esses maquinários e jornais impressos, bem como de um local adequado para instalação desse museu. Quanto mais o tempo passa, mais fica difícil concretizar esse projeto que, com certeza, seria de grande valia para a cidade, para toda região sudoeste e para a classe jornalística. Cada um de nós tem suas atividades, suas individualidades, seus interesses próprios e um projeto desse porte, que seria um legado para a posteridade, vai ficando de lado, como se não tivesse nenhuma importância. Nem o poder público se mostra interessado em apoiar a criação desse museu.