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:: 4/jul/2025 . 21:43

AO RELENTO DA VIDA E DO VENTO

No banco da praça frienta, ele, ou ela, se protege com um fino lençol. Foi assim que minhas lentes fotográficas fizeram esse flagrante, tão recorrente nas grandes cidades brasileiras. É a triste cara realista das desigualdades sociais, tão profundas, criadas pela própria sociedade, por esse sistema cruel e canibal. Ao lado, as máquinas passam cortantes e velozes, cada um no seu destino das obrigações materiais pela sobrevivência.  A praça é morna, o vento corre ligeiro entre as árvores a balançar suas folhagens e lá está aquele ser ao relento da vida.

Muitos não percebem sua presença. Não passa de mais um número entre os dos milhares de desvalidos. Essas cenas, essas constantes imagens não deveriam existir, nem nas linhas dos escritores e poetas. A imaginação me leva aos “Miseráveis”, do grande escritor revolto francês Victor Hugo. Não consigo entender como ainda tem gente que diz que bandido bom é bandido morto. Temos uma massa encefálica, amorfa, cega e inconsciente que não consegue reconhecer que foi esta sociedade hipócrita e perversa que criou o bandido e agora deseja excluí-lo, matá-lo, literalmente.

A pobreza, a miséria, a fome e todos esses que vivem ao relento da vida fomos nós mesmo os autores desse trágico cenário. Poucos se refastelam nas riquezas e muitos não passam de mortos vivos. Não temos consciência social e política. Achamos que uma simples doação de comida ou agasalho resolve tudo, quando a situação de miséria persiste e só cresce. Repetimos tudo outra vez, com aquele velho mote de solidariedade e caridade, mas deixamos de fazer o principal que é cobrar dos nossos governantes que nossos impostos sejam revertidos para acabar com essa pobreza e não dissolvidos nas corrupções e roubos.

GRUPO CULTURAL SARAU A ESTRADA DESDE 2010

Por Dal Farias

Quem teve a oportunidade de conhecer e visitar o sarau a estrada, muitos costumam chamar de sarau de Jeremias Macário e Vandilza, são privilegiados.

O sarau começou, segundo relatos dos fundadores Jeremias Macário, Manno di Souza e José Carlos D´ Almeida, como uma confraria para ouvir músicas em discos de vinil e tomar vinhos bons.

Estes 15 anos do sarau a estrada, estão em registros e na memória fértil de seu Jeremias. É assim que muitos que frequentam o sarau o trata com o devido respeito que se deve a uma pessoa sábia e influente no meio cultural.

Quando temos a oportunidade de conversar com Jeremias Macário, observamos que ele gosta de ser provocado para falar desta menina dos olhos chamada “A Estrada”, que se tornou um conceito e referência cultural quando se refere a movimento artístico e de saber.

A ambientação e o acervo literário composto por muitos livros e enciclopédias de conhecimentos variados, o artesanato de Vandilza e a coleção particular de chapéus e discos de vinil são outras marcas do renomado sarau.

Outro aspecto envolvente da ambientação do sarau é a mesa sempre farta, com petiscos e uma variedade de pratos e um aspecto peculiar que é o prato especial servido sempre no final das atividades filosóficas culturais. Essa parte ficou carinhosamente conhecida como “prato da meia noite”.

No aspecto musical, tanto temos apresentação de artistas e músicas bem tocadas de vinis, da exclusiva coleção do acervo.

Nestes longos anos do sarau, segundo relatos, já se passaram mais de 500 pessoas e personalidades do meio artístico da cidade e de fora.

O encantamento que é o sarau tem despertado a curiosidade de muita gente, inclusive foi homenageado com o troféu Glauber Rocha, concedido pela Câmara de Vereadores de Vitória da Conquista.

Quinze anos para o sarau a estrada é pouco!!

Que venham mais muitos anos de novas memórias, grandes momentos e desafios.

Vida longa para os idealizadores.

Dal Farias, suspeito para falar porque tudo no sarau me surpreende.

Em.03/07/2025.

No inverno

Sarau a estrada,ano 15

🌿🌿🌿🌻🌻🌻💫💫💫

 

SERÁ QUE EXISTE COISA PIOR NESTE BRASIL DO QUE ESTE CONGRESSO?

Há anos eles legislam para si mesmos, de costas para o povo, com suas bancadas ruralistas, evangélicas, da bala e até da máfia de traficantes, formando um “centrão” que atravanca o nosso desenvolvimento.

O discurso de seus membros da tribuna é mentiroso e demagógico quando falam que tudo fazem pelo país. Conversa fiada para boi dormir, ou para os menos esclarecidos que são milhões de brasileiros por esses rincões a fora. Nos tratam como se fossemos idiotas, otários e burros de quatro patas.

Agora se sentem ofendidos e com gastrite no estômago quando grupos se levantam nas redes sociais para criticar e protestar contra este Congresso Nacional, onde cada parlamentar custa ao contribuinte mais de 300 mil reais por mês. É um dos mais caros do mundo, Redução de custos e gastos para eles é palavrão.

Acho até engraçado e hilário esses políticos, que vivem em suas luxuosas mansões, pedir moderação aos “ataques”. Não me importa de quais movimentos partam. Por acaso, ao longo desses anos ou séculos, eles têm nos respeitado?  Pelo contrário, têm sido indecentes e zombado da nossa paciência. Falam em diálogo enquanto nos jogam pedras e flechas.

Confesso que não estou aqui defendendo nenhum governo porque eles sempre agem assim em todos, tanto de direita como de esquerda. Só querem saber do “toma lá, dá cá”. Na verdade, presidente da República neste nosso Brasil não governa com este Congresso cancro.

Na cara de pau, derrubaram o decreto do IOF – Imposto sobre Operações financeira e dizem que foi para atender o clamor popular. Isso é um cinismo ao extremo, porque a grande maioria da população nem sabe o que é isso. Não passam de enganadores sofistas de meia tigela.

O IOF, como o próprio nome já diz tudo, recai sobre aqueles de maior poder aquisitivo que fazem operações financeiras; remetem dinheiro para o exterior; investem em rendas e nas bolsas de valores, entre outras transações bancárias.

O dinheiro do trabalhador de salário mínimo nem dá para fazer a feira, quanto mais realizar operações financeiras. Alegam ainda que o aumento desse imposto encarece o custo de vida. Pode até ser, porque a elite e os ricos capitalistas burgueses, como eles, nunca quiseram ver o pobre prosperar. Eles impedem a todo custo.

Aliás, enriquecem cada vez mais a custa da pobreza, aumentando os níveis da desigualdade social. Este Congresso não tem nenhuma moral de cobrar redução de gastos de governo nenhum.

O Brasil é como uma pirâmide ou um prédio com várias coberturas. Os poderosos, especialmente o legislativo, ficam no topo. Quem sustenta todo peso para que essa pirâmide ou edifício não caia é a base, o alicerce, isto é, a classe mais pobre.

AGORA VOU CONTAR UMA

(Chico Ribeiro Neto)
Piada boa é contada. Piada escrita é meio sem graça. Nunca comprei livro ou revista de piadas. Mas hoje me arrisco a escrever algumas, que acho primorosas, junto com alguns casos verídicos.
O menino de 7 anos só falava em trepar.
A mãe resolveu levá-lo a um psicólogo, que mostrou ao garoto um caderno cuja primeira página era toda branca, e perguntou:
“O que você está vendo aqui?”
“Branco, doutor, branco é vestido de noiva, noiva é casamento, doutor, casamento tem lua de mel, trepar, doutor, trepar.
Aí o psicólogo mostrou a segunda página, que era toda azul:
“E aqui você vê o quê?”
“Azul, doutor, azul é mar, mar é praia, doutor, praia é mulher de fio dental, trepar,  doutor, trepar.
O psicólogo conversou mais um pouco e disse à mãe que trouxesse o garoto na próxima semana.
No dia da consulta, quando o psicólogo abre a porta lá está o taradinho com mais 20 meninos.
“O que é isso?”, pergunta o doutor.
“Eu trouxe meus colegas pro senhor mostrar aquele livro de putaria que me mostrou na semana passada”.
XXX
Se atentar muito para o politicamente correto, você perde a piada. Então o português estava na Avenida Sete, em Salvador, e viu um camelô vendendo naftalina em pacotinhos com 10 bolinhas.
“Para que serve isso?”
“Pra matar barata”, disse o camelô.
“Então me dê um pacotinho”.
No dia seguinte o português voltou lá no camelô e pediu 10 pacotes de naftalina. Ouviu do camelô:
“Meu senhor, eu não tenho nada com isso, o meu negócio é vender, mas pra que o senhor quer tanta naftalina se as bolinhas de um pacote já dão pra matar todas as baratas de uma casa?”
“Um pacote é pra quem tem boa pontaria”, respondeu o português.
XXX
Passo na feira de Caculé, Bahia. O feirante começa a montar a barraca e há uns repolhos bonitos sobre uma lona no chão.
“O senhor pega aquele repolho ali pra mim, pois tenho problema de joelho?”
“Vixe, danou, e eu tô ruim da coluna.”
XXX
Dizem que antes da Covid a pessoa no elevador tossia para disfarçar o peido. Hoje peida pra disfarçar a tosse.
XXX
O maluco (paciente psiquiátrico) está no pátio do hospício puxando uma lata amarrada num cordão. Passa um médico e lhe diz:
“Aí, hein, brincando com o seu cãozinho”.
“Cãozinho o quê, doutor? O senhor não está vendo que isso é uma lata de goiabada vazia amarrada a um barbante?”
O médico pede desculpa e, depois que se afasta, o maluco coloca a lata no colo, dá três tapinhas carinhosos e diz:
“Aí, hein Totó, enganamos mais um”.
XXX
Estou na praia do Porto da Barra e preciso saber as horas. Passa um cara com um colete cervical, de relógio, e pergunto:
“Por favor  você pode me dizer que horas são?”
“Foi acidente”.
XXX
Minha neta Gabriela, 6 anos, pergunta a Mateus:
“Meu pai, será que um dia a gente vai morar em outro planeta?
XXX
A caminhonete do circo percorre a cidade avisando que procura novas atrações:
“Se você sabe fazer algo diferente, apareça amanhã em nosso picadeiro para fazer um teste”.
A fila estava grande. O dono do circo começou a chamar os candidatos:
“O senhor sabe fazer o quê?”
“Sou trapezista”.
“Pode ir embora. Já temos trapezista demais. O próximo…”
“Eu sou palhaço”.
“Estamos cheios de palhaços. Queremos novas atrações que emocionem o público, que façam o espectador vibrar. Vá embora. Próximo…”
“Eu sei imitar passarinho”, disse um rapaz magrinho e muito tímido”.
“Ô, seu idiota, você acha que o público é idiota, que vai pagar pra ver um idiota como você imitar passarinho, piu-piu, piu-piu? Suma daqui!”
Decepcionado, o rapaz voou e sumiu por um buraco que havia no alto da lona.
(Veja crônicas anteriores em leiamaisba.com.br)

 

PERDIDO NA NOITE

De autoria do jornalista e escritor Jeremias Macário

Fiquei numa noite solitário,

Depois que todos se foram;

Me senti um ser perdido,

De gosto amargo ardido,

Sem querer ver o dia clarear,

Só vontade de chorar.

 

Nem mais sabia quem sou;

Adormeci naquela mesa de bar,

E o garçom depois me acordou,

Com a conta para pagar.

 

Sai tropeçando por aí,

Em minha frente só o mar;

Meus pensamentos,

O vento levou pelo ar,

Foi então que vi

Aquela morena a me acenar.

Nem achei que fosse para mim

Naquela angústia sem fim.

 

Um carro veloz, como algoz,

Como um perdido na noite,

Me pegou na contramão,

E me levaram para o hospital,

Sem mais mente e coração.

 

Entrei em coma por dez anos,

Intubado cheio de canos,

E quando acordei

Sem início, fim e meio,

No Brasil estava tudo igual,

A corrupção era geral.

 

Não senti mais bater o amor;

Havia passado toda dor,

Andei a vagar, perdido na noite,

De dia, o sol batia nas vitrines,

Preferia viver nas esquinas, sem cor

Do que lembrar,

Daquela noite de terror.

 

 





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