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:: 12/maio/2025 . 23:52

ASSISTENCIALISMO “ENXUGA GELO”

Dia desse ouvi a entrevista de uma mulher rebatendo a crítica de que o assistencialismo praticado no Brasil através das doações de cestas básicas, bolsas famílias e outros programas semelhantes, não é uma ação de “enxuga gelo”, como muitos têm avaliado. Em sua concepção, dignifica e muda o ser humano.

Que me perdoem aqueles que concordam com a senhora, mas esse tipo de “caridade”, que já é secular no Brasil, sem priorizar acima de tudo a educação, só alimenta o comodismo, a alienação e não faz a pessoa mudar de nível econômico e social. Não basta somente matar a fome e encher a barriga se o beneficiário permanece na mesma pobreza e não progride.

De um modo geral, os cidadãos que dependem da ajuda assistencialista dos governantes não são incentivados e estimulados a saírem daquela dependência, e essa política eleitoreira não oferece outros meios para a família viver por sua própria conta, o que seria sim, dar dignidade humana.

Por outro lado, a grande maioria, por ignorância e falta de educação, termina se anulando e acha que sua vida não tem mais perspectiva de crescimento. Outros se servem das doações como se fossem drogas por saberem que sempre terão suas dosagens certas, resolvendo viver assim.

Esses programas sociais do governo, inclusive de cotas, sempre foram vistos como de linha progressista de esquerda, e quem não concorda com isso, é duramente criticado como direitista. O maior paradoxo nisso tudo é que políticos de direita também passaram a adotar esse esquema em seus governos e, nem por isso, são considerados como esquerdistas.

Vou apenas citar um exemplo que ocorre em Vitória da Conquista onde a prefeita Sheila Lemos, filiada a um partido de direita, o União Brasil, tem o assistencialismo como uma de suas prioridades de governo, seguindo o caminho da sua mãe quando foi vereadora e vice-prefeita.

Existe em Conquista um abrigo com capacidade para 30 pessoas entre mulheres e homens, que acolhe moradores de rua e andarilhos de passagem pela cidade. Além da dormida, oferece café da manhã, jantar e lanche à noite. Existe uma regra onde a pessoa pode utilizar o local por 30 dias e mais outro período igual após 30 dias fora.

Uma boa parte desses abrigados recebe o dinheiro do Bolsa Família do governo federal e gasta todo em bebidas, jogos e até em festas. Tem gente (não são todos) que pega até empréstimo consignado para esses gastos, inclusive para comprar drogas.

Pelo acolhimento que têm, muitos chegam a dizer que o abrigo de Conquista é o melhor do Brasil. Além desse estabelecimento, existe outro que serve almoço e outros serviços ao desabrigado, sem contar a Casa do Andarilho que recebe recursos administrativos do poder público.

Nem chame uma pessoa dessa para trabalhar que ela não aceita. Esse tipo de política assistencialista – a não ser que tenha outro nome – dignifica e muda o ser humano? Esse pessoal que chega aqui roda o Brasil todo e muitos reaparecem tempos depois na mesma situação de pobreza e miséria.

Não dá para entender essa política (são gastos milhões e até bilhões de reais por ano) quando a educação e a saúde vivem com um cobertor curto e limitado para dar mais aprendizado e atendimento médico. Nem é preciso falar da situação precária das unidades de saúde e das escolas, não somente em Vitória da Conquista, porque todos conhecem muito bem.

 





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