NOSSO SÍMBOLO NORDESTINO
Na chamada “Suíça Baiana” (só pode ser um deboche) que está no sertão nordestino em pleno Planalto da Conquista, o nosso imponente mandacaru, símbolo resistente da nossa região, contrasta com a paisagem da cidade entre árvores exuberantes. Faça frio ou faça calor, lá está ele, todo esbelto. Está plantado em minha rua e todas as vezes que passo por ele, orgulho da minha terra catingueira onde nasci, faço questão de saudá-lo e pedir a sua benção para que me torne mais forte. Sigo em frente imaginando que tem gente em Vitória da Conquista que não se considera nordestino e se porta como se fosse um sulista, mineiro ou europeu, ao ponto de colocar o nome de Caminho de Santiago da Serra do Periperi a uma trilha que nem chega a cortar a serra. Mas, deixa isso para lá. Cada um com seu imaginário de grandeza. Quero mesmo é homenagear meu predileto mandacaru a quem tantos cliques disparei com minha máquina fotográfica como repórter redacional ao lado do meu companheiro fotógrafo José Silva, o “Zé das Lentes” por este sudeste baiano a fora, fazendo nossas coberturas jornalísticas. Dizem que ele não dá sombra. Não é verdade. Com sua coragem de verde fincado na árida terra no meio da sequidão, ele sombreia nossos sertanejos de fé e esperança. Dura pouco tempo, mas sua flor é única e bonita de se ver. Se você for cantar o Nordeste em verso e poesia, ele tem que ser citado, senão a canção fica sem sentido e não sai bem na fita a melodia.