O Nando do Cordel, menos mal, mas é um grande músico da MPB e compositor para outras ocasiões, como festas natalinas. Pior foi colocar Amado Batista para se apresentar no São João de Vitória da Conquista e, em alguns lugares, trocaram o forró autêntico do Gonzagão pelo lixo do Safadão, com sofrências e outros ritmos misturados. Tudo porcaria. Agora mesmo, na festa do São Pedro, o “Ita/Pedro”, de Itabuna, a prefeitura está anunciando, descaradamente, para o público, shows de pagode e sertanejo. Nas redes sociais, acompanhei muitas mensagens e vídeos de protesto contra o que as prefeituras estão fazendo com o nosso tradicional São João nordestino, destruindo a nossa cultura, para ganhar audiência com esses cantores de massa alienada. Os promotores das nossas festas juninas dizem que é disso que o povo gosta e aí injetam mais veneno, ao invés de contribuir para estimular e manter nossa tradição do forrobodó. Ouvi um vídeo clamando que acabaram com o São João de Caruaru, Arco Verde (Pernambuco) e Sergipe. Ainda se salva o de Campina Grande, na Paraíba. É verdade que teve bandas de forró pé de serra, mas, a maioria da terra que tocou nos palcos pequenos nos intervalos dos artistas contratados a peso de ouro, sem falar nos superfaturamentos e nos subornos por debaixo do pano. O Ministério Público e outros órgãos que controlam esse setor precisam acabar com essa pouca vergonha, principalmente em anos de eleições quando os prefeitos que mais “choram” falta de recursos para educação e a saúde, gastam os “tubos”. Nessa época aparece a bufunda, a grana.