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:: 18/ago/2017 . 0:16

ASSIM SÃO “OS DEUSES” INTOCÁVEIS

“Quem não pode atacar o argumento ataca o argumentador” – Paul Valéry

Existe maior ironia, contradição e paradoxo do que um deputado, senador ou magistrado da República maltratada criticar o Executivo e cobrar dele corte de gastos públicos para reduzir o déficit fiscal do país? Não existe mais vergonha. Está rindo do quê, aí?  Cá, estou deprimido.

Mesmo contra toda ira do povo, esses “deuses” intocáveis continuam mantendo suas benesses e mordomias e fazendo reformas políticas capengas, arrancando mais de quatro bilhões de reais da nação para financiar suas campanhas.

Confesso que não me apetece mais falar deste assunto porque me dá náuseas, mas a revolta é maior e supera a escolha. Entre os povos antigos da Mesopotâmia (Assírios e Babilônios), Celtas, Cartagena, Maias e outros, quando as coisas não iam bem, a colheita era fraca e sofriam derrotas nas guerras, os sumos sacerdotes sacrificavam animais e seres humanos nos templos para aplacar a ira dos seus deuses. Eram rituais macabros.

Mesmo com realidades e tempos totalmente diferentes, aqui no Brasil o povo continua sendo convocado aos altares dos sacrifícios para derramar seu sangue como se tivesse praticado alguma heresia ou pecado contra os “deuses”, barões, coronéis e reis governantes que regem os destinos do país.

Dos seus olimpos dos prazeres e das orgias eles mandam raios e tempestades, mas a população está irada e não suporta mais tantas imolações de inocentes. Este jogo pode virar e os “deuses” serem eliminados e esquecidos para sempre.

Como se fossem “deuses” intocáveis, o Congresso Nacional, Judiciário e outras classes privilegiadas, como os militares, sempre ficam fora dos cortes de despesas públicas. Eles esbanjam, e os súditos cobrem os rombos com suas próprias vidas.

O Executivo não toca nesta casta porque dela é refém para o “toma lá dá cá” bem escancarado. O mercado financeiro, as grandes fortunas e os supersalários são outros “deuses” intocáveis a quem o povo faz sacrifícios de morte.

Esses deuses deviam, pelo menos, se calar para não provocar mais raiva. Agora mesmo, o mordomo-chefe e sua cúpula, depois de saírem por aí distribuindo emendas parlamentares, num montante de oito bilhões de reais, e cargos para pagar votos em suas defesas, impõem severos cortes aos empregados do seu poder, deixando, como sempre, o Legislativo e o Judiciário de fora. Estão sendo negados os serviços necessários e mais urgentes, como nas áreas da saúde, educação e segurança.

Das medidas insignificantes para cobrir o rombo nos cofres públicos de cerca de 160 bilhões de reais, nenhuma atinge os “deuses” intocáveis. O negócio é ir empurrando com a barriga e todo corpo para o próximo aventureiro que vier. O futuro será ainda mais ingrato e tenebroso. Quem viver verá a bagaceira!

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