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:: 24/ago/2017 . 0:13

“E A BÍBLIA TINHA RAZÃO”

Pela metade do século XIX e início do século XX, principalmente, arqueólogos, pesquisadores e historiadores franceses, alemães, norte-americanos e ingleses realizaram com maior intensidade escavações nas regiões da Mesopotâmia (Fértil Crescente dos rios Tigre e Eufrates), na Terra Santa (Israel e Palestina), junto ao Nilo, no Egito, nas margens do Mar Morto e do Mediterrâneo, e até na Síria, que depois vieram comprovar lugares, fatos e acontecimentos citados pela Bíblia, o Livro dos Livros, hoje traduzido por cerca de 1.200 línguas.

Mais tarde, reunindo todos estes achados e descobertas científicas, o historiador Werner Keller, num árduo trabalho de estudo, publicou, em 1955, a primeira edição de “E A Bíblia Tinha Razão”, revisada em 1978 por Joachim Rehork. Em março de 1981 saiu a 11ª edição com quase 400 páginas, repletas de ilustrações, fotos e mapas dessas antigas civilizações e dos grandes patriarcas, desde Abraão.

Li a obra sem pressa, mesmo porque é um assunto que muito me interessa e me deixa fascinado. Diante de todas as ocorrências ao longo dos séculos, o autor procura defender sua teoria de que a Bíblia tinha mesmo razão, apesar de deixar muitas dúvidas pelo caminho. Senti muito forte o cheiro da fé religiosa em suas convicções.

Porém, na minha leitura, o “Livro dos Livros” se apropriou de muitas lendas, mitologias de deidades sumérias e babilônicas, de fenômenos da natureza e fatos reais contados por aquelas tribos primitivas, para transformá-los em milagres de Deus e assim reforçar e fortalecer sua existência de uma divindade única perante o povo hebreu de Moisés que “caminhava perdido” pelo deserto.

Alguns povos antigos, como os babilônios, adotavam um deus supremo (Marduck) que comandava todos os outros. No cristianismo e no judaísmo, especialmente, existe um só Deus, mas na evolução do catolicismo foram criados outros deuses, os santos diversos, aos quais os fiéis recorrem quando deles necessitam para ampará-los nos momentos difíceis.

Cochonilhas com excreções de maná

Formações vítreas claras num galho de tamargueira, carregado de cochonilhas. São galhos de maná (mannit)

O dilúvio narrado pela mitologia suméria há 4.000 anos a.C. que inundou a Mesopotâmia, pelas indicações científicas, foi a passagem de tufões, ou furacões pela região com tempestades e chuvas torrenciais nunca vistos. A história é citada no livro de Federico Arborio Mella em “Dos Sumérios a Babel” através das 12 tabuinhas cuneiformes durante a epopeia do rei Guilgamech, da cidade de Uruk.

Diz a mitologia que Enqui, o deus do Abismo, convidou Utnapichtim a construir uma embarcação capaz de carregar a semente da vida de cada espécie. “Construa rápido o barco e leve-o no mar de águas doces, carregando-o com o que for necessário”. Depois da tormenta de doze horas duplas, vi despontar no horizonte uma ilha. Minha nau ficou encalhada sobre o monte Nissir durante seis dias. No sétimo, tomei uma pomba e deixei-a partir… – conta Utnapichtim que, como sobrevivente, ganhou a imortalidade.

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