setembro 2017
D S T Q Q S S
 12
3456789
10111213141516
17181920212223
24252627282930

:: set/2017

ESTAMOS NA ZONA DO PERIGO

O Brasil é um país doente com fraturas expostas e hemorragia interna. Esta corja de políticos ladrões está colocando a nação em perigo, abrindo espaço para os generais imporem uma intervenção militar. Agora o Lula e o Temer estão juntos em defesa do Aécio Neves e contra a cautelar do Supremo Tribunal Federal que determinou o afastamento do senador de suas funções e o seu recolhimento domiciliar à noite.

Há dois ou três anos que o Congresso Nacional vem colocando o país a pique, empurrando toda a sociedade a optar por uma saída de trevas que podem se prolongar por anos. O cenário é cada vez mais perturbador diante das leviandades e vigarices dos partidos, ao ponto de nos levar a crer que as eleições de 2018 não vão mais resolver o imbróglio montado.

Somado a outros desatinos e indiferenças aos clamores da população, agora mesmo o Senado dá um péssimo exemplo como não cumprir uma ordem judicial de uma corte superior, que também está dividida e tem ministro que se posiciona mais como político-partidário do que como um juiz.

Verdadeiramente, como se diz no popular, estamos num mato sem cachorro onde o cidadão virou caçada de animais ferozes, sem abrigo, sem água e sem comida. No desespero, qualquer um se torna o salvador que promete eliminar os inimigos que até há pouco tempo eram considerados como amigos e defensores do Brasil.

Os inocentes úteis acreditam que uma intervenção dos generais vai por ordem na casa e tão logo vão convocar eleições diretas. O povo que não conhece sua própria história está inclinado a repetir os mesmos erros do passado. A ignorância é tamanha que os nossos jovens não acreditam no que aconteceu na ditadura civil-militar de 1964.

Os homens das cavernas e dos quartéis nos ensinam que o mal foi necessário e dão outras versões históricas para os fatos. Quando se está perdido, a tendência é acreditar em qualquer socorro que vier, mesmo que depois seja uma tremenda roubada.

De um ligeiro avanço social e no campo das ideias, mesmo com falsidades e falcatruas depois descobertas, a corja que há anos suga o sangue da nação e era aliada de um grupo que prometeu prosperidade, igualdade, justiça e honestidade, agora leva os incautos e insensatos a defenderem a bandeira do retrocesso. Assim caminha o Brasil em descompasso com outras nações que escolheram a trilha das mudanças.

Os vigaristas aparecem na tela falando, com a maior desfaçatez, de que “queremos um Brasil melhor”, enquanto mentem descaradamente e se apressam em colocar mais um remendo na velha calça esfarrapada do sistema político eleitoral.

São tão cínicos que tentam recuperar o total descrédito nos partidos com uma simples mudança do “P” para outros nomes pomposos e sugestivos, como se o marketing fosse apagar toda sujeira e podridão. Não passam de trapaceiros, fascistas e facínoras da pior espécie.

Eles acham que todos brasileiros são burros e idiotas, se bem que, lamentavelmente, a maioria é porque a ela se negou a educação e a cultura por séculos e séculos. A grande massa inculta pouco entende de suas assassinas armações.

Não contentes com as mudanças de nomes dos partidos, para minimizar suas indecências praticadas na política, agora estão colocando as mulheres, às quais sempre negaram espaço, na linha de frente para falar no maldito horário eleitoral pago pelo povo.

Os donos patriarcais, oligarcas, burgueses e machistas dos partidos passaram a ser agora defensores incontestes das mulheres, e o pior de tudo isso é que a maioria delas está entrando nessa conversa fiada e hipócrita. A maioria segue fielmente a orientação dos seus donos. A eles estão se igualando, aplaudindo e cometendo os mesmos erros deles, com suas ideologias mórbidas e arcaicas.

A ARTE DA “BORRA DE CAFÉ”

Com aproveitamento dos “coadores” (de pano) ou os chamados hoje de filtros de café (papel), uma alternativa também de reciclagem de materiais usados no dia a dia da cozinha baiana e brasileira, nasce em Vitória da Conquista, no bairro Jardim Guanabara, a arte da “Borra de Café” pela professora Vandilza Silva Gonçalves que há uns três ou quatro anos vem lidando com esta técnica.

A primeira etapa é juntar bastantes “coadores” e depois secá-los e limpá-los com cuidado. Com toda paciência e cuidado com o manuseio, Vandilza apara as pontas dos filtros que ficam prontos para o processo de colagem. Tudo parece muito simples, mas não é tanto assim quando o objeto artístico fica pronto para ser visto e apreciado por sua beleza encantadora.

O formato dos desenhos, com características indígenas e de outros povos do passado, transmite um colorido especial mágico impossível de alguém, à primeira vista, detectar o material utilizado em sua confecção. A arte também tem sido uma forma de contribuir com o meio ambiente reduzindo a quantidade de lixo jogado na natureza.

Depois de muito trabalho e dedicação de Vandilza, sua arte agora se tornou realidade e está impressa e visível nas paredes da frente e laterais do Espaço Cultural A Estrada, em garrafas e garrafões, pequenas poltronas, jarros, quadros, numa grande torre artesanal e até num baú de madeira.

Tudo começou com colagens em garrafas, mas o trabalho nas horas vagas, feito como uma terapia espiritual, se agigantou e passou para outros objetos maiores no Espaço Cultural onde também realizamos nosso Sarau entre amigos artistas há sete anos.

No início, o maior problema era encontrar a matéria-prima suficiente, no caso os filtros de café, mas aí entrou em ação dona Socorro, esposa do professor Itamar Aguiar, que se prontificou a fornecer os “coadores” da sua própria casa, isto depois de degustarmos um delicioso café feito por ela. O próprio Itamar foi quem deu nome à arte da “Borra de Café”.

De acordo com Vandilza, a questão não está só na colagem dos filtros, mas no acabamento final da obra com desenhos retangulares em formatos variados e a pintura em cores diversas que imprimem um realce diferenciado e dão outra vida à peça, seja de barro, madeira, vidro ou em paredes.

GENERAIS DEFENDEM INTERVENÇÃO

Na semana passada a chamada grande mídia (a maior parte tendenciosa) não deu praticamente nenhuma importância para o pronunciamento de um general do exército, de nome Mourão (lembra o golpista Olímpio Mourão de 1964), que defendeu uma intervenção militar no país para colocar “ordem” no caos político existente.

O comandante do exército, Vilas Boas, praticamente o apoiou, citando artigo da Constituição onde reza que, em caso de desordem, as forças armadas podem intervir para restaurar a ordem institucional. Na mesma fala, descartou punição contra o general que se insubordinou quando fez comentários estritamente políticos.

Outro colega em tom irado entrou em defesa do Mourão, criticando os parlamentares que condenaram o pronunciamento de intervenção militar. Afirmou que os políticos atuais, principalmente os envolvidos em corrupções e outras falcatruas, não têm nenhuma moral para condenar o militar.

O mais lamentável e pior de tudo isso é que o general defensor tem razão quanto a falta de moral deste Congresso Nacional que aí está. Pelo menos serve como reflexão de que a população brasileira está perdida e desamparada, num mato sem cachorro e sem um governante forte que nos represente. É triste chegar a esta constatação e ter que se redimir.

Aliás, não deveria ser o comandante que isenta ou não o seu insubordinado que foi de encontro às normas da corporação, mas sim, o presidente da República, como comandante maior das forças armadas, que tem esse poder de punir ou não um oficial. No entanto, ele também está sem moral e respeito com uma impopularidade de 80%.

Além da quebra de hierarquia, fica bem claro como o nosso país está acéfalo, sem um comando maior, à beira do precipício. Por aí se percebe o perigo que estamos correndo de viver outro tempo de aflição, agonia e terror.

Ainda sobre intervenção militar, o general Vilas Boas, num programa de televisão, apontou que já vem ocorrendo no caso das forças nacionais em diversos estados, a exemplo agora no Rio de Janeiro. O que está acontecendo no Brasil, especialmente no que concerne à violência urbana, é consequência dos desmandos, roubos e sujeiras dos governantes que deixaram a educação e as áreas sociais em completo abandono. Agora, deu no que deu.

Na verdade, não nos referimos a este tipo de intervenção militar contra a violência da bandidagem (monstro criado pelos próprios governantes), mas de intervenção política no país, com mudança de regime, onde será cerceada a liberdade e outros tipos de expressão do nosso povo.

As pessoas da nossa geração já viram este filme passar há 53 anos e sabem o que aconteceu nos porões da ditadura civil-militar. Hoje, os nossos jovens não acreditam que tudo aquilo aconteceu. Nos causa pena e preocupação com tamanha ignorância.

Tudo começa assim com um pronunciamento desse tipo, onde a mídia e os segmentos da sociedade não dão nenhuma importância para o caso, e aí a proposta vai crescendo porque o ambiente de hoje propicia.

Militar sempre será militar e não existe essa de militar com cabeça moderada ou progressista do tipo cara de civil. Precisamos estar em alerta, porque tem uns malucos civis imbecis por aí defendendo o mesmo do general Mourão.

“UMA CONQUISTA CASSADA” FICA BEM MAIS FÁCIL DE SE ADQUIRIR

Para quem ainda não leu a obra do jornalista e escritor, Jeremias Macário, “Uma Conquista Cassada-Cerco e Fuzil na Cidade do Frio”, que pode ser encontrada na livraria Nobel e nas principais bancas de revistas da cidade de Vitória da Conquista, tem agora a oportunidade de adquirir o livro por um preço promocional de R$30,00 até o final do ano.

O trabalho resgata a história da ditadura civil-militar (1964-1985) em Vitória da Conquista dentro do contexto nacional e baiano sobre o regime, destacando as cenas de prisões, as guerrilhas e os atos de resistência, torturas, horrores, mortes e desaparecidos políticos, todos vítimas da brutalidade de uma época que não pode mais acontecer em nosso país, como bem relata o livro: “Brasil Nunca Mais”.

A publicação de 460 páginas, com fotos e ilustrações, lançada há três anos pela editora da Assembleia Legislativa da Bahia, (apoio cultural do deputado Jean Fabrício) demandou cinco anos de estudos, pesquisas e investigações realizados pelo jornalista Macário, que também escreveu “Terra Rasgada”, “A Imprensa e o Coronelismo no Sertão do Sudoeste” e apresentará em breve “Andanças” – contos, causos, prosas e versos.

De acordo com pessoas que já leram “Uma Conquista Cassada”, o livro é  de fundamental importância histórica para jovens estudantes, professores, interessados e estudiosos do assunto, para que tomem consciência dos fatos que ocorreram no período tenebroso onde a democracia e a liberdade de expressão foram substituídas pela censura e pela repressão militar. É uma leitura que pode esclarecer melhor as mentes de quem pede hoje uma intervenção militar no país.

Monumento lembra vítimas da ditadura na Bahia e está localizado na Praça Tancredo Neves, em Vitória da Conquista.

 

OLYMPUS DIGITAL CAMERA

Trata-se de uma obra que exigiu do autor cinco anos de pesquisas feitas através de leituras, entrevistas diversas com personagens vítimas da ditadura que testemunharam os acontecimentos, estudos em bibliotecas e arquivos públicos e documentos antigos.

Conheça de perto como se deu a ditadura em Vitória da Conquista com relatos inéditos que nenhum outro livro já contou, como os fatos que desencadearam a cassação e a prisão do prefeito da época, José Pedral Sampaio e a primeira morte no Brasil de um prisioneiro política numa cadeia pública sobre a responsabilidade do Estado e das forças armadas.

Na verdade, “Uma Conquista Cassada” são seis livros em um que também faz tributo à década de 60 quando o novo tempo tomou o lugar do velho com novas ideias que revolucionaram o mundo.

Além da livraria Nobel, na Avenida Otávio Santos e no Shopping Conquista Sul, na Banca Central (Praça Barão do Rio Branco) e na Banca Conquista (Avenida Olívia Flores-Rondelli), o livro pode também ser adquirido, se preferir, através do próprio autor pelo telefone (77) 98818-2902 ou macariojeremias@yahoo.com.br, ao baixo custo de R$30,00.

 

VIDA BOA MESMO É DE CACHORRO

“Não se deixem enganar pelos cabelos brancos, pois os canalhas também envelhecem” – Rui Barbosa.

Tem aquele humano cachorro, fiel e amigo do dono; tem o cachorro desumano traiçoeiro e feroz que rouba até alimento das escolas das pobres crianças e remédios nos hospitais; tem o abandonado nas ruas e favelas passando fome e sede como muitos humanos; e tem o cachorro de luxo que vive paparicado, numa mordomia sem igual, de fazer inveja à maioria dos brasileiros que passam privações. Na outra encarnação, se é que existe, confesso que quero ser o de luxo.

Cachorro agora não é mais cachorro, como antigamente, é um filho e melhor que o humano. Não azucrina a cabeça dos pais. Para os afortunados, o pet shop faz parte da família. Humano pode comer transgênico, mas cachorro não. Agora são rações especiais grain-free (livres de grãos). Para algumas raças, o alimento tem que ser vitaminado para a pelugem. Para eles, os cachorros, roupas de festa, pastas de dente com sabor, casinha no formato de Casa Branca dos Estados Unidos, sapatos para não queimar as patas e tapete gelado para se refrescar.

Nos tempos atuais de tantas inversões de valores, onde o homem está mais preocupado em salvar as baleias e as tartarugas do que o planeta e a si mesmo do monstro da indiferença e do apego ao consumismo supérfluo, onde criaram uma série de mimos e confortos para cães e gatos com tratamento vip, o baiano Valdick Soriano, na maior das suas fossas, não cantaria: Eu não sou cachorro não, pra viver tão humilhado e desprezado. Cantaria: Eu quero ser um cachorro pra viver tão bem cuidado.

É sério! Não é conversa fiada não! Já observou a linha de produtos entre roupas, sapatos, brincos, sabonetes, cosméticos em geral, remédios caros, comidas, vitaminas, brinquedos, doces e bibelôs criados pela indústria capitalista para satisfazer os cachorros de ricos e madamas que vivem em seus apartamentos e mansões? Não existe crise para o setor de pets shops. O faturamento das empresas só faz crescer porque a cada dia inventam um novo produto para os privilegiados, tipo Classe A.

:: LEIA MAIS »

,SUJOS COMO OS BANHEIROS PÚBLICOS

As agências bancárias deveriam ser obrigadas por lei a disponibilizarem luvas e máscaras aos seus clientes que utilizam os caixas eletrônicos porque são tão sujos quanto os banheiros públicos – segundo estudos feitos pela empresa britânica BioCote. Na Rodoviária de Vitória da Conquista, no entanto, os sanitários são mais limpos que os caixas ao lado.

Existe até uma proposta de lei de um vereador de São Paulo para que as instituições financeiras coloquem álcool em gel nas áreas dos caixas. Segundo os mais entendidos no assunto, a higienização com álcool em gel pode eliminar 99% dos germes. E como controlar a circulação das notas fora dos caixas?

Enquanto nada disso aconteça, quem vai deixar de ir aos caixas eletrônicos tirar sua grana para o sustento? Ninguém, é claro, porque dinheiro é dinheiro e, infelizmente, não se vive sem o deus do capitalismo, que tem  provocado tantas desgraças e criado monstros da corrupção.

Gedel, por exemplo, não importa com isso e nem está aí, ou devia usar máscaras, e luvas especiais para visitar suas queridas espécies nas malas. Coitadinhas delas, presas e solitárias naquele apartamento, sem tomar sol! Agora, o ex-dono deve estar com muita saudade delas, vendo o sol nascer quadrado. E os que entopem os bolsos, sacolas e cuecas! Nem estão aí para doenças! Eles querem é mais!

:: LEIA MAIS »

“E A BÍBLIA TINHA RAZÃO” (FINAL)

(A INVASÃO ROMANA, O NASCIMENTO DE CRISTO E A DESTRUIÇÃO DE JERUSALÉM)

Em 1947 os beduínos do deserto encontraram rolos de pergaminhos e papiros na costa norte do Mar Morto. Através deste material foi traduzido o primeiro texto hebraico do Livro de Isaias (100 a.C). Assinala Werner Keller, que o Codex Vaticanus e o Codex Sinacticus, do século IV d.C. são as redações bíblicas mais antigas. O Codex Petropolitanus foi escrito em hebraico primitivo em 916 d.C. Diz o autor que esses manuscritos pouco revelaram sobre a vida e a obra de João Batista (o nobre) e de Jesus.

De volta à nossa narrativa histórica anterior contada por Keller, Israel viveu um período de tranquilidade, mas por pouco tempo, pois os romanos, através de Pompeu e suas legiões entraram em Jerusalém em 63 a. C., e Judá tornou-se província dos novos donos. Na época, o grego, com suas cidades na Jordânia (Decápolis), tornou-se língua mais falada na região.

Em 44 a.C. César foi assassinado, ano em que surgiu um planeta no céu, mesma coisa aconteceu depois do suicídio de Nero, em 66 d.C. Bem antes disso, porém, no ano 40 a.C. Herodes, o tirano e cruel, foi nomeado rei da Judeia. Ele praticou muitas atrocidades e veio a morrer por volta do ano 4 a.C. Herodes se achava um messias e ficou muito atordoado e mais sanguinário ainda quando ouviu boatos do nascimento de um rei que decretaria o fim do império romano.

O historiador judeu Flávio Josefo que viveu na época narra todos os acontecimentos, inclusive a destruição total de Jerusalém, em 70 d. C. Como não existe até hoje uma data precisa sobre o nascimento de Cristo, os achados dão conta de que o messias tenha vindo ao mundo entre 6 ou 7 a.C., em meio a uma perseguição feroz de Herodes aos recém-nascidos.

Baseado em fontes históricas, o escritor Houston Chamberlain chegou a divulgar (sua interpretação foi rejeitada) que o pai de Jesus teria sido um ariano guerreiro das legiões romanas chamado de Panthera. Miriam, sua mãe, teria sido repudiada pelo marido carpinteiro. Não foram encontradas provas da fuga de Maria, Jesus (mais citado como Nizireu que nazareno) e José para o Egito.

O certo mesmo é que Cristo veio em meio ao um turbilhão político e social, de desconfianças de todos os lados, rebeliões e animosidade entre as diversas tribos. O povo estava em polvorosa com a invasão dos romanos e as arbitrariedades de Herodes que governava a Judéia.

:: LEIA MAIS »

UMA NAÇÃO ROUBADA E HUMILHADA!

Prometi a mim mesmo não mais tecer comentários sobre esta bandalheira de nome política, nem falar desses cafajestes e canalhas que nos despiram e vergastaram seus chicotes em nossos corpos até deixar nossas carnes penduradas em retalhos. No entanto, a indignação falou mais alto e, no meu refúgio de angústia e revolta, diante de tanta humilhação, resolvi dar o meu soco e lançar minha cusparada, enquanto ainda tiver forças para tanto.

As malas, as sacolas e os bolsos abarrotados de propinas no país das olimpíadas do roubo e da face monstruosa do fascismo que está entregando nosso patrimônio público, inclusive nossa Amazônia, para os rentistas e financistas nacionais e estrangeiros, fizeram com que eu revisse o propósito de não mais tratar desta sujeira que tanto nos enoja e deprime. De tanto apanhar, ser torturado, ser dividido por falsos profetas e ser ignorado sem instrução, o nosso povo perdeu o ânimo de reagir e preferiu, lamentavelmente, se calar.

As paradas gays, os movimentos evangélicos e comemorações em louvor ao samba arrastam para as ruas cerca de um milhão de pessoas e faz barulhos, mas diante de tanto caos e desmandos o que se vê é silêncio e a omissão na hora de protestar contra os usurpadores dos nossos direitos e os que atentam contra a democracia. Nas redes sociais fazem mensagens fajutas e riem em relação aos fatos absurdos, quando o momento deveria ser de seriedade e lamento. Muitos desses autores até, então, apoiavam esses personagens detentores das espetaculares corrupções.

No país que não se fez nação e permanece dependente desde a dita independência do 7 de setembro (nada a comemorar), o povo continua emparedado pelo legislativo repugnante do Congresso Nacional, pelo executivo e pelo judiciário patrimonialista e corporativista. A esta altura, ainda existem categorias isoladas e individualistas que falam de empoderamento, talvez pelo modismo de acharem o termo muito bonito.

Como disse o jornalista Mino Carta, vivemos num Estado medieval e insignificante, colônia exportadora de matérias-primas e terra vendida, na superfície e no subsolo, a preço de liquidação. Só me estarrece e me decepciona quando ele mesmo chama o PT de clube recreativo dispensável como os demais e, ao mesmo tempo, coloca o Lula na galeria de autêntico líder nacional, ao lado de Getúlio Vargas. Só pode ter interesses financistas particulares.

Se os poderes da República foram entregues aos capi, concordo com quem defende que a saída é a revolta popular, no sentido de exigir a instalação de uma autêntica Assembleia Constituinte e não congressista, para banir de vez esta corja que humilhou interna e externamente a nação e a colocou de joelhos. Engana-se quem pensa e imagina que as eleições diretas de 2018 vão tornar o país palatável, restabelecer a ordem e nos devolver a autoestima, a moral e a ética. Nem a Operação Lava Jato vai fazer isso.

Diante de tantas safadezas e trapalhadas, não sei o que mais nos constrange, se as pessoas que apoiaram o afastamento de Dilma, as que se arrastam como serpentes venenosas ao lado de Lula, as que defendem a turma do Mordomo de Drácula, as malas cheias de dinheiro, a corrida olímpica do roubo entre Maluf, Cabral, Gedel e o imperador do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), Carlos Arthur Nuzman, o Congresso Nacional sem moral e que não nos representa mais, ou apiedamos de nós mesmo por sermos cumplices dos crimes praticados contra nosso próprio país.
:: LEIA MAIS »

“E A BÍBLIA TINHA RAZÃO” (IV)

Nos últimos capítulos de “e a Bíblia tinha razão”, Werner Keller fala da volta voluntária dos judeus da Babilônia no reinado de Ciro; de Alexandre Magno, da Macedônia; da influência grega na cultura dos povos; do cruel e sanguinário Herodes e suas construção; do nascimento de Cristo; e da destruição total de Jerusalém pelos romanos no ano de 70 d.C., uma carnificina sem igual na história da humanidade.

Por volta de 625 a.C. o neobabilônico das tribos dos caldeus, Nabopolasar destruiu Nínive, e o rei Josias baniu os cultos em Jerusalém. No Irã, os medos e os neobabilônicos dividiram o império. Em 597 a.C., o rei Nabuconodosor exterminou a Casa de David e levou o rei Joaquim e seu povo para a Babilônia (segundo versões, apenas notáveis foram deportados). Mesmo assim, o fato marcou o começo da história dos judeus.

Nunca se construiu tanto como no reinado de Nabuconodosor, basta citar os Jardins Suspensos, como uma das sete maravilhas do mundo, a Torre de Babel (a cidade tornou-se grandiosa e maior centro de cultura e civilização), 53 templos para os grandes deuses Marduck, Nergal, Abad, Instar, Afrodite (cada mulher tinha que sentar-se ao seu lado dela no santuário e entregar-se a um estranho) e outros.

Na época, Judá continuou província vassala, mas os israelenses que foram para Babilônia mudaram de atividades, tornando-se astutos comerciantes e lojistas, ao invés de artesãos, artistas e camponeses. Entre os medos, no Irã, governava Astiages que perdeu o torno para seu próprio neto Ciro em 553 a.C.

Conta a lenda que Ciro nasceu de dois sonhos, um da mãe Mandané,  filha de Astiages, a qual viu sair dentro do seu útero uma torrente de água que invadiu o mundo. Os magos interpretaram que nasceria um menino que tomaria seu reino. Com medo, Astiages deu sua filha em casamento para um persa de nome Cambises.

O outro sonho foi do próprio rei-avô que viu nascer da sua filha, quando estava grávida, uma grande videira que sombreava e tomava toda terra. Os adivinhos deram o mesmo vaticínio. Astiages, então, aprisionou sua filha em sua casa e quando a criança nasceu entregou-a para seu fiel guarda para que o menino fosse morto. Ele não teve coragem e deu Ciro para ser criado por um pastor de rebanhos. Assim cresceu o futuro rei de toda Mesopotâmia até a Palestina e a Síria.

Com a morte de Nabucodonosor em 550 a.C., subiu ao trono o arqueólogo Nabonid. Depois dos medos do avô em seu poder, Ciro derrotou os exércitos da Babilônia, em 539 a.C. e tornou-se um rei progressista voltado para a coletividade e realizações de benefícios sociais para o povo. Com liberdade de pensamento e de religião, Ciro procurou zelar pelo culto ao deus Marduck.

Com suas ideias libertárias e de não perseguição, Ciro permitiu que os judeus regressassem a Israel e à Palestina. Num percurso de 1.300 quilômetros, os hebreus refizeram a antiga trilha de Abraão para Canaã, 1400 anos depois, passando por Damasco até o Lago de Genesaré. Ciro, o libertador, morreu em 530 a. C. e foi inumado na cidade de Passárgada. Deixou o maior império que o mundo já viu, da Índia ao Nilo, para ser governado pelo seu filho Cambises II. Com Dario I e II, os persas tiveram dois séculos de soberania sobre Jerusalém.

:: LEIA MAIS »

É GRAVE A SITUAÇÃO DO TRANSPORTE COLETIVO DE VITÓRIA DA CONQUISTA

Desde décadas passadas que os moradores de Vitória da Conquista, a terceira maior cidade da Bahia com 350 mil habitantes, sofrem com os transtornos e péssimos serviços prestados pelas empresas de transportes públicos, pagando altos preços (R$ 3,30 a passagem), sem o devido retorno de comodidade e segurança. Em razão de uma série de irregularidades, a Conquistense e a Serrano, por exemplo, saíram do ramo prejudicando centenas de funcionários.

Não podemos esquecer das constantes queixas dos usuários do transporte coletivo de Conquista, como os atrasos, superlotação dos ônibus, falta de fiscalização, tratamento inadequado dos motoristas para com os passageiros, abrigos quebrados e pontos sem nenhuma proteção, carros sujos e com o tempo de vida útil vencido. A verdade é que o seguimento não está à altura do porte da cidade.

Hoje o sistema continua precário com contínuas paralisações e, se providências não forem tomadas com urgência, o serviço pode entrar em caos e até parar, sem contar que o Terminal de Lauro de Freitas não suporta mais a demanda e carece de outro local com uma infraestrutura adequada. No início de agosto, o vereador Coriolano Moraes (PT) veio a público da tribuna da Câmara Municipal de Conquista denunciar a situação e declarou que o cenário é gravíssimo.

Na ocasião, o parlamentar, com apoio do legislativo, requereu uma série de documentos da Prefeitura Municipal, referentes às empresas, os quais devem ser entregues nesta primeira quinzena de setembro. A intenção maior, como deixou transparecer o edil, é abrir esta caixa preta do transporte coletivo para que a população tome conhecimento sobre o que está ocorrendo.

Em entrevista, Coriolano apontou que existem várias  irregularidades que perduram desde governos passados, as quais precisam ser esclarecidas e sanadas. Destacou que a cidade tem uma história de concessionárias que exploram o serviço por um tempo e acabam abandonando a permissão. Ele indaga: Qual será a próxima empresa a sair? Será a Vitória ou a Cidade Verde? Ou as duas?

Dentre os documentos requeridos à Prefeitura, destacam as certidões negativas de débitos (trabalhista, previdenciária, FGTS), comprovantes dos pagamentos das parcelas de outorga referentes ao processo licitatório do qual participaram e foram classificadas, notas fiscais de cada ônibus que circula na cidade, com especificações claras de chassi, linha e horários, cópia da folha de pagamento em dia dos últimos três meses dos funcionários, quitações das rescisões dos ex-funcionários dos últimos doze meses com tabela específica, contendo nomes dos empregados, data de admissão e encerramento de contrato e função, bem como, cópia do Termo de Ajustamento de Conduta assinado pela Viação Vitória, especificando itens cumpridos.

O vereador deixou claro que não visa criticar a administração atual, mas frisou que a responsabilidade de garantir a qualidade, a segurança e os direitos dos passageiros é do Governo Municipal. Em sua opinião, no entanto, a Câmara precisa atuar em conjunto na busca de soluções.

Sobre o contrato de concessão assinado em outubro de 2013 que reza, entre outras obrigações, vida média de três a quatro anos de uso dos veículos, pagamento de FGTS e previdência, não estão sendo cumpridos. Citou, por exemplo, os R$ 30 milhões de cada outorga entre a Cidade Verde e a Vitória (160 ônibus) que estão com suas parcelas em atraso, não chegando a um terço da quitação total.

Existe também a questão das Vans, cerca de 300, que rodam dentro da cidade e até hoje não teve o sistema regulamentado para que os usuários tenham um serviço de qualidade e com maior segurança em caso de acidentes – assinalou o vereador do PT.





WebtivaHOSTING // webtiva.com . Webdesign da Bahia