:: 29/jan/2015 . 21:52
DO POÇO AZUL AO IGATU
É claro que existem outros pontos e roteiros na Chapada Diamantina que grudam para sempre na memória de qualquer viajante, mas aqui fica a minha impressão sobre a Gruta da Lapa Doce, a Pratinha (Iraquara), o Vale do Capão, Cachoeira da Fumaça, o Riachinho, o Mucugêzinho, o Poço do Diabo, o Morro do Pai Inácio (Palmeiras), o Serrano, o Salão das Areias Coloridas, os Caldeirões, a Cachoeirinha, Remanso, Maribus, o Roncador, (Lençóis), o Poço Azul, o Poço Encantado e o Igatu do Xique-Xique (Andaraí) que também são de tirar o fôlego.
Infelizmente, como já dizia o poeta, nem o amor é eterno. Encerramos nossa curta e gloriosa jornada pela Chapada com o Poço Azul e um até logo à vila do Igatu, lá naquelas alturas das casas de pedras construídas por escravos e garimpeiros. Como tantos outros locais, o Poço Azul nos deixa extasiado quando a luz do sol entra pelas rochas e reflete na água.
Só a estrada de pedras na subida para a vila do Igatu já deixa o visitante transfigurado com a paisagem do alto e com a ansiedade de chegar. No meio do caminho, de quem parte da cidade de Andaraí, um oratório cravado nas rochas nos força a uma parada para tirar mais uma foto para guardar como lembrança.
Cemitério do Igatu
Uma viagem prazerosa, especialmente se tratando da criação da Chapada Diamantina pela natureza há milhões de anos, é como enganar a morte por uns tempos como tentou Sífio, em “O Mito de Sífio”, de Albert Camus. Não tem jeito, retornamos depois à sociedade dos absurdos e do labor estafante, ainda bem que com as energias recarregadas.
Galeria de arte da vila
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