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:: 14/jan/2015 . 23:04

AEROPORTO DOS CONSTRANGIMENTOS

Quando não é a deficiência de suas instalações e o despreparo para pouso e decolagem das aeronaves nas mudanças climáticas, os agentes do Aeroporto de Vitória da Conquista, vez por outra, se envolvem em situações de constrangimento contra seus passageiros por falta de diálogo.

Nesta semana um casal paulista que ia para Guarulhos foi impedido de embarcar depois de ter entrado em discussão com o supervisor de uma companhia. Isto ocorreu na parte da tarde quando houve agressão verbal mútua entre as partes. Toda confusão, porém, começou na manhã do mesmo dia quando o casal foi barrado de viajar por ter chegado atrasado para o voo.

Na parte da tarde o agente proibiu novamente os passageiros de entrarem no avião alegando que eles estavam exaltados e poderiam representar risco ao voo. Não sabia que Conquista está em alerta vermelho contra atos terroristas. É o resultado da psicose neurótica internacional dos atentados!

Houve também a denúncia de que no bate-boca o casal invadiu uma área restrita de segurança quando o funcionário entrou para chamar a polícia. Para quem não conhece, o aeroporto da cidade é um galpão apertadinho que irrita e deixa estressado qualquer um que transite naquela área. No verão é um calor insuportável, sem contar a falta de local para descanso.

No final de 2013, no Natal, aconteceu coisa parecida com meu filho que também foi constrangido e passou por um tremendo vexame. O que falta nesses agentes é preparo profissional para dialogar e resolver o problema ali mesmo, sem ter que apelar para a polícia militar como fizeram no episódio daquele triste ano.

A verdade é que no conjunto, o atual Aeroporto de Conquista é uma vergonha para a cidade, a terceira maior da Bahia. Quem passa por aqui sai falando mal das acomodações e do atendimento.

Há mais de dez anos que segmentos da sociedade vêm lutando pela construção de um novo aeroporto. Está em andamento a conclusão das pistas e dos acessos, mas ainda não saiu a licitação para o projeto de edificação do prédio, o que significa que não se tem certeza quando o novo aeroporto vá ficar pronto. Fala-se em 2016 ou 2017, ou talvez nas próximas eleições de 2018. Até lá, haja vexame e incompetência. Conquista não merece tudo isso.

O BOM DOM BUDA

Dário Teixeira Cotrim

Academia Montesclarense de Letras

Estávamos todos nós a caminho das praias do Porto Seguro. Uma viagem de férias do meu filho Ramon com um grupo de amigos e família. Uma parada estratégica em Guanambi – já no Estado da Bahia – e depois um descanso mais prolongado em Vitória da Conquista, uma belíssima cidade, sempre cantada e encantada pelo confrade Jeremias Macário. Era hora de repor as energias e em vista disso procuramos um hotel para nos acomodar por apenas uma noite, uma noite somente. Em Vitória saímos à noite para a Conquista do entretenimento em terras estranhas. Fomos, por indicação de algumas pessoas, gozar de uma noite muito especial em um barzinho da cidade localizado na Morada dos Pássaros II: era o bar do Dom Buda.

Na chegada uma recepção calorosa. Entre goles de cerveja e uma bicada gostosa da água milagrosa da terrinha baiana, era hora de contar casos curiosos e ouvir histórias hilariantes do tempo do onça. Numa apresentação, meio tímida, o nosso Dom Buda disse-nos que viera de Guanambi e que de lá havia sido expulso pelo delegado Tinuca. Ora bolas, o Tinuca (Altímio Elísio da Silva) que era o temido Delegado de Polícia do meu tempo de adolescência. Portanto, um velho conhecido nosso e parente (primo) do meu saudoso pai. O fato registrado do delega Tinuca, naquele momento, rendeu muitas horas de recreação. É verdade que o saudoso Tinuca foi uma pessoa muito querida em Guanambi e em Ceraíma, onde exerceu, com muita competência e profissionalismo, a sua árdua tarefa de colocar ordem nas coisas.

O tempo passava depressa. Quase vinte e uma horas. As lufadas de vento anunciavam que a madrugada seria amena, naquele doce momento – vinte e uma horas no relógio deles, pois no nosso já marcava sessenta minutos na frente. Eu (Dário Cotrim), Júlia, Ramon e o companheiro Chiquinho, todos estávamos na companhia da loiríssima SKOL. Algumas horas mais tarde a Sara e Bruna chegavam para a nossa felicidade. No fundo do bar do Dom Buda um suave som, com músicas de recordar, ajudava-nos a encompridar conversa.

Outros rumos do falatório surgiram e falamos o que deveria em uma mesa de bar. A loiríssima SKOL, gelada como sempre, descia redondamente como anunciada nos panfletos de propaganda. Vez por outras, uma tragada da caninha de fundo de quintal: saborosa e suave que era para esquentar o sangue. Houve momentos de alegrias e de tristezas também. Dom Buda disse-nos, entre lagrimas, a perda irreparável de sua amada esposa. Ficamos todos condolentes com a sua dor. Entretanto, o divertimento anunciava o tom da conversa por outros caminhos.

Era hora de repousar. Uma decisão dura e providencial. Entretanto, o bom Dom Buda veio com o violão solicitando ao Chiquinho apenas uma palinha e nada mais. A cerveja, já por conta da casa, ariscamos cantar a canção de Roberto Carlos: “Aquele beijo que te dei”. Eu e o Chiquinho cantamos na certeza do sucesso eminente. Era tão somente o nefasto efeito alcoólico. O meu filho Ramon logo se apressou em divulgar o vídeo na rede social do facebook. Que desastre! Para o bom Dom Buda o nosso amplexo e a nossa gratidão, com a certeza de que voltaremos para mais uma rodada de cerveja. SKOL de preferência. Até breve!

 





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