Os de idade mais avançada ainda lembram e sempre estão citando ditados populares extraídos dos avós e bisavós que, por sua vez, ouviram de seus antepassados e foram passando de geração em geração. Muitas dessas expressões se perderam com a evolução do tempo. Umas são vistas como politicamente incorretas, mas no geral são bem conhecidas e sempre foram consideradas como sabedoria popular dos mais antigos. Basta uma história, ou um causo, aí vem o ditado.

Quando era menino ouvia meus pais dizerem que “Deus ajuda quem cedo madruga”, ou ainda: “Quem com os porcos se mistura, farelos come” e “Boa romaria faz quem em casa fica em paz”. Nos dias de hoje de muita violência, esta é muito boa. Essa cultura popular de muitos séculos não vai morrer nunca. Vejamos alguns ditados dessa sabedoria popular, ou filosofia popular, muitos dos quais são utilizados em carrocerias de caminhões:

“Briga de marido e mulher não se mete a colher”, mas hoje se recomenda que se meta mesmo.

“Touro no terreno alheio é vaca”.

“Em terra de cego quem tem olho é rei”.

“Amor é como pirulito, começa doce e acaba no palito”.

“Boca fechada não entra mosca”.

“Falar é fácil, fazer é difícil”.

“Tamanho não é documento”.

“Cão que late, não morde”.

“A melhor resposta é aquela que não se dá”.

“Depois da tempestade vem a bonança”.

“Quem não sabe rezar, xinga a Deus”.

“Pão comido não é lembrado”.

“Uma mão lava a outra”.

“Periquito que fala muito caga no ninho”.

“O pau que nasce torto, morre torto”.

“Antes tarde do que nunca”.

“A esperança é a última que morre”. Esta o brasileiro sempre está na espera.

“Quanto mais alto, maior o tombo”.

“Quem dá aos pobres, empresta a Deus”.

“Quem muito dá, acaba pedindo”.

“Quem dá o que tem, a pedir vem”.

“Quem empresta, não presta”.

“Apanhe quantas mulheres quiser, mas mantenha à sua direita”.

No caos econômico e político dos dias de hoje na vida do país, “o toma lá, dá cá” do troca-troca é o mais usual, praticado com o maior cinismo entre corruptos e detentores do poder. O exemplo maior de descaramento é o Congresso Nacional que está afundando o Brasil. Depois temos mais ditados populares.