(Chico Ribeiro Neto)

Às 7 da manhã o motorista do táxi identifica logo o saquinho inconfundível que você segura com todo cuidado. Você vai para um laboratório de análises clínicas.

A primeira fase é a da coleta. Com o exame do número 1 é fácil (despreza o primeiro jato) e a gente enche logo o copinho. O problema é o número 2. Uma verdadeira labuta, aquela desarrumação pra arrumar. Finalmente os coletores estão prontos.

O velhinho numa cidade do interior da Bahia passa pelo médico que lhe dá uma bateria de exames pra fazer. A clínica funciona num casarão onde cada porta é um tipo de exame. Ele olha para as requisições e para as portas e diz: “Eles querem é que a gente passe nessas portas todas. Por mim, eu vou embora depois da segunda porta”.

Tenho uma amiga que trabalhou na recepção de amostras de um laboratório. Disse que uma vez chegou um cara com uma lata de cera cheia até a boca com o material do número 2.

Alguns dias depois da vasectomia o paciente precisa fazer um espermograma. O material tem que ser colhido na hora. Ele entrou na sala lotada, entregou a requisição e a moça pediu para aguardar. Meia hora depois ela grita: “Senhor J. do espermograma. É ali”, indicou ela, apontando para o minúsculo e abafado sanitário e dando-lhe um frasquinho. Fez das tripas coração para recolher a amostra.

Outro amigo, coroa, foi fazer a ficha num laboratório:

– Jejum de 12 horas?

– Sim.

– Consumiu bebida alcoólica nos últimos três dias?

– Não.

– O senhor teve relação sexual nas últimas 24 horas?

– Quem me dera …

(Veja crônicas anteriores em leiamaisba.com.br)