:: 1/jul/2021 . 23:22
OS EFEITOS DA PANDEMIA
As imagens captadas pelas lentes do jornalista e escritor Jeremias Macário, em sua viagem de Vitória da Conquista a Juazeiro, na Bahia, demonstram muito bem os efeitos da pandemia nos setores de bares e restaurantes nas estradas, com o fechamento de muitos estabelecimentos, inclusive de postos de combustíveis, oficinas e borracharias. Muitos desses locais onde fazia paradas em minhas andanças, como o da foto na BR-242, entre os acessos de Andaraí e Rui Barbosa, na Chapada Diamantina, foram abandonados. Viraram pontos fantasmas. Observei muitos comércios de pequeno porte que encerraram suas atividades como resultado da primeira onda da Covid-19. Esses micros negócios não tiveram o suporte financeiro dos governantes e foram obrigados a fechar suas portas. Só os maiores resistiram, mesmo assim tiveram seus movimentos reduzidos e, somente agora, estão tentando se recuperar, com muito sacrifício. Claro que a vida deve estar acima da economia, mas a ausência do Estado nessa crise de “guerra epidêmica” provocou o desemprego de milhares de famílias pelo Brasil a fora, aumentando mais ainda a pobreza e gerando fome. São os efeitos da pandemia, difíceis de serem anulados. O estrago foi grande.
QUANDO E O AGORA
Poema inédito do jornalista e escritor Jeremias Macário
Quando a cultura nascia com o bebê,
Sedento de conhecimento e saber,
Era discutida como torcida de futebol,
Pelas noites etílicas e pela luz do sol,
Nas praças, botequins e restaurantes,
Livros nas mãos aprendendo a lição.
Lá fora cartazes e faixas gigantes,
Os jovens enfrentavam a censura,
Com o livre amor, todos vibrantes,
Marchavam contra a tirana ditadura.
A nova geração do aqui e agora,
Perde todo tempo, e nem faz a hora,
No youtuber, twiter, face e zap-zap,
Entre códigos pq, mt e vap-vap,
Troca o ser pelo capital do ter,
Joga no lixo toda nossa memória,
Mata a língua mãe e nada de história,
Nem se importa com Sofia e política,
Não sabe o que é lógica e crítica,
E acha você um careta que ler.
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