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:: 8/jul/2021 . 22:39

UM CAOS NA AVENIDA INTEGRAÇÃO

Transitar pela Avenida Integração (antiga BR-116 – Presidente Dutra) é um tormento para os motoristas, e exige muita atenção e paciência. Da Rodoviária até o alto da Serra do Periperi você tem que enfrentar as pragas dos quebra-molas e os inúmeros semáforos. Quando se chega nas imediações do Bairro Brasil, entre as zonas oeste e leste, no comércio propriamente dito das casas de peças de automóveis, tudo vira um inferno para se dirigir.

Sem fiscalização para disciplinar o trânsito e multar os infratores, motoristas estacionam seus veículos, inclusive grandes e pequenos, praticamente no meio da pista em sentido duplo e ligam os alertas, como se isso dessem a eles o direito de parar sem serem penalizados. Quando se chega no miolo da avenida, aí embola tudo, e quem está transitando é obrigado a desviar, correndo o risco de provocar um acidente.

Sinceramente, a Avenida Integração virou uma bagunça, e cada um faz o que bem entende para preservar seu egoísmo e individualidade de estacionar em frente da loja que ele vai comprar uma peça, ou fazer algum conserto no carro. Além desse caos, existem os pedestres, bicicleta e até carretas que fazem complicar mais ainda o trânsito, especialmente nas horas de pico. Por tudo isso, essa artéria tem sido alvo de muito acidentes, inclusive com mortes.

A Secretaria de Mobilidade Urbana precisa tomar uma providência para melhorar o fluxo de veículos na Avenida Integração, multar os infratores, tirar os quebra-molas, colocar radares em sua extensão, pintar as faixas de pedestres e até impedir a passagem de carretas, tendo em vista que já existe o Anel Viário para isso. Nesta semana, por exemplo, um caminhão parado no fundo dos carros pequenos tomou toda pista, criando um tumulto infernal.

Nas Avenidas Juracy Magalhães e a Brumado também ocorrem quase que a mesma coisa. Muita gente acha de estacionar no meio das referidas pistas para resolver algum problema nas casas comerciais, e os motoristas que seguem na direita que se danem para desviar dos carros. O comodismo impede que o cidadão pare seu veículo numa transversal de rua e ande uns 30 ou 50 metros até o seu local desejado.

Em todos esses lugares está faltando mais fiscalização dos agentes de trânsito para multar esses imbecis preguiçosos que só pensam neles e não respeitam o direito dos outros. É difícil entender como o cara para quase que no meio de uma pista de rolamento impedindo a livre passagem dos outros. Infelizmente, na Bahia e no Brasil como um todo, a coisa só funciona na base do rigor e da punição porque quase ninguém obedece as leis.

Outra coisa na via urbana de Vitória da Conquista que inferniza os motoristas são os quebra-molas, elevatórios antiquados que só servem para provocar danos nos carros. Não é um quebra-mola que faz evitar um acidente. O que impede de acontecer um acidente é a prudência do condutor. É só seguir as sinalizações, tanto horizontais como verticais. Conquista virou a capital dos quebra-molas, e cada vez chegando mais quando se abre uma rua ou avenida.

A Prefeitura Municipal precisa acabar com esses monstrengos anacrônicos, e a Câmara de Vereadores deixar de aprovar a construção desses elevados de cimento e ferro pela cidade. Ninguém está aguentando mais esse tal de subir e descer que irrita e enerva qualquer motorista, principalmente os visitantes.

Centenas deles são colocados em locais impróprios, em subidas e descidas, que arrebentam qualquer pessoa desavisada, sem contar os prejuízos que o dono tem de arcar nas oficinas. Um deles mesmo está bem lá postado numa descida da Avenida Bartolomeu de Gusmão, próximo do cruzamento com o Hospital Samur. É só um exemplo. Existem outros assim.

Quem gosta de quebra-mola é justamente dono de oficina mecânica. Será que não basta a escorcha nos preços de combustíveis praticados pelos proprietários de postos em Vitória da Conquista, que tem a gasolina mais cara da Bahia? Estamos, então, na capital dos quebra-molas e do combustível mais careiro. Esses títulos não nos orgulham em nada. Muito pelo contrário.

A SIMPLICIDADE DAS CAPELAS

As capelas com todas suas simplicidades, diferentes das ostentações das catedrais, retratam o modesto e sincero sertanejo, o homem do campo, como a da imagem fotográfica do jornalista e escritor Jeremias Macário, captada num povoado entre São José de Jacuípe e Várzea da Roça. Nela está a comadre e o compadre, e todos se conhecem em oração, no mesmo sentido de pedir bonança e chuva para molhar o solo que seca com a estiagem. Lá está a rezadeira para puxar o terço, o Pai Nosso e a Ave Maria e, seu vigário, quando aparece, a todos abraça com distinção e apreço. Nas catedrais imperam os estilos grandiosos, painéis e interiores banhados a ouro, com seus bispos, papas e cardeais. O senhor do poder, que só quer se aparecer para a mídia, participa das solenidades para angariar votos e dizer que é católico. Por isso, como sertanejo-catingueiro, admiro muito mais as capelas porque elas espelham a honestidade, a solidariedade e o humano. As capelas me encantam porque nelas existe o encantamento da fé.

QUANDO E O AGORA

Uma nova versão corrigida e lapidada pelo autor Jeremias Macário

Quando vim ao mundo bebê,

No caldeirão fervente cultural,

Do conhecimento e do saber,

Cada escritor, poeta e jornal,

Eram como torcida de futebol,

Pelas noites etílicas ao pôr-do sol,

Nas praças, esquinas e botequins,

De livro na mão aprendendo a lição.

 

Lá fora cartazes e faixas gigantes,

Os jovens enfrentavam a censura,

Com o livre amor, todos vibrantes,

Marchavam contra a tirana ditadura.

 

O agora rotula a nova geração,

Como embalagem fora do produto,

Entre painéis, construção e viaduto,

Os milhões contam seus seguidores,

No youtuber, twiter, face e zap-zap,

Entre códigos pq, mt, mentes cores,

Troca o ser pelo consumo do ter,

No lixo joga a nossa memória,

Rosna a língua e nada de história,

E ainda acha você um careta que ler.

 

Quando o sábio visita o agora,

Sente o vazio no sentido do existir,

Um humano sem essência de elixir,

Como uma planta que não flora.

 





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