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:: 31/out/2017 . 22:59

O NOSSO DINHEIRO JOGADO PELO RALO

Com um déficit nas contas públicas de quase 160 bilhões de reais neste ano, obras inacabadas e um Congresso Nacional que tem gastos com mordomias que dá inveja a qualquer país desenvolvimento de primeiro mundo, o governo federal é dono de 10.304 imóveis em todo país e até no exterior.

Nisso tudo, o maior paradoxo administrativo é que 80% desses imóveis estão vazios, e o executivo gasta por ano 1,6 bilhão de reais para abrigar órgãos públicos, especialmente no Norte e Nordeste. Está aí a maior façanha de jogar nosso dinheiro pelo ralo, o absurdo do desperdício. Fosse uma empresa particular, o Brasil já teria fechado as portas.

No ranking dos imóveis desocupados, a Bahia ocupa a terceira posição com 1.012 unidades comerciais, residenciais, salas, galpões e terrenos que podem ser vendidos, alugados ou cedidos pela administração federal. A única resposta do Ministério do Planejamento para este descalabro é que o governo está trabalhando (gerundivo) para reduzir a despesa anual.

No início do ano, a despesa com locação chegava a 2 bilhões de reais. Ainda neste ano, a única iniciativa foi ter colocado 24 apartamentos de dois a quatro quartos e uma casa no Lago Sul, área nobre do Distrito Federal, à venda, por meio de editais.

Enquanto isso, deputados e senadores recebem auxílio moradia, alimentação, transportes e outras verbas que fazem os “representantes do povo” a terem seus privilégios num país de tantas pobrezas e desigualdades sociais, mas eles são os intocáveis quando se fala em cortes de gastos.

Por conta de tudo isso, foi que um cidadão norte-americano, em tom de gozação, certa vez disse para um jornalista que o Brasil é um país rico porque tem um dos Congressos mais  caros do mundo, sem falar nos preços dos combustíveis, das viagens aéreas, outros produtos de consumo e no alto nível de tributação que equivale a quase 38% do Produto Interno Bruto (PIB).

Nossa política, nossa economia e, infelizmente, todos os setores da vida brasileira são conduzidos por amadores incompetentes, muitos dos quais são ladrões corruptos que agora chamam seus comparsas delatores de mentirosos e criminosos.

Para conduzir um ministério, uma secretaria, um órgão ou uma repartição pública não é o mérito que conta, mas o conluio partidário, como agora na venda dos votos dos deputados para salvar o mordomo de Drácula da denúncia de roubo e obstrução da Justiça. Mas, todos nós somos culpados pelos desmandos.

Falamos dos políticos safados lá de cima e cá embaixo fazemos o mesmo quando sempre aceitamos o jeitinho brasileiro que nos “quebra um galho” nas horas de aperto, queimar o serviço com uma desculpa fajuta, sem falar no dar ou receber uma propina para resolver um problema num setor público ou privado.

Como exigir ética e moral dos outros quando funcionários públicos conseguem e acham correto trocar um feriado de sábado por uma sexta-feira, só para enforcar um dia de trabalho e estender uma folga de quatro dias? Ninguém é contra a existência de tantos feriados num país tão carente de trabalho, seriedade e honestidade. Como diz ditado popular, somos como os macacos que não olham para o próprio rabo.

 





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